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Embraer a lider mundial em jatos regionais

Por:   •  27/9/2016  •  Resenha  •  1.094 Palavras (5 Páginas)  •  722 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DE PROJETOS

Fichamento de Estudo de Caso

Ely Batista do Rêgo Júnior
Mat.: 201601067984

Trabalho da Disciplina Estratégia Empresarial,

                                                           Tutor: Prof. JAMES DANTAS DE SOUZA

Jaboatão dos Guararapes - PE

2016

Estudo de Caso

CASO: Embraer: A líder Mundial em Jatos Regionais

Por ser uma prioridade para o Brasil, diante de sua magnitude territorial com infraestrutura limitada nos meios de transportes terrestres e fluviais, o governo brasileiro não poupou esforços para incentivar a indústria aeronáutica, criando o Ministério da Aeronáutica entre os anos 40 e 50. Em 1969 o Ministério da Aeronáutica cria a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.) para fabricação de aeronaves militares e comerciais.

O governo brasileiro ajudou criando um decreto presidencial que concedeu a empresa privilégios especiais e com isso ajudou a empresa a levantar um capital estimado em 350 milhões entre os anos de 1970 e 1985. Isso fez com que a empresa se fortificasse fazendo com que surgissem as primeiras vendas de aeronaves para o exterior e consequentemente criando uma subsidiaria nos EUA.

A Embraer entrou rapidamente em três segmentos do setor aeronáutico: o de aeronaves regionais de passageiros, aeronaves de defesa e aeronaves para fins específicos. Os seus primeiros produtos lançados foram: o Xavante (1971), um jato para treinamento e ataque ar-terra, o Ipanema (1972), uma aeronave para pulverização sobre áreas de culturas agrícolas, e o Bandeirante (1973), uma aeronave de passageiros turboélice de 19 assentos.

Com esse sucesso a Embraer conseguiu obter 46% do mercado de turboélices e acabou passando sua principal concorrente. Isso fez com que uma de suas concorrentes, Fairchild, registrasse uma queixa a Comissão Internacional de Comércio (ITC, International Trade Commission), acusando de que o governo brasileiro dava subsídios a Embraer, mais a queixa não teve os efeitos desejados e o ITC recusou a queixa. Isso fez com que a Embraer dominasse as vendas no exterior, fazendo com que 22 companhias aéreas usassem o Bandeirantes, que no final teve mais de 500 unidades vendidas.

Depois a Embraer começou a investir no desenvolvimento da aeronave Brasília, um turboélice pressurizado com dois motores, com capacidade para 30 passageiros. A empresa lançou o Brasília em 1985 e, até 1999, vendeu 350 unidades, um desempenho aplaudido como sendo um sucesso comercial. O Brasília foi tido como “pau para toda obra” por várias companhias aéreas americanas. A frota de Brasílias da Skywest, por exemplo, chegou a totalizar 90 aeronaves. Para atender a demanda, ela aumentou seu ritmo de produção em 1988, passando de três para cinco ou seis aviões por mês. Mas mesmo com todo esse sucesso de vendas, o caixa da empresa não apresentava lucros desejados e a Embraer estava sendo muito questionada do ponto de vista financeiro.

Com a falta de confiança e questionamento na sua área financeira, a empresa começou a sofrer quedas acentuadas em seu desempenho. Uma das causas também foi devido ao fim da Guerra Fria, que levou o cancelamento de bilhões de dólares em programas militares em todo mundo.

Com o inicio dessas crises, em 1985 foi assinado um tratado de cooperação entre o Brasil e a Argentina, que se constituiu no primeiro rumo ao que viria a se tornar o Tratado do Mercosul. Como parte de sua reaproximação mútua, os dois países decidiram que a Embraer iria desenvolver, com o auxílio da Argentina, o CBA123, uma versão mais curta do Brasília, com 19 assentos. Mas o projeto foi um fracasso, e com isso, acabou acumulando um prejuízo estimado em US$ 280 milhões em 1990.

O impacto conjunto dessas mudanças foi devastador. As vendas sofreram uma fortíssima queda, de US$ 700 milhões em 1989 para US$ 177 milhões em 1994, a produção caiu de seis aviões por mês para apenas dois, houve uma redução de 13.000 funcionários para 6.100 na força de trabalho, o prejuízo médio passou dos US$ 200 milhões por ano.

A privatização foi a única saída da Embraer, então em 1995 os novos acionistas partiram para um plano de recuperação e contrataram um novo CEO, Maurício Botelho, para reerguer a empresa. Botelho fez modificações na estrutura da cúpula administrativa. Diminuiu níveis hierárquicos de sete para cinco. Gerentes que recebiam baixos salários receberam reajustes salariais. O pensamento do novo CEO era focar nos clientes fieis que a empresa tinha e saber o que eles queriam.

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