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Governança Corporativa Trabalho

Por:   •  22/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.226 Palavras (5 Páginas)  •  150 Visualizações

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1- Os objetivos iniciais do livre arbítrio e da remuneração via Stock Options:

Na década de 80 havia muita incerteza no mercado, diante de constantes mudanças no ambiente dos negócios e a impossibilidade de definição de contratos completos, eram necessárias respostas rápidas para identificar tais mudanças e tomar decisões ágeis neste novo cenário para o crescimento e continuidade das empresas.

Com este novo cenário foi dado aos gestores o direito de controle da empresa, com o chamado livre arbítrio para as tomadas de decisões da empresa em busca da maximização dos lucros.

Neste mesmo momento, houve um aumento na quantidade de empresas que adotou a remuneração dos gestores via Stock Option. Era uma forma de incentivá-los e convencê-los a maximizar a valorização do capital dos acionistas. Com essa nova forma de remuneração os objetivos dos gestores ficavam mais alinhados aos propósitos dos acionistas.

O que realmente acabou acontecendo:

Os gestores podiam tomar algumas decisões que acabavam por beneficia-los pensando a curto prazo, pois eles saiam ganhando com a máxima valorização do valor das ações em um curto espaço de tempo, podendo colocar em risco até mesmo a sobrevivência da empresa e sua perenidade. Em alguns casos os gestores chegavam a manipular dados e utilizar práticas nem sempre consideradas tão éticas.

Os objetivos e estratégias das empresas eram alterados, o novo cenário era imediatista e objetivava resultados em outro ritmo. As políticas de longo prazo e as estratégias de investimento passaram a ser de curto (ou curtíssimo) prazo, para poder trazer resultados rápidos e com retornos maiores.

Os impactos e consequência do livre arbítrio e da remuneração via Stock Options:

• Em muitos casos os gestores profissionais se beneficiavam com o poder de decisão da empresa, uma vez que eram os donos de muitas ações.

• Decisões passaram a ser tomadas visando o curto prazo, prejudicando a perspectiva a longo prazo, de sustentabilidade e perenidade da empresa.

• Visando aumentar os dividendos das ações, muitas tomadas de decisões e ações eram de alto risco, algumas visavam reengenharia e redução de custos, como o corte do quadro de funcionários, diminuição de alguns níveis hierárquicos, cortes em pesquisa e desenvolvimento. Tais ações aumentavam lucratividade a curto prazo, mas haviam outras vertentes que deveriam ser levadas em conta como, por exemplo, conhecimento do processo, confiabilidade e qualidade dos processos, que muitas vezes não eram levadas em consideração.

• Os gestores buscavam maximizar os lucros através de diminuições em investimentos, reduções de custos operacionais e busca por soluções rápidas, o que trazia resultados a curto prazo, porém essas ações não eram mudanças estruturais e perenes.

• Os gestores tinham um alto pacote salarial e ainda recebiam cada vez mais lucro sob a forma de dividendos com o valor das ações subindo cada vez mais em decorrência das ações de redução de custos de curto prazo implementadas, os acionistas também estavam contentes com os dividendos elevados e altos preços das ações e passaram a acompanhar menos a gestão da empresa, uma vez que aparentemente os gestores estavam conduzindo muito bem.

• Algumas empresas utilizavam parte dos lucros para recomprar suas próprias ações, fazendo com que o preço das ações se mantivesse alto, contribuindo de forma indireta para a redistribuição de mais lucros aos acionistas.

• Essas estratégias de distribuição de altos dividendos e de muita recompra de ações da própria empresa fizeram com que ficasse pouco lucro retido, menos investimentos, e a longo prazo comprometendo sua competitividade estratégica e ficando com uma tecnologia retrógrada, afetando até mesmo sua existência e continuidade.

2- A importância do renascer da GC:

A adoção de um sistema de governança corporativa é de grande importância nas empresas, além de garantir os interesses dos envolvidos, propõe melhores práticas, recupera e garante a confiabilidade da empresa além de criar valor.

As ações da GC contribuem para um crescimento sustentável para as empresas, com maior controle e monitoramento, traz maior transparência e credibilidade aos negócios, evitam problemas como abusos de poder, fraudes, desvios éticos de conduta dentre outros. Com uma boa governança corporativa as empresas passam a ser reconhecidas tanto pelos acionistas quanto pelos consumidores e aumenta a facilidade para captação de recursos e investimentos externos, dentre outras vantagens.

A GC contribui para uma maior qualidade na gestão e para a longevidade da empresa, evitando conflitos de interesse, trazendo melhores desempenhos operacionais, desenvolvimento econômico e sustentável. Por estes motivos, é tão importante ter um sistema de Governança Corporativa bem estruturado e de qualidade, com bons gestores e um conselho administrativo. Dessa forma, é possível evitar o fracasso empresarial, escândalos, abusos de poder, erros na gestão e fraudes.

Uma empresa que segue os princípios da Governança

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