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Espaços, Ambientes E Contextos: Reflexões Sobre A Educação Infantil Para Crianças De 0 A 6 Anos Residentes Em áreas Rural Em Dois Municípios Da Região Do Brasil.

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Por:   •  27/5/2013  •  2.677 Palavras (11 Páginas)  •  1.106 Visualizações

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Espaços, ambientes e contextos: reflexões sobre a Educação Infantil para crianças de 0 a 6 anos residentes em áreas rural em dois municípios da região do Brasil.

Angélica Silva da Cruz

A autoras Isabel de Oliveira e Silva é coordenadora e Iza Rodrigues da Luz, coordenadora adjunta do Múcleo Regional Sudeste na Pesquisa Nacional “Caracterização nas práticas educativas com crianças de 0 a 6 anos residentes em áreas rurais” (MEC/UFRGS). Ambas são professoras da Universidade Federal de Minas Gerais e pertencem ao Núcleo de Estudos sobre Infância e Educação Infantil (NEPEI/FAE/UFMG).

Este texto é um capítulo do livro “Oferta e demanda de Educação Infantil no campo” e aborda algumas reflexões sobre Educação Infantil de 0 a 6 anos, a partir de uma pesquisa de cunho quantitativo e qualitativo. Em especial este texto foca sobre os espaços e ambientes na Educaçaõ Infantil para as crianças residentes em áreas rurais.

O texto é dividido em 4 partes. Nesta primeira parte, as autoras relatam sobre como a pesquisa foi realizada, dividindo-a em duas etapas: a 1ª etapa, é aplicada questionários em 1.130 municípios das 5 regiões do país, após a finalizaçaõ, foram escolhido 30 municípios que obedeciam a alguns critérios como, ser um município sorteado na amostra representativa da Pesquisa Nacional; contar com a aceitação da secretaria municipal de educação; existência de condições favoráveis de acesso tendo em vista os limites de financiamentoda pesquisa; presença de população do campo descrita nas Diretrizes Operacionais da Educação do Campo( BRASIL, 2002); existência do atendimento em creche para criança exixtente em área rural. A 2ª etapa foi estudos qualitativos nos 30 municípios selecionados, sendo 6 municípios por região.

Na segunda parte do texto, as autoras, após estudos, decidem optar por focalizar experiências de duas escolas de dois dos seis municípios da região sudeste, levando em consideração a demanda para a Educação Infantil. São dois municípios com caracteríaticas muito destintas, cuja finalidade não é de estabelecer comparação,e sim de compreender e analisar, nas duas escolas visitadas, se as condições e ambientes, são favoráveis ou não a uma demanda de Educação Infantil que promova o desenvolvimento integral da criança, e também evidênciar a diversidade de situações encontradas na Região Sudeste do Brasil. Os dois municípios são nomeados de município A e municípios B.

Partindo do presuposto de que as crianças do campo, como todas as crianças brasileiras são sujeitos de direitos e que a educação infantil é um desses direito garantido, é sem dúvida nenhuma que se enconterará grandes desafios para que se efetive esse direito. Um desses desafios, é o de fazer com que as crianças pequenas e os povos do campo, deixam de ser invisíveis aos olhos dos poderes públicos, em todas as esferas, e que a concepção de infância seja pensada e repensada.

As autoras afirmam que, a concepção de infância vem sido cada vez mais defendida em estudos de diferentes áreas do conhecimento, dentre elas destaca-se a Sociologia da Infância, no qual, as crianças e a infância emergem como objeto legítimo do estudo da vida social. Alinhada a essas reflexões acima colocadas, as DCNs para a Educação Infantil, estabelecidas pela Resolução da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, coloca a criança como componente principal do planejamento curricular, detentora de direitos, capaz de constriur sua identidade pessaol e coletiva através das interações do seu dia-dia, produzindo cultura.

Na terceira parte do texto, as autoras apresentam o município A e B. O município A, segundo Censo do IBGE 2010, possui 208.662 habitantes, 92,2% residem em área urbana e 2,8% em área rural, 15% dessa população é de crianças de 0 a 5 anos, sendo que 8,2% dessas crianças residem em área rural. Segundo as autoras o município possui toda a regulamentação que fixa orientações para Educação Infantil, porém, ainda não há documentos que regulem e normatizem a Educação Infantil na área rural como a Educação Infantil no Campo, mas, que contribuem para que possam elaborar propostas pedagógica para as crianças moradoras na área rural.

As autoras apresentam um quadro em que mostra o atendimento em Educação Infantil no municíupio A, e relatam que em 2011, crianças de 0 a 3 anos matriculadas em crehe na zona urbana foram 5.230, e na zona rural 68 crianças matrículas. Crianças de 4 a 6 anos matriculadas em pré-escola na zona urbana foram 4.671, e na zona rural 71 matrículas. As escolas das áreas rurais atendem crianças filhos de assentados da reforma agrária, de agricultores e trabalhadores assalariados. Os professores que atuam na Educação Infantil são todos formados em pedagogia. Na época da pesquisa havia atuando na zona rural, três professores para faixa de 0 a 3 anos, e seis professores para a faixa etária de 4 a 6 anos, num total de nove professores, nove recreadores e cinco auxiliares de serviços gerais atuando diretamente com crianças de 0 a 6 anos residente em área rural, e na área urbana 185 para faixa etária de 0 a 3 anos e 255 para faixa etária de 4 a 6 anos, há também atendimento psicológico e outros profissionais de educação para os alunos da área rubana e área rural.

As duas escolas visitadas do município A, são vinculadas a Escolas Municipais do Ensino Fundamental(EMEF). A forma de ultilização do espaço, segundo a gerente de Educação Infantil, se dá de forma de adoção do sistema de “salas rotativas”, onde as crianças fazem uso alternados de todos os ambiente por todas as turmas com suas professoras, na sustentação da idéia de que todos os espaços são educativos. Quanto a estrutura física, as duas escolas visitadas possuem; sala de multimeios, de leitura/biblioteca, de recursos e cozinha experimental, nos espaços externos possuem; jardim, parquinhos e hortas, todos ultilizados em sistema de rodízio pelas turmas. Uma das escolas adotam também além dos espaços escolares as saídas de campo, onde as crianças vizitam as casas das famílias, as agrovilas e os lotes de produção.

As autoras relatam que uma das EMEF do campo visitada, é de encantar os olhos, evidencia bem o cuidado estético e as dimensões espaciais que favorecem a movimentação das crianças com limites que não isolam seus espaços dos espaços externos. As escolas provia de todos materiais necessário como lousa, mesas e carteiras, varal com letras grandes e coloridas , armário com papeis, lapis de cor, giz de cera e outros materiais que

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