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Embraer A Líder Mundial em Jatos Regionais

Por:   •  25/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.643 Palavras (7 Páginas)  •  291 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PROJETOS

Fichamento de Estudo de Caso

PRISCILA SAMPAIO DE GODOI MOREIRA

Trabalho da Disciplina: Estratégia Empresarial

Tutor: Prof. Audemir Leuzinger de Queiroz

Jundiaí - SP

2018


UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PROJETOS

Fichamento de Estudo de Caso

PRISCILA SAMPAIO DE GODOI MOREIRA

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Estratégia Empresarial para obtenção de Prof. Audemir Leuzinger de Queiroz sobre o texto Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais.


A Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A., Embraer, fundada em 19 de agosto de 1969, de capital misto e controle estatal se tornou uma potência do mercado de aviação, um setor dominado pelas maiores economias do mundo.

A criação da empresa se deu devido a necessidade do país em expandir a indústria aeronáutica. Um grande desafio, visto que os países desenvolvidos já dominavam esse mercado da aviação e se encontravam estabelecidos desde as décadas de 30 e 40 devido as necessidades decorridas da segunda grande guerra.

Esta indústria tinha como característica a utilização de volume elevado de recursos e de alta tecnologia, possuindo uma cadeia produtiva que a tornaria cada vez mais compartilhada entre vários parceiros, assim como sua vocação em exportações. O atendimento a padrões de confiabilidade do produto e a exigência de atendimento pós-venda em nível mundial, junto às demais características mencionadas, estabeleceram barreiras significativas à entrada de novos concorrentes. No caso brasileiro, percebeu-se nas últimas décadas um excepcional desempenho desse setor, tornando exemplo, pois se trata de uma das poucas indústrias nacionais que conseguiu alcançar uma posição de destaque no mercado internacional.

O centro industrial de aeronáutica, foi criado no município de São José dos Campos em São Paulo. Ali instalada, estava a líder global no segmento de jatos regionais e uma das cinco maiores fabricantes de aviões do mundo (atrás da americana Boeing e da europeia Airbus), com US$ 6,2 bilhões de receita, em 2016, e mais de oito mil aviões entregues. O governo brasileiro decidiu criar o ministério da aeronáutica, o órgão fiscalizador para a recém anunciada neste mesmo período.

O foco da Embraer foi ganhar espaço em alguns segmentos e desta forma passou a incomodar as empresas que dominavam o mercado brasileiro até então. Esta apresentou considerável aumento de produção com aviões comerciais, no final dos anos 80 e início da década de 90, foram sentidos os impactos do final da guerra fria gerando cancelamentos de pedidos e consequentemente queda na produção. O tratado assinado no Mercosul, possibilitou a produção do CBA123, porém os custos eram muito altos e levou a empresa a registrar altos prejuízos.

Neste período, o Brasil registrou altos níveis de inflação e para frear a inflação o governo criou o real, moeda brasileira que acompanhou o dólar americano. Independente disso, o Brasil não conseguiu permanecer no mercado com a competitividade de antes e as vendas caíram a níveis assustadores. Ozires Silva retornou à presidência da empresa e convenceu o governo que a privatização era a única saída, projeto que levou quase dois anos para sair do papel. A empresa genuinamente brasileira não era mais só do país e isso também não resolveu o problema.

A particularidade da Embraer, se diz por antes ela ter sido criada como uma estatal e após alguns anos se tornar uma empresa privada. Até a atualidade, a participação do estado é efetiva pois detém a maior parte das ações.

Ainda no final de 80 e início dos anos 90, o mercado de aviões passava por uma forte recessão. Os recursos do governo foram reduzidos, levando a empresa a enfrentar uma série de dificuldades. Após seis meses de privatização, Botelho resolveu ajustar também a enorme folha de pagamento que tinha salários altíssimos para o padrão Brasil. Isso contribuiu para que em 1989 a empresa realizasse um grande corte de funcionários: aproximadamente 4.000 funcionários, reduzindo seu quadro funcional de 12.000 para 8.000 empregados e posteriormente as demissões continuaram, até chegar ao número de 3.200 empregados em 1994. A indústria aeronáutica brasileira estava em uma situação difícil e com o futuro totalmente incerto.

No final da década de 90 a venda do novo avião ERJ145 foi um sucesso e na mesma linha a Embraer lançou também o ERJ135 E140, foi quando se registrou a saída da empresa do vermelho. Estes três aviões foram responsáveis por 83% da receita e crescimento absoluto de quase 75% da companhia.

Com a saída da empresa do vermelho e o grande sucesso de vendas, Botelho apresentou ao conselho um novo projeto, o da “Família de jatos regionais” que foi aprovado, mas com algumas restrições quanto a velocidade de criação do mesmo.

Após o lançamento, em junho de 1999, a maior companhia europeia realizou um pedido de 160 unidades, demonstrando com isso como a Embraer já estava sólida no mercado e possuía a confiança novamente. Com toda a rapidez do processo chegou-se a uma constatação óbvia, a rapidez do processo não seria possível se ainda fôssemos uma estatal. Neste ano ocorreu o que nós brasileiros desaprovamos, 20% das ações da Embraer foram vendidas a um grupo francês com direito a voto, ficando a empresa com apenas 69% das ações.

Após todas as análises de custo, benefícios, encargos entre outros, os cenários apostavam em um futuro otimista para a Embraer. Indicando assim que até o final de 2007 a empresa estaria com as contas estabilizadas e equilibradas.

Consolidaram-se parcerias com mais envolvimento e responsabilidade dos parceiros e a empresa esperou um aporte financeiro, mesmo que tivesse que devolver caso as licenças não ocorressem. E após todas as análises, projeções e gerenciamento destes fornecedores, os 580 pedidos superaram os 400 inicialmente projetados.

As fases preliminares envolveram grandes grupos de parceiros em São José dos Campos, entre eles vários engenheiros e técnicos de nacionalidades diferentes. A terceirização foi a estratégia utilizada pela Embraer para todos os fornecedores de longo prazo.

A atual posição estável no mercado é resultado de uma virada que começou há quase duas décadas, quando a Embraer passou a se posicionar como uma empresa de tecnologia de aviação, e não apenas uma fabricante de aeronaves. O foco saiu do produto, para o cliente. “Desenvolvemos soluções”, afirma o novo presidente, Paulo Cesar Souza e Silva. “Buscamos entender a necessidade do mercado, então trazemos isso para dentro da companhia e criamos a tecnologia”.

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