Formação Economica do Brasil
Por: Bernardo Tempski • 21/8/2019 • Resenha • 1.088 Palavras (5 Páginas) • 213 Visualizações
Bernardo Von Tempski
Formação Econômica do Brasil
A Crise Do Trabalho Escravo E A Transição Para O Trabalho Livre
Curitiba
2019
Introdução
A crise do trabalho escravo e a transição para o trabalho livre e um tema muito interessante, a independência do Brasil e outras decisões politicas influenciaram muito no desenvolvimento do nosso sistema na época. A proibição do trafico de escravos e a criação de leis que iam contra a escravidão, das quais causaram mudanças que refletiram muito na resistência do trabalho escravo, ate ela se tornar abolida foram aspectos que resultaram na necessidade de um novo sistema econômico.
Essa transição do trabalho escravo para o trabalho livre reflete também uma transição de uma estrutura econômica colonial para uma estrutura econômica capitalista industrial. A mudança de uma mão de obra forcada para uma mão de obra assalariada trouxe muitas mudanças significativas para a evolução econômica do nosso sistema.
Fundamentação Teórica
Após a independência do Brasil foi necessária uma manutenção na estrutura socioeconômica, com ela veio um temor de que a escravidão poderia chegar ao fim ou que levasse a uma revolta no estilo do Haiti. A estrutura produtiva do país mudou muito pouco inicialmente, o café começou a se tornar uma atividade importante em lugares como no Estado do Rio de Janeiro e alguns lugares do Estado de São Paulo.
Algumas mudanças que se iniciaram na Europa começaram a refletir uma grande consequência na economia brasileira, os europeus mudaram a forma de ver a escravidão que se tornou pouco a pouco insuportável perante os padrões éticos da sociedade. O trafico foi proibido em 1807 na Inglaterra e em 1817 os ingleses obtiveram o direito de inspecionar os navios portugueses e brasileiros suspeitos de trafico. Em 1831 o Brasil aprova uma lei que proibia o trafico de escravos.
Após a lei entrar em vigor o numero de importação de escravos no Brasil aumentou, as inspeções nos navios portugueses e brasileiros se expirariam em 1846 e a introdução da tarifa Alves Branco em 1844, impostos por importações, foram aspectos que complicaram a relação entre os governos brasileiros e inglês. Em 1845 o parlamento britânico aprovou uma lei que autorizava a inspeção e o confisco de navios envolvidos no trafico. E em 1850 foi aprovada a Lei Eusébio de Queiros.
Com o fim do trafico foi um grande golpe na escravidão no Brasil, mas não foi sua sentença de morte. Decorrente as precárias condições de vida e do trabalho duro havia uma alta taxa de mortalidade e uma baixa taxa de natalidade, poderia um sistema assim apresentar taxas de crescimento demográfico positivas e se manter ou iria se extinguindo naturalmente ao longo do tempo.
Os senhores de escravos acabavam fazendo alguma espécie de calculo econômico nas suas atividades, ver os escravos como investimentos de capital fixo como maquinas, imóveis ou animais. Ou seja, era realizada a compra de um escravo quando o fluxo de rendimentos obtidos pelo trabalho dele fosse superior aos seus custos de manutenção, como: alimentos, roupas, remédios, etc. além disso também um pagamento para que ele trabalhasse nessas condições e não fugisse e havia o custo de conseguir que o escravo estivesse disponível para o trabalho, ou seja, ele devia ser ou comprado de algum tumbeiro traficante de escravos ou criado pelo próprio senhor. O calculo deveria mostrar a comparação entre o custo de alimentar o escravo em todo o período que não pudesse trabalhar contra o preço pago na compra dos cativos, somando o risco de ele vir a falecer antes de começar a produzir. Maior trabalho representava maior lucro, mas também maior risco de morte.
Dois aspectos importantes surgiram após o fim do trafico, foram implantados alguns projetos de imigração e o fim de um vazamento de renda da economia brasileira para o exterior.
Lei do Ventre Livre e aprovada em 1871, essa lei declarava livres os filhos de mãe escrava nascidos a partir dessa data, embora a lei tivesse um subterfugio que permitia aos senhores utilizarem os serviços dos filhos dos escravos até que eles atingissem os vinte e um anos. Em 1880 o movimento abolicionista começou a ganhar uma grande importância. Lei dos Sexagenários aprovada em 1885, liberava automaticamente e sem indenização todos os escravos acima de 60 anos.
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