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Economia Internacional

Por:   •  29/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.885 Palavras (8 Páginas)  •  183 Visualizações

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UNIVERSIDADE FUMEC

TRABALHO INSTRUCIONAL DE

ECONOMIA INTERNACIONAL

Belo Horizonte

2015

“A economia é uma virtude distributiva e consiste não em poupar mas em escolher.”

Burke , Edmund

Silas Machado do Vale Goes

  1. Explique o conceito de cadeia global de valor.

Cadeira global de valores é uma termo que é utilizado por organizações internacionais e por profissionais pelo aumento da fragmentação das diferentes etapas do ciclo produtivo de bens e serviços em diferentes países abrangendo o mercado global. É a evolução no contexto da gestão global da cadeia de suprimentos das empresas (Supply Chain) e o foco principal é sobre os custos e a excelência operacional do abastecimento. A cadeia consistes em uma combinação de nove atividades genéricas que operam dentro de uma empresa sendo elas: logística interna e externa, operações, marketing e venda de serviços, estes que são voltados a fim de fornecer um valor aos seus clientes, criando assim o sistema de valores.

  1. Como essa cadeia pode ser mensurada, objetivando se oferece retorno ou não a produção?

Os agentes presentes em cada um dos elos da cadeia de produção dão a sua contribuição para agregar valor no produto final fazendo o produto que chega ao consumidor final ter a soma dos valores adicionados por cada um dos elos ao longo da cadeia produtiva, resultantes dos processos anteriores. Vale ressaltar que as relações entre os diferentes elos de uma cadeia produtiva geralmente são desiguais, o que revela a presença de agentes que capturam maior valor do que outros ao longo da cadeia. Na literatura de Cadeia de Valor Global grande destaque é dado a dois conceitos: o de upgrading e o de governance. O conceito de upgrading está ligado à questão da inovação, que pode ser interpretada como os novos bens de consumo, os novos métodos de produção ou de transporte, a exploração de novos mercados e de novas formas de organização industrial, já o upgrading pode ser de três tipos, sendo eles o de processo, em que ao reorganizar o sistema de produção ou ao usar uma nova técnica, faz-se com que o processo seja mais eficiente,  de produto, originado a partir da fabricação de produtos com maior valor agregado e funcional, originado de novas funções que a firma pode deter ao longo da cadeia, como design ou marketing. Dessa maneira, quando as economias locais de países em desenvolvimento atuam no comércio internacional acabam tendo de enfrentar desafios para atender as exigências dos mercados externos e quando atendem estes desafios realizam o upgrading. No conceito de governance, se tem como foco as relações de poder entre os segmentos de uma cadeia produtiva que tenha relações com mercados globais. Algumas evidências empíricas mostram que um determinado segmento pode dominar a cadeia, determinando suas características e sendo responsável pelas atividades de upgrading que são realizadas pelos vários segmentos que a constituem. A esse domínio dá-se o nome de governança (governance), que pode ser do tipo producer-driven e buyer-driven, sendo o primeiro caso quando os agentes produtores ditam as regras para os outros agentes ao longo da cadeia, como é o caso das montadoras de veículos no Brasil. Já quando o comprador exerce um certo controle sobre a cadeia, coordenando suas atividades, dá-se o nome de buyer-driven, que são os varejistas que determinam certas regras de comercialização para a cadeia definindo o número de fornecedores, seus sistemas de qualidade e procedimentos para monitorar a performance.

São demostradas diferentes maneiras de inserção no mercado internacional e situações em que a inserção trouxe desenvolvimento para as economias locais e outras em que a realidade local não sofreu muitas alterações no que se refere ao desenvolvimento. Sendo assim, no processo de aprendizado para atender às exigências do mercado externo e trazer o desenvolvimento local é necessário identificar ações e elementos que levem a esse objetivo (HUMPHREY, 2004). Dentre os elementos fundamentais para este processo, destaca-se a importância de instituições locais, regionais, nacionais e algumas vezes, internacionais para fomentar e apoiar o desenvolvimento local. Por exemplo, nas cadeias de alimentos é fundamental que as economias locais tenham conhecimento sobre as diferentes exigências dos mercados importadores e possuam capacitação para atendê-las. Este é um dos pontos em que as instituições podem atuar trazendo conhecimento para economias locais e aprendizado, o que viabilizaria a entrada no comércio global e o desenvolvimento.

  1. Qual a diferença entre cadeia de suprimento e de valor? Qual a mais relevante no entender no grupo? E por quê?

Segundo Porter (1989) as atividades são os pilares da construção de vantagens competitivas, sendo consumidoras de recursos por um lado, e criadoras de valor, do outro. Já para Brimson (1996), são as atividades que convertem recursos em produtos, então o foco nas atividades permite entender o modo como uma empresa emprega seu tempo e recursos para alcançar os objetivos empresariais. Ambos referem aos processos físicos operacionais utilizados por uma empresa para criar um produto que seja percebido pelo mercado com um determinado valor. A margem representa a diferença entre o valor do produto e os custos das atividades de valor. Com isso, o conjunto de funções empresariais que adicionam valor aos produtos e serviços da organização é denominado cadeia de valor. Por outro lado, uma cadeia de suprimentos consiste numa série integrada de atividades, englobando desde o fornecimento das matérias-primas, até a entrega do produto ao consumidor final. A cadeia de suprimentos pode também ser descrita como o longo caminho que se estende desde as fontes de matéria-prima, passando pelas fábricas dos componentes, pela manufatura do produto, pelos distribuidores, e chegando finalmente ao consumidor através do varejista.  A estreita relação entre cadeia de valor e cadeia de suprimentos é evidenciada comparando seus conceitos. Numa as atividades de valor estão relacionadas por meio de elos dentro da cadeia de valor, já na cadeia de suprimentos é a rede de organizações envolvidas, por meio de vínculos a montante e a jusante, nos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços destinados ao consumidor final. Desse modo, constata-se a relação entre cadeia de valor e de suprimentos, verificando que ambas partem da mesma filosofia de formação. A cadeia de suprimentos é um subconjunto da cadeia de valor estendida, a qual é focada em agregar valor a um serviço ou a um produto físico, enquanto a cadeia de suprimentos focaliza principalmente a produção, distribuição e vendas de produtos físicos cujo objetivo central das cadeias de suprimento é maximizar o valor global gerado, sendo este, a diferença entre o valor do produto final para o cliente e os esforços de produção realizados pelas empresas para atender ao seu pedido.

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