Economia Política Raça e Gênero
Por: Rebeca Marcondes • 1/11/2016 • Projeto de pesquisa • 6.012 Palavras (25 Páginas) • 257 Visualizações
SUMÁRIO
1. Tema
2. Problema
3. Objetivo
4. Justificativa
5. Mercado de Trabalho
6. Grau de Escolaridade
7. Classe Social
7.1. Renda Média da População Negra
7.2 Classe A, B, C D ou E - Duas visões relevantes sobre Classes Sociais
7.2.1. Critério do IBGE para definição de classes sociais
7.2.2. CRITÉRIO BRASIL - ABEP e o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) usado a partir de 2008
8. Programas Assistencialistas
8.1. Perfil Estudantil
8.2. Perfil Programas de Subsistência
9. Sistema de Cotas Raciais
9.1. Lei das Cotas Raciais
9.2. Argumentos favoráveis
9.3. Argumentos contrários
10. Referenciais Bibliográficos
1. Tema
Inclusão social de minorias e dinâmica do mercado de trabalho e escolaridade no que tange gênero e raça.
2. Problema
Em termos gerais a sociedade brasileira é tida como tolerante, inclusiva e heterogênea no que tange gênero e raça, porém, ainda são verificadas grandes distorções no mercado de trabalho e no acesso à educação.
Apesar de uma maior inserção das mulheres no mercado de trabalho, verifica-se que o alto escalão das corporações e das instituições brasileiras ainda é majoritariamente dominado pelo sexo masculino. Além disso, apesar de homens e mulheres exercerem o mesmo cargo, verifica-se que em muitos casos, para não dizer na maioria deles, as mulheres tendem a receber, em termos salariais, menos que os homens, se tornando esta problemática ainda mais notória quando incluímos na análise questão das raças.
3. Objetivo
Partiremos do entendimento sobre a importância da condução de políticas públicas em incluir grupos que outrora não tiveram seus interesses representados na formação política nacional, provocando assim desigualdades participativas ou de acessibilidade entre pessoas. E, entendo que hoje no Brasil as políticas inclusivas no país vêm ganhando destaque e maior importância, existe hoje uma gama dessas políticas inclusivas tanto para mulheres quanto negros. Portanto, este trabalho visa avaliar quantitativamente se de fato a condução dessas políticas têm se mostrado eficiente promovendo resultados positivos sobre questões de desigualdade relacionadas a estes.
Para o entendimento, portanto, será avaliada a questão da igualdade entre gêneros e raça, no âmbito do mercado de trabalho, educacional, de renda e uma breve avaliação sobre os resultados de benefícios assistencialistas governamentais e sua aplicabilidade, se quantitativamente igualitária ou não, assim como uma avaliação sobre as cotas. Em relação ao mercado de trabalho este trabalho visa apresentar variáveis como representatividade de cada um deles no mercado, salário, setores de atividade em que se inserem e jornada de trabalho. Já em relação à renda traremos uma avaliação sobre a renda média para diferentes gêneros e raça. E para a educação estudo irá avaliar o nível de acessibilidade e o grau de instrução desse grupos de pessoas. Quanto às cotas será levantado a base legal e os argumentos contrários e favoráveis a tanto.
Cabe ressaltar que, uma vez que grande parte da base de dados vincula dados relativos a negros, índios e pardos em um só conjunto, algumas das avaliações trarão essa inclusão, sem desvinculá-las.
4. Justificativa
Não há distinção entre gêneros e raças. Todos nascem e todos morrem. O Brasil é o líder de população negra e mestiça, mas mesmo assim ainda encontra dificuldades para sair da zona crítica à correta inclusão social.
“Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo (…) a sombra, ou pelo menos a pinta, do indí- gena ou do negro” (FREYRE, 2003, p. 367).
A inclusão racial no âmbito educacional tem forte impacto no cenário econômico atual. As tendências a redução da desigualdade faz com que os olhares estejam atentos as mudanças presentes nos modelos de inclusão social, racial e econômica.
Visando unicamente os aspectos pertinentes a inclusão racial e do gênero feminino, pode-se tomar como base explicativa do primeiro questionamento a Lei do Ventre Livre, de 1871, que zelava pelo direito à liberdade e a vida, permitindo que crianças nascidas do ventre de escravas, a partir daquele ano, seriam consideradas livres, assim como para o segundo levantamento a inclusão social da mulher ocorre no ano de 1927 com a participação no processo eleitoral, com direito ao voto e a ser votada.
De maneira bem breve, ambos as agentes lutam desde então para conseguir seu espaço na sociedade. Deve ser garantido ao homem alguns conceitos básicos ao longo de sua vida, que não deveriam ser de acesso dificultoso. Direito a comer, beber e se vestir, direito a um sistema de saúde de qualidade, direito a andar livremente, direito a ter acesso à educação, direito a poder exercer uma atividade remunerada de acordo com os termos da lei.
Os negros são historicamente um grupo que infelizmente ainda vive às margens da sociedade e as mulheres ainda sofrem distinção de gênero além de serem consideradas menos capazes quando comparativamente aos homens. O que permite que haja essa distinção? Quem determinou essa distinção?
Consideradas as ideias acima, o presente trabalha compreende como ocorrem as diferenciações e inclusões dos dois tipos sugeridos. Além disso, tanto o sistema educacional quanto o mercado de trabalho, são diretamente vinculados e uma análise conjunta não poderia deixar de ser considerada. A educação é ponto de partida importante, responsável cumprir os direitos do ser humano. Através dela há o combate à pobreza, o crescimento econômico, a promoção da saúde, a redução da violência, o fortalecimento da democracia e da cidadania, o aumento do bem estar e assim uma maior compreensão do mundo e do papel dos indivíduos.
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