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ECONOMIA POLÍTICA

Por:   •  20/11/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  14.035 Palavras (57 Páginas)  •  417 Visualizações

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A economia pode ser definida como a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas.

Caso os recursos fossem abundantes, eles não teriam preços e, consequentemente, não haveria uma série de problemas para a economia se propor a mediar, como inflação, taxa de juros, taxa de câmbio etc.

Existe, ainda, outra variável que potencializa o problema da escassez, que é o fato da necessidade do ser humano ser ilimitada, ou seja, o homem está sempre querendo mais.

A Economia Política: Escola Fisiocrata e Escola Clássica

Durante o século XIX, a Ciência Econômica era conhecida como Economia Política. No entanto, com a evolução e a aspiração da Economia se tornar ciência pura, passou a ser denominada de Ciência Econômica.

A Economia Política tem como objetivo o estudo das leis sociais que regulam a produção e a distribuição dos meios que permitem a satisfação das necessidades dos homens.

É comum considerar que a origem da Economia Política encontra-se no pensamento dos fisiocratas, na França e, principalmente, de Adam Smith na Escócia, esse último considerado o pai da Economia.

No século XIX, a Economia Política ganha destaque nas obras de Jean Baptiste Say, na França, e de David Ricardo, na Inglaterra. Em 1848, Jonh Stuart Mill publicou a obra Princípios de Economia Política, que passou a ser considerada o apogeu e referência da Economia Política.

Em 1870 surguem duas novas linhas de pensamento econômico: a marginalista, com origem nas obras de Stanley Jevons, na Inglaterra, De Leon Walras, na Suíça, e Karl Menger, na Áustria. A segunda linha tem como mentor Karl Marx. Essas duas linhas de pensamento representavam uma crítica à economia política Clássica.

A Economia Política aborda questões ligadas diretamente a interesses materiais (econômicos e sociais). Nesses estudos, a neutralidade não é permitida. Suas teses e conclusões estão sempre ligadas a interesses de grupos e classes sociais. Desta forma, a Economia Política ergue-se como fundante de uma teoria social, um elenco articulado de ideias que busca oferecer uma visão do conjunto da vida social.

Devido à necessidade de procurar explicações científicas para os fenômenos econômicos, surgue, em meados do século XVII, a reação científica, sob a forma de uma doutrina que tomará o nome de liberalismo e individualismo econômico.

Vejamos a seguir a contribuição da Escola fisiocrata e da Escola clássica para a Economia Política.

Os fisiocratas

Durante o século XIX, a Ciência Econômica era conhecida como Economia Política. No entanto, com a evolução e a aspiração da Economia se tornar ciência pura, passou a ser denominada de Ciência Econômica.

Fisiocracia significa governo da natureza. Foi o primeiro sistema científico em economia a substituir o empirismo dos mercantilistas. Representa o individualismo econômico, gerador do liberalismo capitalista.

O pressuposto básico da teoria dos fisiocratas se respaldava na ordem natural, reguladora dos fenômenos econômicos, ou seja, a economia sempre se auto-conduziria em prol de alcançar os melhores resultados, dessa forma, a intervenção do Estado seria desnecessária. Surge nesse momento o célebre lema dos clássicos: Laissez- faire, laisser passer.

"Laissez faire, laissez aller, laissez passer" é parte de uma expressão em língua francesa que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". É considerada a expressão símbolo do liberalismo. Refere-se à liberdade de ação, ao individualismo e a não intervenção do Estado nas atividades econômicas.

Tanto os fisiocratas, como os representantes da escola Clássica, compartilham com a ideia da não intervenção do Estado na economia. A escola fisiocrata se baseia no pensamento de François Quesnay, em 1778.

O movimento fisiocrático representou uma reação contra o empirismo e o estatismo mercantilista. De acordo com o sistema mercantilista, o Estado deveria implementar políticas que alcançassem o objetivo de acumular metais preciosos.

A equação básica do pensamento fisiocrático baseia-se na ideia de que a riqueza de um país está originalmente na natureza, porém, sob uma forma inadequada para o uso por parte do ser humano, sendo necessário que este a transforme para torná-la útil. Esse é o papel do trabalho humano. Desta forma, a riqueza nada mais é do que o acúmulo de objetos úteis.

Segundo os fisiocratas, as atividades desenvolvidas no setor agrícolas são mais importantes do que as industriais, consequentemente deveriam ser priorizadas. Apenas a terra é capaz de gerar algo novo. A indústria apenas transforma e só poderá subsistir com os produtos gerados pelo primeiro setor.

Portanto, o desenvolvimento da atividade econômica está na capacidade do setor agrícola de gerar excedente de produção. É sobre essa teoria que se respalda a teoria da riqueza de Quesnay no século XVIII.

A Escola Clássica

De acordo com Netto e Braz, a Economia Política clássica expressou o ideário da burguesia, conduzindo o processo revolucionário que destruiu o antigo regime. Os economistas clássicos não se colocavam como “cientistas puros”, porém tinham evidentes objetivos de intervenção política e social.

Vejamos a seguir a contribuição dos principais representantes da escola clássica.

Adam Smith

Notável representante da escola clássica ou liberal, Adam Smith afirma que a verdadeira fonte de riqueza é o trabalho. Defende a iniciativa individual como base do progresso e da evolução econômica e social. Refuta o pensamento fisiocrata de que apenas a natureza é capaz de gerar riqueza. No entanto, concorda com as críticas contra o mercantilismo e a sua postura intervencionista.

Os economistas clássicos liderados por Adam Smith passam a investigar as leis naturais que dominam a vida econômica. Defendem que o seu princípio regulador se encontra na livre concorrência, que passa por sua vez a conduzir a divisão do trabalho, sendo esse o verdadeiro agente da produção; a natureza seria o fator originário.

Adam Smith defende o Estado liberal, não intervencionista, ou seja, a economia se autorregularia e naturalmente encontraria o equilíbrio. É a doutrina do Laisser Faire que prega a existência de uma mão invisível que seria responsável por conduzir sabiamente as atividades econômicas.

Como se pode perceber,

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