Economia Política
Por: rafaellaaaaa • 4/12/2015 • Dissertação • 6.855 Palavras (28 Páginas) • 345 Visualizações
ECONOMIA POLÍTICA SEGUNDA PROVA
Teoria Neoclássica (Karl Menger, William Stanley Jevovs e León Warlas):
Tinham um problema: A Europa estava concluindo um processo de transformação, esse processo tinha sido ao longo das primeiras metades do século XIX, foi muito turbulento. Depois da Revolução Francesa, veio o período das Revoluções burguesas, da derrubada do absolutismo, das repúblicas liberais. Era o período da mobilização social política dos trabalhadores, pelas ideias de Prudon, Owen e Karl Marx. Aquela sociedade era injusta, precisava ser consertada, mas nem todo mundo concordava com isso. Era preciso oferecer argumentos, a teoria de Marx produziu muito impacto, e alguém precisava dar uma resposta a essa teoria, e foram esses quatro que deram.
Eles criticaram a crítica do Marx, dizendo que não tinha razão. A nossa sociedade é justa, por que se estrutura de forma natural, ou seja, os homens se organizam economicamente sob determinadas regras, essas regras podem condizer ou não com a natureza das relações econômicas. Quando a natureza das relações econômicas ela é respeitada, a sociedade se justifica, no sentido de se tornar justa. Quando essas regras naturais não são despeitadas, se produzem distorções, gerando a injustiça. Quando pessoas como Prudon, Marx, Owen defendem que o Estado organize a economia, estão na verdade propondo uma violentação das relações econômicas, propondo que um agente que não é econômico, que intervenha num processo que é econômico, que é o processo das relações livres de mercado. A teoria neoclássica tentava recuperar os aspectos teóricos do Smith e Ricardo que permitiu formular uma teoria não revolucionaria da economia. A ideia era a teoria de negar a ideia do valor trabalho, nisso Smith e Ricardo estavam errados, estavam certos quando disseram que os preços eram regulados a partir da relação de oferta e demanda. Essa relação de oferta e demanda que dá justiça aos preços, ou seja, o fato de algumas coisas serem produzidas em demasia e são baratas, e outras em insufiência, e por isso caras, que demonstra a justiça do processo econômico.
São neoclássicos por que dizem: Marx fez a crítica ao Smith, Ricardo, Say e vão fazer a defesa da teoria do Smith, Ricardo e Say, eles estavam certos e Marx errado. As coisas de Marx não podiam ser levadas em consideração por que não era um economista, era um político, as coisas que diziam não era um resultado da ciência, e sim um resultado que ele queria que fosse, então produziu uma teoria. Marx na verdade é uma pessoa que distorce ao ciência econômica produzindo uma economia que está encharcada de preconceitos, equívocos e sem cientificidade. Cabe a nós, os economistas puros, temos que renunciar essa palavra política, por que isso dá ideia que a economia não é uma ciência, precisamos ser neutros. Eles eram cientistas e Marx não.
Havia um pressuposto na econômica clássica que os neoclássicos não conseguiram conviver: o Smith, Ricado, Say, Smill, todos estavam certos, só erraram no valor-trabalho, porque não é o trabalho que dá valor as coisas, o que produz valor é a oferta e demanda, a relação que as pessoas constroem subjetivamente com os bens de serviços que eles necessitam pra consumir.
Neoclássicos jogam fora a ideia de valor, é uma coisa abstrata, não pode ser medida. Quando o valor de demanda encontrar o valor de oferta, se tem o preço justo. A ideia de valor trabalho não tem sentido e sim a ideia de utilidade, ou seja, como será útil aquilo. Se constrói a partir desse princípio, que se chama utilidade marginal decrescente: o que dá o preço das coisas é a relação entre quem está vendendo e quem está comprando. É chamada assim por que: qualquer coisa que se faça na economia, tem um sentido, um preço e a medida que esse processo vai se constituindo os preços vão se alterando. A medida que vai se tornando menos útil, se está disposto a gastar dinheiro com ele; se gasta com aquilo que é importante na vida, cria o que os neoclássicos chamam de uma curva de preferência: se aloca o dinheiro no que tem prioridade, no que se escolhe.
Equimarginalidade das alocações: os recursos são colocados no mercado para produção e consumo para equilíbrio de oferta e demanda. O preço marginal corresponde a última unidade utilizável, seja do comprador ou do vendedor. ‘’Qual o preço máximo que estou disposto a pagar pela cerevja na festa?’’ São preferências e no somatório dessas preferências é que os preços flutuam. A teoria da utilidade marginal trabalha com a ideia de que quando o preço de demanda encontra o preço de oferta, se encontra um equilíbrio.
Equilíbrio geral: um sistema de equilíbrio entre os diversos produtos com os diversos agentes participantes do sistema econômico. Determina os preços e as quantidades simultâneas em todos os mercados, sendo que ela explicitamente leva em conta os efeitos feedback. O efeito feedback é o ajuste de preços ou de quantidades em um determinado mercado causado pelos ajustes de preços ou de quantidades em mercados correlatos; é um instrumento que relaciona Equilíbrio, Produtos e Preços; possuem preços para cada função exercida, para cada tempo em que é trocado, estado da natureza, etc.
Neoclássicos e a crise de 29
Para a teoria neoclássica os mercados financeiros são considerados “eficientes” e crises financeiras “anomalias”. Para a visão neoclássica os mercados financeiros são em geral eficientes. Isto é, os agentes econômicos avaliam suas decisões futuras com base nos dados de mercado (passados e presentes), no qual se pressupõe que os preços sinalizam toda a informação necessária para a formação de expectativas racionais. Assim sendo, crises financeiras somente ocorrem quando há algum tipo de interferência nos “fundamentos de mercado”, associada, principalmente, a uma deterioração dos fundamentos econômicos. Neste caso, crises financeiras são explicadas a partir da hipótese de comportamentos irracionais, envolvendo efeitos de manada nos mercados. Ou seja, crises “irracionais” surgem devido a interferências no nível de “eficiência” dos mercados financeiros.
ECONOMIA PLANIFICADA
O socialismo e a Revolução Russa de 1917
Por volta de 1940, havia praticamente duas teorias econômicas que ofereciam soluções para os problemas econômicos: teoria liberal e a teoria socialista ou marxista. Essa disputa teórica no campo da economia, se potencializou em função da disputa política. De um lado, os sindicatos, partidos de esquerda e do outro a grande maioria dos empresários e funcionários de governo dos médios e grandes proprietários rurais eram quase todos liberais. Essa disputa teórica foi se aprofundando, na virada do século XIX pro século XX, os partidos políticos liberais e socialistas representavam as maiores forças políticas de praticamente todos os países da Europa. Quando a política econômica dos países europeus começou a acompanhar o processo de acirramento das relações internacionais no começo do século XX, o debate entre socialistas e liberais pegou fogo. Acirramento das RI no começo do século XX: Em 1914 começa a 1GM, por causa da disputa por territórios/mercados, ou seja, os vários países europeus haviam se industrializado, Inglaterra primeiro, depois França, Alemanha, Itália. Esses países precisavam vender seus produtos, a produção industrial era muito superior a capacidade de consumo. A medida que esses países precisavam colocar seus produtos pro resto do mundo, os seus governo começaram a disputar o controle sobre os territórios. Pra disputar esses controles, como que se faz? Precisa de exército. O que aconteceu na virada do século XIX pro século XX é que a política de ocupação de territórios foi gerando um processo de disputa entre os vários estados nacionais europeus, o resultado disso é que a partir de 1905-06, durante a Belle Epoque, os vários governos começaram a se preparar para a 1GM, investindo em indústrias que produzam armamentos, navios, tanques de guerras, armas, era lucrativo para os empresários dos países, por que produziam para o seu governo e eram pagos pra isso, eles eram pagos pelos impostos pagos pelas pessoas. Pessoas pagavam impostos e governo comprava armas de empresas, gerava empregos, e garantia a possibilidade desse governos ocuparem territórios a partir dos esforços de guerra.
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