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Embraer - A Líder mundial em Jatos Regionais

Por:   •  30/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.215 Palavras (5 Páginas)  •  708 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA em Gestão de Projetos

Fichamento de Estudo de Caso

Rodrigo Distasio Maia

Trabalho da Disciplina: Estratégia Empresarial

Tutor: Prof. Audemir Leuzinger de Queiroz

Rio de Janeiro

2017

FICHAMENTO

TÍTULO: Estratégia Empresarial

CASO: Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais

REFERÊNCIA: Caso LACC número 704-P03

TEXTO: A Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A., Embraer, fundada em 19 de agosto de 1969, durante o período desenvolvimentista da ditadura militar, de capital misto e controle estatal é hoje uma potência do mercado de aviação, um setor dominado pelas maiores economias do mundo. A Embraer, felizmente, é a exceção que confirma a regra.

A criação da empresa ocorreu devido a necessidade do país de expandir a indústria aeronáutica e a defesa. Um grande desafio, visto que na aviação os países desenvolvidos já dominavam esse mercado, já que se encontravam estabelecidos desde as décadas de 30 e 40, devido as necessidades oriundas da segunda grande guerra.

A indústria aeronáutica tem a característica de utilização volume elevado de recursos e pela utilização de alta tecnologia, possuindo uma cadeia produtiva que a torna cada vez mais compartilhada entre vários parceiros, assim como sua vocação em exportações. O atendimento a padrões de confiabilidade do produto e a exigência de atendimento pós-venda em nível mundial, associadas às demais características mencionadas, estabelecem barreiras significativas a entrada de novos concorrentes. No caso brasileiro, especificamente, percebeu-se nas últimas décadas um excepcional desempenho desse setor, transformando-o em um caso atípico, pois se trata de uma das poucas indústrias nacionais que conseguiu alcançar uma posição de destaque no mercado internacional.

O complexo industrial, onde está instalado o centro de tecnologia, é orgulho dos cerca de cinco mil habitantes do município de São José dos Campos, SP. É ali que está instalada a Embraer, a líder global no segmento de jatos regionais e a terceira maior fabricante de aviões do mundo (atrás da americana Boeing e da europeia Airbus), com US$ 6,2 bilhões de receita, em 2016, e mais de oito mil aviões entregues. 

Entretanto no final dos anos 80 o cenário era bem diferente, já que o mercado de aviões passava por uma forte recessão. Os recursos do governo foram reduzidos, levando a empresa a enfrentar uma série de dificuldades. Isso contribuiu para que, em agosto de 1989, a empresa realizasse um drástico corte de funcionários: houve uma demissão coletiva de aproximadamente 4.000 funcionários, reduzindo seu quadro funcional de 12.000 para 8.000 empregados e posteriormente as demissões continuaram, até chegar ao número de 3.200 empregados em 1994. A indústria aeronáutica brasileira se encontrava em difícil situação e com o futuro totalmente incerto.

A atual posição confortável no mercado é fruto de uma virada que começou há quase duas décadas, que se deu quando a Embraer passou a se posicionar como uma empresa de tecnologia de aviação, e não apenas uma fabricante de aeronaves. O foco saiu do produto, para o cliente. “Desenvolvemos soluções”, afirma o presidente, Paulo Cesar Souza e Silva. “Buscamos entender a necessidade do mercado, então trazemos isso para dentro da companhia e criamos a tecnologia”.

Pode parecer algo trivial, mas, em se tratando de aeronáutica, inovações tecnológicas significam, muitas vezes, rupturas de mercados. Aquele contraste tão brasileiro, porém, sempre teima em aparecer. No ano passado a Embraer admitiu ter pagado propina durante processos de venda em quatro países, entre 2007 e 2011. Para encerrar as acusações, a empresa fechou um acordo com as Justiças dos Estados Unidos e do Brasil, pelo qual se comprometeu a pagar US$ 206 milhões em multas. “Anos atrás, a Embraer não teve a governança necessária para atuar em certas operações”, afirma Silva. “Foi lamentável, somos responsáveis, mas não vai mais acontecer”. 

O escândalo arranhou a imagem da companhia, porém a admissão de culpa e o acordo foram passos necessários para não jogar fora um esforço de cinco anos, que consumiu investimentos de US$ 5 bilhões. Esse foi o tempo que levou o último ciclo de desenvolvimento da empresa, que se encerrou com os lançamentos recentes do Legacy 450, jato executivo de médio alcance, da família E2, de jatos comerciais e, principalmente, do gigante KC-390, um avião militar de carga, com capacidade de transportar 23 toneladas e custo estimado de US$ 50 milhões, que será o substituto do ultrapassado Hercules, usado pela FAB. “Agora é o momento de monetizar esses investimentos entregando os aviões”, diz Silva. Isso vai acontecer, no caso do Legacy e do E2, ao longo deste ano. A FAB começa a receber o KC-390 a partir de 2018. 

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