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Evolução do Pensamento Econômico

Por:   •  25/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.593 Palavras (11 Páginas)  •  261 Visualizações

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                EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO

1  INTRODUÇÃO

O Pensamento econômico teve início no século XVII, na Antiga Grécia, com a agricultura, quando pequenos agrupamentos de pessoas, que antes eram nômades, sentiram a necessidade de se fixar em algum lugar, faziam trocas entre os grupos, a economia era de subsistência, produzindo apenas para seu consumo, não havia o pensamento de riqueza ou lucro, não havendo a intervenção do Estado.

Com a civilização Romana veio a primeira República e em seguida se tornou um Império Mundial, sua expansão se deu através da agricultura, aumentando seus lucros e despertando a rivalidade de outros povos devido ao seu poder comercial. O declínio da agricultura e o aumento das despesas do governo propiciaram a cobrança de mais impostos e a agiotagem, concentrando a riqueza nas mãos de uma minoria, os alimentos tornaram-se escassos devido a servidão, grandes propriedades improdutivas e a separação de ricos e pobres.

Esses grupos eram liderados por religiosos, havia uma mistura de política e filosofia, assim denominada fisiocrata, Aristóteles e Platão pregavam a justiça e a moral contribuindo para a economia, eram a favor da escravidão e diminuição de população, separada por raça, procedendo assim a Teoria do dinheiro, trocas, valor e funções da moeda. Na Idade Média a queda do Império Romano teve como consequência as migrações, guerras e a junção dos povos e das culturas, as igrejas e mosteiros foram os responsáveis pelas disseminações do saber, perpetuação da cultura e o desenvolvimento da administração pública por meio de decreto do Imperador Constantino, findando o mercantilismo e dando início ao Cristianismo.

O homem como um ser social, não consegue viver sozinho, vive em grupos, dividindo suas tarefas e se especializando no que faz e aumentando a produção além do necessário pra a sua subsistência. A quantidade não consumida precisava ser comercializada, então uma parcela da população deixa de trabalhar na produção para dedicar-se a outras atividades ligadas a ela.

As pessoas ligadas diretamente à produção começam a gerar um excedente econômico, responsável pela existência da musica, pintura e administração por exemplo. Desta forma começa a divisão funcional de tarefas dentro da sociedade, estabelecendo um conjunto de normas que define quem se dedica a quê, legitimando a organização social (ARAÚJO, 1988).

2 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONOMICO

2.1 ANTIGUIDADE

O termo Economia ficou conhecido na Grécia Antiga, o nome se deu através dos estudos sobre administração privada e finanças públicas de Aristóteles, outros filósofos como Platão e Xenofonte também contribuíram ao pensamento econômico, em seus escritos se destacam questões de justiça e moral relacionados a taxas de juros e lucros (VASCONCELOS, 2004).

2.2 MERCANTILISMO

A primeira escola econômica ocorreu a partir do século XVI, nesta época havia a preocupação do acúmulo de riqueza das nações, impulsionar o comércio exterior e acumular fortunas. Os governos das nações mais poderosas eram os que mais estocavam metais preciosos, desencadeando guerras e mantendo a constante presença do Estado nos assuntos econômicos (VASCONCELOS, 2004).

Ainda de acordo com o autor, acima citado, o Mercantilismo se caracteriza por aspectos, sendo eles: a industrialização, pois o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios e, como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar manufaturados era certeza de bons lucros.

Outro aspecto é o Protecionismo Alfandegário, onde os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países. Havia ainda o Pacto Colonial, no qual as colônias europeias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles como garantia de vender caro e comprar barato, produtos não encontrados na Europa. Para controlar todo esse processo os governantes buscavam manter a Balança Comercial Favorável, exportando mais do que importava, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.

Essa forma de controlar a economia só mudou após o surgimento do pensamento liberalista, que defendia a tese que o governo não deveria interferir na economia, e que os produtores e colônias pudessem ter liberdade de negociar com qualquer comprador, não somente com sua metrópole. Por isso o nome liberalismo econômico.

2.3 FISIOCRASIA

Segundo Araújo (1980), a ideologia não é outra coisa senão o conjunto de normas, valores, símbolos, e práticas sociais que procuram justificar as relações econômicas e sociais existentes no interior da sociedade.

         Os fisiocratas acreditavam que o Universo era regido por leis naturais, onde a única fonte de riqueza era a terra, assim a regulamentação governamental seria desnecessária porque a lei da natureza era suprema. A economia girava em torno da lavoura, pesca e a mineração (ARAÚJO, 1980).

2.4 OS CLÁSSICOS

Adam Smith foi um dos principais representantes da escola clássica, acreditava na “mão invisível” que orienta todas as decisões da economia e que o papel do governo deveria ser somente social, como saúde e segurança. Segundo a lei do mercado de Adam Smith, o ser humano é levado a agir pelo desejo de recompensa, são impulsos, pela busca dos próprios interesses, causando a harmonia social provocada nos confrontos pessoais no mercado.

O papel do Estado deveria intervir na economia e não nas leis do mercado, seria função do Estado proteger a sociedade, estabelecer a justiça, manter obras e instituições, sem fins lucrativos, necessárias à sociedade, controlar e emitir papel – moeda e controlar taxas de juros. Ele acreditava apesar das péssimas condições de trabalho dos operários responsáveis pelo aumento da produtividade, provocado pela divisão do trabalho e acumulo de capital, que quanto mais se enriquecia melhor ficaria para todos.

David Ricardo foi o maior economista clássico, formalizando conceitos econômicos e dominando a Inglaterra, para ele o valor é dado pelo seu custo em trabalho, a oferta e procura explicam as oscilações dos preços em uma determinada condição, mas descobriu que haviam algumas exceções, não invalidando a lei geral, como o preço de obras de artes, obra limitada, então, o custo em trabalho explica o valor quando a indústria humana produz de maneira praticamente ilimitada.

David Ricardo dizia ter três classes sociais, existiam os latifundiários quem não cultivavam a terra, os capitalistas que arrendavam as terras dos latifundiários que contratavam os operários, surgindo assim a teoria das repartições, ele confirmou que o lucro era o responsável pelo crescimento econômico. Para começar um negócio, era necessário o lucro e o salário, pagando o salário o que sobrava era lucro, a economia girava em torno do valor do trigo, então se o trigo subisse, o valor do salário subia também, diminuindo o lucro, então começaram a importar os cereais, favorecendo o livre comercio entre os países. Surgiu assim a Teoria das vantagens comparativas, cada nação especialista em alguma produção, a que ficaria mais barata, o excedente da produção seria trocada entre si, com as trocas, importações e salários surgiram o capitalismo.

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