GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTAL
Seminário: GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vanessa1234 • 1/11/2014 • Seminário • 2.105 Palavras (9 Páginas) • 323 Visualizações
Nessa etapa será demostrado a fundamentação teórica das seguintes disciplinas Administração Financeira e Orçamentária, Direito Tributário e Mercado de Capitais.
2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Segundo Marcelo Cerqueira Silva, as Finanças consistem em três áreas inter-relacionadas: 1 – mercados monetários e de capitais, que trabalham com os mercados de títulos e as instituições financeiras; 2 – investimentos, que focalizam as decisões tomadas, tanto pelos investidores individuais quanto pelos institucionais, à medida que escolhem títulos para suas carteiras de investimento; 3 – administração financeira ou “finanças de empresas”, que envolve decisões dentro das empresas.
Ainda segundo Marcelo, as oportunidades de carreira dentro de cada uma dessas áreas são muitas e variadas, porém os administradores financeiros devem ter o conhecimento das três áreas, caso queiram ser bem-sucedidos em seu trabalho.
Neste sentido, podemos considerar que o conhecimento conjunto dessas três áreas faz do administrador um sujeito capaz de lidar com as mais variadas situações financeiras, pelas quais a empresa possa necessitar de uma melhor gestão.
Um vasto campo de trabalho se mostra disponível para o administrador financeiro, sobre tudo para as empresas cujo ramo de negócio seja o financeiro, mas vale ressaltar que qualquer empresa necessitar de um profissional com conhecimentos em administração financeira. A exemplo podemos citar: escolas, hospitais, instituições governamentais, industrias, entre outas empresas.
Cabe ao administrador financeiro a responsabilidade de determinar os termos de crédito sob os quais os clientes poderão fazer suas compras. Também é de responsabilidade do administrador financeiro saber o quanto de montante em estoque a empresa deverá manter para a execução de suas operações e o quanto de caixa deverá estar disponível sem comprometer a liquidez das operações financeiras.
O administrador financeiro encontra um vasto campo de atuação em uma empresa, que dependendo de seu porte e estratégia de crescimento, poderá também participar da análise de fusões, ou seja, decidir se a empresa deve ou não comprar outras empresas, também pode decidir se a empresa deve reinvestir seus lucros na implantação de novas tecnologias ou no desenvolvimento de novos produtos, bem como a empresa deverá distribuir seus lucros em forma de dividendos quando for o caso.
Quando a administração financeira surgiu como um campo de estudo separado, no início de 1900, a ênfase era sobre os aspectos legais de fusões, a formação de novas empresas e os vários tipos de títulos que as empresas poderiam emitir para levantar capital. Durante a depressão dos anos 1930, a ênfase voltou-se para concordatas e reorganização, liquidez das empresas e para a regulamentação dos mercados de títulos.
Segundo Marcelo, durante as décadas de 1940 e 1950, as finanças continuaram a ser ensinadas nas universidades como uma matéria descritiva e institucional, entendida mais do ponto de vista de alguém de fora do que do ponto de vista de um gestor. No entanto, um movimento em direção à análise teórica iniciou-se no final da década de 1950 e o foco mudou para decisões administrativas em relação à escolha de ativos e passivos, com o objetivo de maximizar o valor da empresa.
Na década de 1990 o enfoque sobre a maximização de valor das empresas tem recebido cada vez mais ênfase, visto que, as empresas têm implantado cada vez mais planos de remuneração que ligam bônus aos gestores e empregados que geram valor para a empresa.
A PLR é um bom exemplo de plano de remuneração que está diretamente ligada à geração de valor para a empresa, ou seja, aumento nos lucros. Existem empresas que além de distribuir a PLR aos empregados elaboram contratos de metas cujos empregados se comprometem a cumprirem a realização das metas de indicadores, que cujo impacto está diretamente relacionado às atividades desempenhadas pelo empregado.
Neste sentido, quando a empresa estabelece um contrato de metas com o empregado ela o está provocando a melhorar cada vez mais o seu desempenho e em contra partida a empresa fará uma compensação financeira pelo esforço em seu cumprimento.
Em meio a todas essas mudanças também cresceu o apetite de investidores por empresas que demonstram em seus balanços contábeis, ter uma boa administração financeira de seus recursos provando serem capazes de gerar valor, ou seja, lucro.
Segundo GITMAN, 1997, p. 223, “os gestores de carteiras de fundos de pensão e fundos mútuos estão comprando grandes quantidades de ações de empresa e pressionando-as a tomar medidas que beneficiem os acionistas”, neste sentido, a responsabilidade da empresa para a geração de valor torna-se cada vez mais importante na medida em que sua administração financeira a coloca em evidência.
Investidores querem investir em empresas sólidas e perenes e capazes de gerar riquezas, afinal o que mais importa para o investidor é o lucro obtido no final das operações.
Contudo é importante ressaltar que um administrador financeiro não trabalha sozinho, ele depende de uma série de outros profissionais que lhe dão suporte para a sua tomada de decisões. Por exemplo, analisar custos e benefícios de um determinado projeto é um dos aspectos mais importantes em finanças, mas para um administrador realizar bem essa tarefa ele precisará de informações precisas fornecidas pela área de Marketing, Engenharia, Contabilidade, Jurídico, bem como de outras áreas de suporte tais como: TI e RH.
Dependendo do tipo de produto ou serviço a ser lançado o administrador poderá conforme sua análise orçamentária decidir por aguarda o lançamento do novo produto ou serviço, propor alterações no projeto com o objetivo de diminuir custos inerentes aos processos de produção ou até mesmo decidir por engavetar o projeto e em casos mais radicais descartar de vez a ideia.
É importante salientar que a administração financeira está estreitamente ligada à Economia e a Contabilidade. A administração financeira pode ser vista como uma forma de economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitos econômicos.
“Economia: é a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor e como os distribuem entre os vários indivíduos”. (SAMUELSON, 1967)
Sendo assim considerando a importância da economia para a existência sólida de uma empresa e também considerando que cabe ao administrador financeiro desempenhar a função de manter em ordem os recursos financeiros da empresa, podemos concluir que conforme a administração
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