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Economia Resumo: O poder do mercado

Por:   •  23/5/2017  •  Resenha  •  1.471 Palavras (6 Páginas)  •  645 Visualizações

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Centro Universitário Adventista de São Paulo-EC

Economia

Resumo: O poder do mercado

Antonio Messias Costa Neves

O autor inicia o primeiro capítulo argumentando que cada um de nós utilizamos inumeráveis bens e serviços – para comer, se vestir, se abrigar da natureza ou simplesmente desfrutar da vida. Ele chama a atenção do leitor para explicar que raramente um consumidor irá parar para pensar quem foram exatamente as pessoas que de alguma forma contribuíram para que os serviços e produtos estivessem de uma forma tão organizada à nossa inteira disposição. É óbvio que não seremos surpreendidos com as pessoas na fila do caixa de supermercados se perguntado: qual a nacionalidade das pessoas que de alguma forma contribuíram para que esses produtos estivessem aqui à minha disposição? São brancas? Negras? Índios?

Essa construção de pensamentos vai começar se afunilar para explicar os principais pontos de vista do autor a respeito da economia. Veja bem: “É natural pressupor que alguém tem de dar as ordens para garantir que os produtos “certos” sejam produzidos na quantidade “certa” e estejam disponíveis nos lugares “certos”. Esse é o método de coordenar as atividades de um grande número de pessoas – o método do exército”. O método de comando é exemplificado para esclarecer que é um método válido com eficácia somente para um grupo pequeno de pessoas, não conseguindo ele nem mesmo garantir que o mais autocrático chefe de família consegue controlar cada ato de outros membros da família de forma totalmente hierárquica.

Um outro exemplo, mas agora para falar a respeito da cooperação voluntária, é este: “Um morador de Muscou com um equipamento defeituoso em casa pode ter de esperar meses para vê-lo funcionar se ligar para uma repartição estatal de consertos. Poderá optar, então, por um trabalhador clandestino – muito provavelmente alguém que trabalha para essa mesma repartição estatal de consertos”. Aqui está a sacada: o dono de casa terá o seu produto prontamente recuperado e o trabalhador recebera uma renda extra. Para fechar esse raciocínio, devemos entender como tudo o que foi citado acima ocorreu: a)  o método de comando funciona, mas a cooperação voluntaria também; b) a cooperação voluntária não é suficiente para chegar ao topo da prosperidade e liberdade, os dois métodos devem andar juntos para um melhor desenvolvimento econômico; c) a economia nessa ciclo funciona numa base de troca (você tem uma mação e eu uma banana, mas eu gosto mais de maça e você de banana, fazemos a troca e ambos ficarão felizes).

O papel dos preços. O autor relata que: “Quando compramos um lápis ou um pão de cada dia, não sabemos se o lápis foi feito ou o trigo cultivado por um homem branco ou um homem negro, por um chinês ou por um indiano. O resultado é que o sistema de preços permite as pessoas cooperar pacificamente em determinado momento da sua vida, ao mesmo tempo que cada um cuida do que é seu em relação a tudo mais”.

Os preços desempenham três funções na organização da atividade econômica: em primeiro lugar, transmitem informações; em segundo, incentivam a adoção de métodos de produção menos dispendiosos, fazendo com que os recursos disponíveis sirvam aos objetivos mais valiosos; em terceiro, determinam quem recebe quanto do produto – a distribuição de renda.

  1. Transmissão de informação: Suponha que, por qualquer razão, haja uma demanda maior  de lápis de grafite – talvez pelo fato de um aumento da população ter gerado um número maior de inscrições nas escolas. As lojas de varejo irão descobrir que estão vendendo mais lápis. Encomendarão mais lápis dos seus atacadistas. Os fabricantes encomendarão mais madeira, mas latão, mais grafite – todos os diversos produtos usados na fabricação de lápis.
  2. Incentivos: A transmissão efetiva de informações precisas é desperdiçada, a menos que as pessoas adequadas tenham incentivo para agir, e agir corretamente, com base nessas informações. Ao produtor de madeira não afeta em nada saber que a demanda de madeira aumentou -  a menos que tenha algum incentivo para reagir à elevação de preço da madeira produzindo mais madeira.
  3. Distribuição de renda: A renda que cada um obtém através do mercado é determinada, como vimos, pela diferença entre o que se recebe pela venda de bens e serviços e o que se gasta na produção desses bens e serviços. Esses recebimentos consistem predominantemente em pagamentos diretos pelos recursos produtivos que possuímos, pagamentos por trabalho ou pelo uso da terra ou edifícios, ou outras formas de capital.

Sobre a “mão invisível”. A “mão invisível” de Adam Smiht é considerada uma referência para compras e vendas de bens e serviços por dinheiro. Mas a atividade econômica é, sem dúvida, a única área da vida humana na qual uma estrutura complexa e sofisticada disponha como uma consequência não internacional de um enorme número de indivíduos cooperando entre si enquanto buscam seus próprios interesses.

Como se desenvolveu a linguagem? De um modo muito semelhante ao do desenvolvimento da ordem econômica através do mercado – pela interação voluntária de indivíduos, neste caso procurando trocar ideias, informações ou fazer fofocas, em vez de trocar bens e serviços uns com os outros. Tudo não passa de uma mera troca de interesses. Os valores de uma sociedade, sua cultura, suas convenções sociais – tudo isto se desenvolve do mesmo modo, a partir da troca voluntária, da cooperação espontânea, da evolução de uma estrutura complexa por meio de ensaio e erro, da aceitação e da rejeição.

Tais exemplos podem indicar não apenas o vasto âmbito para a troca voluntária, mas também o amplo significado que deve ser atribuído ao conceito interesse próprio.

Sobre o papel do governo. Onde o governo entra neste cenário? Em certa medida, o governo é uma forma de cooperação voluntária, um modo pelo qual as pessoas decidem atingir alguns de seus objetivos através de atividades governamentais porque acreditam que este é o meio mais efetivo de atingi-los.

Mas o governo é mais do que isso. É também a organização amplamente considerada protetora de um monopólio sobre o uso da força ou da sua ameaça como o meio pelo qual podemos legitimamente impor restrições pelo uso da força uns sobre os outros. O papel do governo nesse sentido mais básico mudou de forma drástica ao longo do tempo na maioria das sociedades e deferiu amplamente entre as sociedades, qualquer que fosse o momento.

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