INDUSTRIALIZAÇÃO ALEMÂ: O DESENVOLVIMENTO DE UMA POTÊNCIA.
Por: Rafael05041998 • 25/1/2019 • Trabalho acadêmico • 1.592 Palavras (7 Páginas) • 176 Visualizações
INDUSTRIALIZAÇÃO ALEMÂ: O DESENVOLVIMENTO DE UMA POTÊNCIA.
Eduarda Sabrina Nobre Pereira1
Breno do Carmo Cardoso José[1]
Wylliam Araújo Scherer1
Rafael Corrêa Rêgo1
Júnia Costa Nunes1
RESUMO: Com base em pesquisas bibliográficas a partir de literatura especializada, o objetivo do artigo é analisar os meios bem-sucedidos tomados pelo estado alemão durante o seu tardio processo de industrialização. A unificação dos estados alemães foi de grande importância para a industrialização tardia da Alemanha, passou a ter um mercado ainda maior e foram sancionadas medidas para inibir a importação, aumentando a produção interna e consequentemente a exportação. Destaque para o papel decisivo dos bancos e carteis em meio à instabilidade dos poderes políticos, econômicos e sociais. A Alemanha pode servir de espelho a muitos países que almejam um desenvolvimento superlativo. A utilização de bancos e cartéis consolidou de forma vislumbrante a economia.
Palavras-chave: Alemanha, Industrialização, bancos, cartéis.
1. INTRODUÇÃO
O processo de industrialização do estado alemão ocorreu de forma bastante peculiar, se comparado aos processos ocorridos em outros estados europeus. Pelo aspecto econômico, as mudanças industriais vieram de forma tardia, mas com avanços importantes no processo de desenvolvimento. O mesmo não pode ser dito pelo aspecto político, onde houve intervenção da elite conservadora, que culminou em um projeto fracassado. Essa dialética acompanhou a Alemanha durante todo o processo de unificação territorial e consolidação do Império.
Com base em pesquisas bibliográficas a partir de literatura especializada, o objetivo do artigo é analisar os meios bem-sucedidos tomados pelo estado alemão durante o seu tardio processo de industrialização, destacando o papel decisivo dos bancos e carteis em meio à instabilidade dos poderes políticos, econômicos e sociais. Dessa forma, para entender os rumos de todo o processo revolucionário, no território que viria a constituir a Alemanha, é fundamental analisar a questão alemã em seu contexto histórico.
2. INDUSTRIALIZAÇÃO ALEMÃ
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO
No século X, após a derrota de Napoleão Bonaparte foi juntado território Sacro Romano-Germânico, e denominado de Confederação Germânica, era composto por 39 estados. Tendo como estados mais importantes a Prússia e Áustria, que tinha opiniões contrárias a unificação. A Áustria por ter sua economia voltada para a agricultura, preservava o modelo do feudalismo.
A Prússia criou Zollverein (união aduaneira estabelecida em 1834 entre os Estados alemães), serviria para deixar livre a circulação das mercadorias entre os estados e acabava com as cobranças de impostos nas transações dos estados, com exceção do estrado austríaco, o que causou grande impacto na economia da Áustria.
Mas a unificação dos estados alemães só ocorreu realmente após algumas guerras, entre elas estão contra: a Dinamarca, permitindo a recuperação de alguns territórios de Schleswig e Holstein; conflito interno entre Áustria e Prússia com a vitória do estado prussiano; a guerra franco-prussiana, devido aos receios dos franceses pelo enorme crescimento da Prússia, após a França perder a guerra, teve que indenizar o estado alemão e entregar os territórios da Alsácia e Lorena.
A unificação dos estados alemães foi de grande importância para a industrialização tardia da Alemanha, devido exatamente a essas divergências, mas foi rápido o desenvolvimento, as vitorias nas guerras ajudaram a impulsionaram pelo aumento não só de território, mas também de recursos, matérias-primas, como a concentração de carvão e minério de ferro, encontrados nas terras francesas. Alemanha passou a ter um mercado ainda maior e foram sancionados medidas para inibir a importação, aumentando a produção interna e consequentemente a exportação, a Prússia por ser um estado altamente militar, levou o militarismo como controle para o avanço da economia.
2.2 O PAPEL DOS BANCOS NA INDUSTRIALIZAÇÃO ALEMÃ
Na Alemanha, os bancos eram atraídos pelo estado que direcionava os investimentos para empreendimentos arriscados e para certas linhas prioritárias de produção. Esses bancos passaram a ser considerados universais, pois realizavam uma fusão entre empréstimos de longo e curto prazo, assim ampliando a atuação bancária normal em outros países. Essa intervenção na estrutura organizacional da indústria estendeu-se para todos os níveis da linha de produção, criando uma relação igual entre bancos e indústrias.
Os bancos fundiram-se a alguns setores industriais, o que aumentou a sua concentração e poder político. A influência dos bancos na indústria passou a contagiar as instâncias de decisão da produção e da atividade das empresas. Assim os diretores dos bancos passaram a ocupar elevados postos nos conglomerados industriais e na administração pública, no qual formaram uma elite política do império voltada para o propósito de expansão do capital e dos bancos.
A lei monetária criou o marco baseado no ouro, eliminando as outras moedas. Assim em 1875 é criado o banco central nacional (Reichsbank) que absorve o banco da Prússia, e com a consolidação do sistema monetário, a Alemanha praticou uma política econômica autônoma, sem a estrita vinculação à ortodoxia do padrão ouro, voltada às prioridades nacionais e do capital financeiro.
2.3 OS CARTÉIS NO CAPITALISMO ALEMÃO
No final do século XIX a Alemanha obteve uma grande aceleração na industrialização e, consequentemente, uma ascensão na concentração de capital. Após a Grande Depressão capitalista, entre 1880 e 1896, as empresas e as indústrias passaram a concentrar capital e formar os grandes monopólios. Ou seja, com a concorrência entre as empresas, somente as mais fortes prevaleceram e incorporaram as pequenas empresas, formando, assim, as grandes indústrias.
Segundo NUNES (2015), a definição de cartel é:
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