Etapas da expansão rural no Brasil
Pesquisas Acadêmicas: Etapas da expansão rural no Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 8/10/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.515 Palavras (7 Páginas) • 372 Visualizações
Introdução
A Extensão rural, no Brasil, tem atravessado fases diversas em termos de concepção filosófica, abordagem empírica, organização e trabalho de campo desde a sua introdução no início do século. Embora a ação extensionista tenha precedido à análise e à conceituação do fenômeno extensionista, vários encontros, seminários e dissertações universitárias têm contribuído para o desenvolvimento de uma preocupação científica em Extensão rural. Isto tem sido possível, sobretudo, por causa da acumulação dos dados e análise dos resultados de aspectos tais como a adoção de tecnologias — processo, fatores adjuvantes, pontos de estrangulamento — problemas do pequeno produtor e sua crescente marginalização, mulher rural, fenômeno da migração e êxodo rural, meios de comunicação de massa, estudos avaliativos dos programas de treinamento de mão de obra rural, cooperativismo e outros problemas que direta e indiretamente afetam o homem do campo.
Bovinos de Corte
Dentre os principais fatores inibidores da produção de carne bovina no Brasil, estão aqueles inerentes ao processo produtivo, ligados a alimentação, sanidade, manejo e potencial genético. Os sistemas de criação, normalmente extensivos em regime de pastagens, sujeitam os animais à escassez periódica de forragem, comprometendo seu desenvolvimento e sua eficiência reprodutiva, e concentrando a oferta de carne em determinada época do ano. A falta de adequação do potencial genético dos rebanhos ao ambiente e ao manejo, ou vice-versa, também é um dos principais entraves do setor produtivo. Esses problemas culminam em subutilização dos recursos disponíveis, resultando em baixa produtividade, sazonalidade de produção e, conseqüentemente, baixa disponibilidade de proteínas de origem animal para o consumo humano.
Nas condições atuais, com o alto custo do frete, a instabilidade da oferta durante o ano e a concorrência de outras atividades, principalmente em determinadas regiões do País, a competitividade tornou-se elemento fundamental no setor pecuário de corte e, com ela, a necessidade de se disponibilizar, para o mercado consumidor, produtos de qualidade a um preço acessível. Produzir de forma eficiente e eficaz tornou-se sinônimo de sobrevivência ou permanência no negócio.
Outro aspecto de extrema importância e que tem influência direta nos sistemas produtivos é a preocupação com a sustentabilidade. Deve-se mencionar a possibilidade de o Brasil, nos próximos anos, se fortalecer como fornecedor mundial de carnes, com reflexos positivos na captação de divisas para o País, além do potencial de incremento de consumo de carne bovina no mercado interno. Quanto ao mercado externo, é importante ressaltar as exigências de controle ambiental colocadas pelos países ricos, que se traduzem em imposição de padrões de requerimentos semelhantes para as importações. Nesse contexto, torna-se fundamental, entre outros fatores, que se atendam às exigências sanitárias, envolvendo tanto a questão de saúde do rebanho como da saúde pública.
A inserção definitiva da carne bovina brasileira na economia mundial e o seu fortalecimento interno, nas próximas décadas, dependem da capacidade que os sistemas de produção e os demais segmentos da cadeia de produção tenham de disponibilizar produtos saudáveis; de utilizar de forma conservadora os recursos não-renováveis; de garantir o bem-estar social; de aumentar a participação no mercado externo; e de contribuir para a melhoria da eqüidade social.
A pecuária de corte intensiva pode contribuir de maneira significativa na promoção do desenvolvimento do setor de produção de carne bovina no País, uma vez que favorece a utilização racional dos fatores de produção e do potencial e da diversidade genética animal e vegetal.
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/BovinoCorteRegiaoSudeste/
ORIGEM E CARACTERÍSTICAS
Os bovinos de corte, vacas, touros e bezerros são mamíferos, que possuem características exteriores que indicam uma boa capacidade para a produção de carne.
Os bovinos podem ser de origem norte americano e europeu (Bos taurus) ou de origem indiana (Bos indicus). Mas também podemos ter cruzamento entre raças.
Os bovinos de corte são explorados para produção de carne, mas também podemos obter outros produtos dos animais abatidos, tais como: O couro, para a indústria de roupas, sapatos cintos, Os chifres, que servem para fabricar berrantes e peças de artesanato; Graxa, feita dos restos do boi depois de abatido
http://www.manera.feis.unesp.br/fazenda%20escola/bov_corte.htm
O sucesso da pecuária de corte está diretamente ligado à boa nutrição do rebanho. Assim é importante saber avaliar a dieta que será oferecida aos animais e conhecer as exigências nutricionais de cada categoria para garantir que elas sejam atendidas corretamente. Também é importante atentar para o correto manejo de cocho e a adaptação à dietas de confinamento, oferecendo o melhor manejo para garantir ganho de peso em animais de terminação.
A alimentação é fundamental na definição da rentabilidade na criação do gado de corte. Por isso, é indispensável que o pecuarista conheça a fundo os principais conceitos de nutrição animal e as características nutricionais dos principais alimentos.
Ao propiciar a alimentação necessária a um rebanho, entretanto, o técnico se depara com algumas questões fundamentais: as necessidades nutricionais de cada tipo de animal a ser atendido para a mantença (manutenção do peso); a velocidade de ganho de peso desejada, em cada fase da criação; a viabilidade econômica da aceleração do ganho de peso; e a disponibilidade de alimentos que possam garantir nutrição aos animais, visando a produção. Além disso, há a preocupação com os custos dos alimentos, para que a produção seja economicamente vantajosa; e as possíveis combinações que poderiam resultar num alimento que ofereça o máximo de nutrição a um custo mínimo.
Nutrição
É a partir dela que os animais podem expressar todo seu potencial genético para produção, desenvolvimento e reprodução. As proteínas, gordura, açúcares, cálcio, minerais, vitaminas e água são elementos que devem compor a dieta, em diferentes quantidades e combinações, com um balanceamento que varia com a categoria animal, para que eles possam desempenhar todas as atividades vitais.
Para que haja um bom aproveitamento dos nutrientes, o produtor precisa conhecer as classificações dos mesmos e as categorias de alimentos que compõem a dieta dos bovinos de corte.
Podemos dividi-los em duas frações básicas: água e matéria seca. Vamos considerar que o valor nutritivo está na matéria seca, composta por matéria orgânica e mineral. A primeira contém carboidratos e lipídios que fornecem energia, e, ainda, dois outros elementos: proteínas e vitaminas. Já a mineral contém macro e microelementos. Todos eles estão presentes nos dois principais alimentos fornecidos ao gado, volumosos e concentrados.
Volumosos e concentrados
Os alimentos volumosos são aqueles que contêm alto teor de fibra bruta (mais que 18%) e baixo valor energético, ou menos que 60% de NDT, que correspondem à soma de todos os nutrientes digestíveis, exceto cinzas e vitaminas contidas no alimento. Nesse grupo incluem-se as pastagens, as forrageiras para corte, fenos, silagens, restos culturais, resíduos de agroindústrias, cascas, sabugos e outros.
Os alimentos concentrados são aqueles que apresentam menos de 18% de Fibra Bruta em sua composição, porém alto teor energético, ou mais de 60% de NDT. São mais concentrados em nutrientes quando comparados aos volumosos. Podem ser divididos em energéticos e proteicos. Os primeiros, apresentando menos de 20% de proteína bruta, são representados principalmente pelos grãos de cereais (milho, sorgo, trigo, arroz, etc.) e seus subprodutos, raízes e tubérculos (mandioca, batata, etc.), as gorduras e os óleos de origem vegetal ou animal. Os proteicos apresentam mais de 20% de proteína bruta em sua composição e podem ser de origem vegetal, como as oleaginosas (soja, algodão, amendoim, etc.), de origem animal (farinha de carne, sangue, pena, etc.) excluídos os ossos e gorduras, subprodutos (farelos), excrementos de aves, “cama” de animais, biossintéticos etc.
O grão de milho triturado é o concentrado energético mais utilizado para nutrição animal em todo o Brasil. A cultura é tradicional e está presente nas principais regiões de criação. Seu valor nutritivo é considerado excelente, principalmente pelo nível de energia. Ele apresenta 8,5 a 9,0% de proteína bruta e 0,25% de fósforo.
A soja é a fonte de proteína de melhor qualidade para a alimentação animal e apresenta alto teor energético, pela significativa quantidade de óleo. Tem baixo teor de cálcio, de fibra, e pouco caroteno e vitamina D.
http://www.cpt.com.br/cursos-bovinos-gadodecorte/artigos/alimentacao-gado-corte
2.3 Extensão rural
De acordo com a Associação Brasileira de Credito e Assistência Rural (ABCAR), definese
“extensão rural” como um processo educativo que propicia assistência técnica, econômica e
social às famílias rurais com o objetivo de ajudá-las a elevar seu nível de vida (ARAUJO &
PETTAN, 2007).
A missão da extensão rural é difundir e transferir técnicas de trabalho, produção e comercialização, úteis e sustentáveis, aos produtores rurais, por meio de métodos educativos. Para um verdadeiro agente de extensão, produtor rural não é somente o agricultor, mas também sua esposa e filhos, porquanto todos exercem funções importantes no trabalho cotidiano de uma unidade de produção agrícola familiar (ARAUJO & PETTAN, 2007).
A transição para uma agropecuária que respeite o meio ambiente, porém, vem determinando a necessidade de um novo perfil profissional dos extensionistas, pois indica a necessidade de construção de conhecimentos sobre distintos agro ecossistemas e variedades de sistemas culturais e condições econômicas.
Nesses, o médico veterinário deve lançar mão de instrumentos de apoio ao desenvolvimento rural, adotar objetivos, estratégias, metodologias e práticas compatíveis com os requisitos deste
novo processo (ARAÚJO & PETTAN, 2007).
O “novo” medico veterinário extensionista deve privilegiar o potencial próprio das comunidades, resgatando e interagindo com os conhecimentos dos agricultores familiares e as
populações que ali vivem, estimulando o uso sustentável dos recursos locais, utilizando de
pesquisa e restabelecimento do contato direto com a agricultura familiar (ARAUJO & PETTAN, 2007).
sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br
...