Elementos de Custos Instituto de Ciência Humanas e da Informação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE Instituto de Ciência Humanas e da Informação (ICHI) Profa. Cassiane Paixão.

Aluna : Daiane Maria Souza da Silva- 138054

Texto Racismo e sexismo no Brasil (Lelia Gonzalez)

No texto Racismo e sexismo no Brasil, de Lelia Gonzales, ela destaca no princípio sobre o momento de exaltação que as mulheres negras receberam ao ter o espaço no meio dos desfiles de carnavais, onde comparou aquele momento com o da cinderela e que após o fim do momento do desfile volta a ser esquecida ao meio da população.

Lelia apresenta também situações que acontecem em sua vida de grande impacto e que mostram como o preconceito consiste no julgamento sem qualquer informação e de forma racista com pessoas negras. Leila conta que em diversas situações vendedores batiam em sua porta e lhe perguntavam: “a madame está?”, supondo eles que ela era a doméstica da casa.

Para Lelia, mulata, mucamba e doméstica são a mesma, ou seja, é aquela que além de cuidar da sua família cuida da família dos outros, uma mulher negra que é tratada como diferente, sendo sempre escondida em uma cozinha, limpando a casa e serviços de pouca visibilidade, o que sempre trouxe um peso para as mulheres negras que tiveram suas histórias menos prezadas e apagadas por preconceitos por sua cor.

Lelia foi muito necessária por abranger a verdade pouco dita que o racismo, sexismo são absurdamente aplicados em nossa sociedade, em uma sociedade que já discrimina o sexo feminino em sua essência e quando falamos de mulher e negra isso só aumenta. Não é novidade a desigualdade de salários e de autoridade e no caso de mulheres negras isso só se torna mais frequente e em maior proporção, onde pesquisando por vagas já podemos observar a seguinte frase “boa aparência”, o que nos faz questionar o porquê tantas mulheres negras são postas para trabalhar como domésticas, babas e na cozinha, de uma forma “escondida”, desvalorizada.  Por que as mulheres negras têm menores oportunidades em uma sociedade que se diz ser igualitária, sem racismo e sem preconceitos? se isso é tão real porque os dados apontam dados que mostram ao contrário?

É lamentável observar que a história cultural e de lutas em busca da igualdade ao meio social são apagadas quando se trata de mulheres negras, de ver que ainda é um caminho tão longo ate essa tão sonhada igualdade e respeito, de direitos iguais, não somente com homens, mas com as oportunidades na sociedade onde concorre a vagas com outras mulheres brancas, onde sua cor não pré-determine sua capacidade profissional, levando a ter menos oportunidades de grandes cargos.

Lelia foi casada um homem branco e sentiu na pele o racismo com o fato de não aceitarem que uma mulher negra seja casada com um homem branco, em uma sociedade que tenta embranquecer os negros e apagar uma história de lutas e conquistas.

Uma das frases de um de seus discursos, Lelia falou um trecho de grande impacto: “Para a mulher negra o lugar que lhe é reservado é sempre o menor, da marginalização, é o lugar do menor cenário, do desrespeito a sua capacidade profissional...” Essa frase só mostra como a população ainda é racista quanto a raça.