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Implicaçoes da mais-valia relativa

Por:   •  26/10/2016  •  Ensaio  •  2.012 Palavras (9 Páginas)  •  420 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E EXATAS

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICA

Potencialização do trabalho e busca pelo excedente.

Matheus De Matos Borges

Teófilo Otoni

2016


UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E EXATAS

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Potencialização do trabalho e busca pelo excedente.

Matheus De Matos Borges

Trabalho apresentado ao curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, como forma de avaliação da disciplina de Tópicos Especiais em Economia Política I, ministrada pelo professor Márcio Lupatini, no primeiro semestre letivo do ano de 2016.

Teófilo Otoni

2016

Tema: Potencialização do trabalho e busca pelo excedente.

  1. A extração da mais-valia relativa e cooperação e manufatura

Segundo Marx toda parcela de trabalho não paga é caracterizada por mais-valia. Suponhamos uma jornada de trabalho de 12 horas dia, no qual o trabalhador leva apenas 6 horas para produzir a quantidade de X produtos para cobrir seu salário, as outras 6 horas são de mais trabalho, ou de trabalho não pago, pois o trabalhador ainda irá produzir durante mais 6 horas sem que haja aumento salarial. Estas 6 horas de trabalho excedente são absorvidas pelo capitalista.

O ponto de partida deste trabalho são as implicações para a redução do trabalho necessário, as formas pelo qual o capital se modifica, incorporando tecnologia para potencializar os meios de produção são caracterizadas por Marx como mais-valia relativa. Como afirma Marx:

Com a duração da jornada de trabalho dada o prolongamento do mais-trabalho tem de decorrer da redução do trabalho necessário e não do contrário, ou seja, a redução do trabalho necessário do prolongamento do mais-trabalho. (MARX. p. 431).

Conforme apontado por Marx, a diminuição do trabalho necessário torna-se impossível sem que haja um revolucionamento das condições técnicas e sociais do processo de trabalho, ou seja, um aumento das forças produtivas.

Segundo Marx, mais-valia relativa esta na relação direta da força de trabalho, quando há aumentos nas forças produtivas, a mais-valia relativa sobe e quando as forças produtivas declinam a mais-valia relativa cai.

Permanecendo inalterado o valor do dinheiro, uma jornada de trabalho social média de 12 horas produz sempre o mesmo produto-valor dos meios diários de subsistência e, por isso, o valor diário da força de trabalho de 5 xelins para 3, a mais-valia aumentará de 1 xelin para 3. Para reproduzir o valor da força de trabalho eram necessárias 10 horas de trabalho e agora bastam 6. (MARX. p. 435).

Partindo do apontamento acima podemos concluir que 4 horas foram anexadas ao trabalho excedente, sendo assim observamos que a tendência do capitalismo é potencializar as forças produtivas para baratear o preço das mercadorias e da mão de

obra. Marx afirma que para diminuir o valor da força de trabalho, as forças produtivas devem aumentar a fim de atingir ramos industriais no qual atinjam setores que os produtos ao se realizarem determinam o valor da força de trabalho.

A potencialização das forças produtivas no sistema capitalista tem como objetivo reduzir o tempo de trabalho necessário a fim de o capitalista apropriar-se do trabalho excedente. O ponto de partida do desenvolvimento do sistema capitalista esta ligado na pequena produção mercantil, os capitalistas a partir deste modo de produção ampliam a capacidade produtiva.

A partir da cooperação, simples vimos que as atividades com um maior número de trabalhadores constitui historicamente e conceitualmente o ponto de partida da produção capitalista. Como afirma Marx, que a mais-valia produzida pelo trabalhador na cooperação é a mesma fornecida pelo trabalhador individual.

A implicação da mais-valia no modelo de cooperação consiste na manifestação de trabalho média. A cooperação capitalista é uma forma de socializar as forças produtivas, com isso a cooperação simples desintegra a produção mercantil. Mesmo não se alterando o modo de trabalho, o trabalho coletivo efetua revoluções nas condições do processo de trabalho, a cooperação traz vantagens sobre a produção mercantil, pois proporciona economia de meios de produção, reduzindo as despesas. Marx ainda afirma que ao economizar os meios de produção, em geral, tem dois pontos de vista, um é que quanto mais barateia as mercadorias mais barateia a força de trabalho, e a outra é que modifica a proporção entre mais-valia e capital adiantado.

Outro ponto importante é salientarmos que, quando um trabalhador opera isolado, conta apenas com suas técnicas naturais, e na cooperação ocorre um trabalho social médio necessário. Com isso a produtividade tende a crescer, com a cooperação começa a surgir no capitalismo uma nova forma de força produtiva, o que seria uma potencialização das forças produtivas no qual os capitalistas usavam para seu enriquecimento.

Segundo Marx no período da cooperação simples, é considerado como um período de produção em maior escala, mas não caracteriza a alteração nos modos de produção quanto avanços.

A cooperação permanece a forma básica do modo de produção capitalista, embora sua figura simples mesma apareça como forma particular ao lado de suas formas mais desenvolvidas. (MARX. p. 451).

Como apontamos anteriormente, a busca pela extração da mais-valia sé dá pela potencialização das forças produtivas. A partir da cooperação simples a busca capitalista pela extração da mais-valia, então a cooperação simples dá lugar á manufatura, neste sistema a produção é dividida em etapas para os empregados.

Na cooperação simples não se modifica os modos de produção enquanto no período manufatureiro ocorre há alteração destes, pois a manufatura preconiza a concentração dos meios de produção pelo capitalista, para Marx na manufatura ocorre o aperfeiçoamento das forças produtivas, onde o capitalista atribui funções específicas aos trabalhadores criando assim condições para a existência da maquinaria. (MARX, 1968 p.392).

Conforme observado acima, podemos notar que a divisão do trabalho torna mais simples a produção, mas em consequência implica no tempo de produção, no qual forçava os operários a repetição. Conforme Marx esta repetição submetia a classe trabalhadora há novas condições de exploração perante o capitalista.

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