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Informação e globalização na era do conhecimento

Por:   •  18/5/2015  •  Resenha  •  1.491 Palavras (6 Páginas)  •  1.034 Visualizações

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Informação e globalização na era do conhecimento

Helena M. M. Lastres e Sarita Albagli (organizadoras)
Rio de Janeiro. Editora Campus. 1999.
Resumo Capítulo 5 – Inovação na Era do Conhecimento

        A autora, Cristina Lemos, apresenta as principais características do cenário atual, denominada como a Economia Baseada no Conhecimento, revelando o comportamento da nossa sociedade e organizações, com relação ao desenvolvimento tecnológico através da capacidade de criar e absolver inovações. Relata que para acompanhar as rápidas mudanças em curso, torna-se de extrema relevância a aquisição de novas capacitações e conhecimentos, o que significa intensificação da capacidade de indivíduos, empresas, países e regiões de aprender e transformar esse aprendizado em fator de competitividade para os mesmos, pois somente os que detêm do conhecimento podem ser capazes de se adaptar às velozes mudanças que ocorre nos mercados e nas tecnologias e gerar inovações em produtos, processos e formas organizacionais. Deixa claro que no contexto atual de intensa competição, que o conhecimento é a base fundamental e o aprendizado interativo é a melhor forma para indivíduos, empresas, regiões e países estarem aptos a enfrentar as mudanças em curso, intensificarem a geração de inovações e se capacitarem para uma inserção mais positiva nesta fase.

Cita, de forma genérica, os dois tipos de inovações, a radical que pode ser entendida como o desenvolvimento e introdução de um novo produto, processo ou forma de organização da produção inteiramente nova e a incremental, que por sua vez refere-se a introdução de qualquer tipo de melhoria em um produto, processo ou organização da produção dentro de uma empresa, sem alteração na estrutura industrial. À medida que melhor se conhecem as especificidades da geração e difusão de inovação, mais se sabe sobre sua importância para que empresas e países reforcem sua competitividade na economia mundial, porém as demandas que vêm do mercado não devem ser tomadas como o único elemento determinante do processo de inovação. Os diferentes aspectos da inovação a tornam um processo complexo, interativo e não linear. Os conhecimentos adquiridos e a pesquisa científica, as necessidades do mercado levam a inovações em produtos, processos e na base tecnológica, além da mudança organizacional de uma empresa, setor ou país, que podem tanto se da forma radical como incremental.

A autora cita como definição de inovação tudo que visa a busca, descoberta, experimentação, desenvolvimento, imitação e adoção de novos produtos, processos e novas técnicas organizacionais (Dosi,1988).

Nas organizações as fontes de inovações baseadas na ciência, ou na experiencia cotidiana de produção, desing, gestão, comercialização e marketing dos produtos, podem ter maior relevância e impacto distinto para o processo, dependendo principalmente da estrutura e tipo da empresa, dos setores e países em questão. Dependendo também do tipo da inovação, seja a radical ou a incremental.

Uma empresa não inova sozinha, pois as fontes de informação, conhecimentos e inovação podem vir de dentro, como fora dela, tendo em vista que a solução da maioria dos problemas tecnológicos implica o uso de conhecimento de vários tipos. Percebe-se a crescente articulação dentro das empresas e entre estas e outras organizações, em especial as instituições de pesquisas.

Com relação ao conhecimento e no aprendizado foi descrito a importância de lidar eficazmente com a informação para transformá-la em conhecimento. Uma grande e crescente proporção da força de trabalho passou a estar envolvida na produção e distribuição de informações e conhecimentos e não mais na produção de bens materiais, gerando reflexos no crescimento relativo do setor de serviços, frente ao industrial. As tecnologias de informação e comunicação propiciam o desenvolvimento de novas formas de geração, tratamento e distribuição de informações. Através de ferramentas de base eletrônica que diminuíram enormemente o tempo necessário para comunicação, transformam-se as formas tradicionais de pesquisa, desenvolvimento, produção e consumo da economia, facilitando e intensificando a muito rápida ou instantânea comunicação, processamento, armazenamento e transmissão de informações em nível mundial a custos decrescentes. A convergência entre a microeletrônica e telecomunicações permitiu o acelerado desenvolvimento dos sistemas e redes de comunicação eletrônicos mundiais. Essas tecnologias alteraram radicalmente os padrões até então estabelecidos e vêm exercendo uma influência decisiva em inúmeros aspectos das esferas sócio-econômico-político-cultural. Na atual fase, na qual se destacam dois fenômenos inter-relacionados, o processo de aceleração das inovações e a globalização em curso, aparentemente a disponibilização de meios técnicos que possibilitam o acesso a informações torna o conhecimento transferível para todos. Com todos os recursos disponíveis atualmente e com a rapidez com que as mudanças vêm se dando, há uma exigência crescente de combinação de fontes, informação e conhecimento, facilitada por esses recursos. Isto levou a um crescimento substancial do grau de interação entre organizações. Neste meio existe dois tipos de informação, a codificada que pode ser facilmente transferida através do mundo, e o não codificado, que por sua vez permanece tácito, ou seja, só se transfere se houver interação social. Isso tudo gera, o que a autora cita como dinâmica do conhecimento. Esta dinâmica vem se intensificando  através do processo de codificação. Atualmente existem possibilidades concretas de acesso e transferência de informações/conhecimento codificado, propiciadas pelas novas tecnologias de informação e comunicação. Entretanto, essas possibilidades não são distribuídas equanimemente para todos, com informações acessíveis para qualquer empresa, setor, país ou região. Por outro lado, o acesso a informações/conhecimento codificado não é suficiente para que um indivíduo, empresa, país ou região se adapte às condições técnicas e de evolução do mercado. É crucial que esses agentes mantenham interação social com outros. As mudanças são muito rápidas e somente aqueles que estão envolvidos na criação do conhecimento dispõem de possibilidades reais de acesso aos seus resultados. O problema maior com relação a isto é, que poucas empresas ou países no mundo concentram as maiores taxas de investimento na geração de conhecimento, seja através de atividades de pesquisas, desenvolvimento, educação e treinamento e de inovações, enquanto os demais permanecem sem acesso a esse processo.

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