A Mais Valia X O Preço do Amanhã
Por: Elaine Coimbra • 28/3/2017 • Artigo • 938 Palavras (4 Páginas) • 1.119 Visualizações
Mais Valia X O Preço do Amanhã
Desde criança estamos sendo preparados, formado para o mercado de trabalho, pois a não ser que seja herdeiro de uma grande fortuna, a concepção de uma necessidade de estudarmos não porque é bom construir conhecimento, mas porque o estudo é fator primordial e diferenciador para a nossa sobrevivência. Para posteriormente Trabalharmos 8 horas por dia, recebemos nosso salário todo final de mês para a manutenção de nossas necessidades. Mas tempo é dinheiro, você ganha mas ao mesmo tempo perde, paradoxo infindável. Assim como no filme as pessoas começam a lutar por sua sobrevivência ante o tempo a partir dos 25 anos de idade nossa formação no Brasil contando com o uma pós graduação termina por volta dessa idade e então a corrida pela busca de um bom emprego começa neste ponto também pelo menos ao que se refere a sua área de formação e no filme para driblar essa programação que se inicia a contagem desse tempo se esvaindo determinante para a sua sobrevivência, para isso acontecer é preciso ganhar tempo – literalmente e a tarefa não é das mais fáceis, uma vez que a sociedade é bem dividida entre os pobres, que trabalham, e os ricos dominantes.
Aqui podemos fazer uma analise a partir de um grande filosofo sociólogo chamado Karl Marx (1818-1883). Marx acreditava que a razão era não só um instrumento de apreensão da realidade mas, também, de construção de uma sociedade mais just, capaz de possibilitar a realização de todo o potencial de perfectibilidade existente nos seres humanos. Então a partir de Marx começa a se falar em Ditadura do Proletariado, uma ideologia que pressupõe a tomada do poder pelos operários como o único modo de reverter a exploração capitalista. O desenvolvimento do capitalismo suscitou uma série de ideologias que visam romper com a suposta exploração do sistema, o qual é representado pelo filme. Desde a Revolução Industrial, a organização do trabalho se alterou. Os trabalhadores perderam o controle dos meios de produção e dos produtos finais, passaram unicamente a vender a força de trabalho para a burguesia. Desta forma se criou um novo modelo de trabalho baseado na burguesia e no proletariado.
Foi Karl Marx quem estabeleceu as bases de uma nova ideologia responsável por influenciar em grande escala as aspirações dos trabalhadores. O marxismo colocou em cheque a relação da burguesia com o proletariado e difundiu a ideia de que os operários eram os únicos capazes de, após a tomada do poder, reverter o quadro exploratório. O sistema capitalista para existir depende da luta de classes, burguesia e proletariado só existem em função um do outro. Entretanto, nesse sistema, a burguesia é a privilegiada por ter controle dos meios de produção e ter o benefício de explorar a força de trabalho, o que resulta em benefícios privados. Marx dizia então que a burguesia se apropriava injustamente da diferença e contribuía para aumentar a distância social e econômica entre operários e patrões.
O diretor Andrew Niccol nos apresenta um mundo não tão diferente do nosso. Num mundo dividido por territórios (marginalizado e urbanizados; pobres e elitistas) algumas pessoas compram,buscam e morrem dia após dia por mais tempo para viverem. Para olhos e ouvidos que observam a realidade fictícia criticamente pode-se abstrair daqui um pedaço, para não dizer a realidade inteira, do mundo que vivemos. Pessoas com mais tempo, no nosso mundo: dinheiro e poder, gozando de uma vida regada de prazeres e luxo, onde do outro lado do país, como um exemplo mais específico temos a cidade de Belágua no Maranhão onde pessoas morrem por falta de “tempo”a falta de alimentação, educação, infraestrutura, saúde, lazer e, porque não, vida. Sim, está é a realidade tratada no filme O Preço do Amanhã. Um homem que por desespero busca derrubar o sistema e o monopólio dos magnatas do “tempo”, do petróleo, latifúndio, etc., no nosso mundo, vira alvo não apenas daqueles que detém esse poder, mas daqueles que gozam como terceiros do mesmo poder.
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