Internacionalização da Rede Bob's
Por: natcmll • 29/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.643 Palavras (7 Páginas) • 600 Visualizações
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
TEORIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS
GABRIEL SCALABRIN ANTUNES BORILE
GUILHERME SCHUTKOSKI TADIOTTO
NATALIA SPINDOLA CAMELLO
BRASIL FAST FOOD CORPORATION: INTERNACIONALIZAÇÃO DA REDE BOB’S
01) Desenhe uma linha do tempo indicando os principais acontecimentos da história da empresa. Indique com destaque os principais momentos do processo de internacionalização da Bob's.
1951: Antes mesmo do surgimento do Bob's, seu fundador, o americano Robert Falkenburg, campeão de tênis no torneio de Wimbledon, abrira a Falkenburg Sorvetes Ltda. Robert, ou Bob, abriu no bairro de Copacabana na cidade do Rio de Janeiro a primeira loja da marca. O Bob's trazia para o país o fast-food. A rede introduziu vários tipos de alimentos como o hambúrguer, o milk-shake e o sundae.
1974: Falkenburg retornou aos Estados Unidos, passando o controle acionário de seu negócio para a empresa americana Libby do Brasil, que, posteriormente, em 1978, seria comprada pela Nestlé.
1987: Muda o controle da empresa, sendo vendida para o grupo holandês Vendez.
1996: A rede Bob's foi novamente vendida, desta vez, para a holding Brazil Fast Food Corporation (BFFC).
2000: Sob o comando da holding BFFC, a rede Bob's chegou a ocupar a posição de segunda maior rede de fast food do país. Nesse mesmo ano, ocorreu o primeiro movimento de internacionalização: a empresa fechou um acordo com franqueadores para abrir uma estimativa de 30 lojas em Portugal.
2002: A marca Bob's comemora seu cinquentenário. Tal fato incentivou a implementação de mudanças no sexto logotipo da marca, que passou a ter mais cores, além de mudanças no layout e no mobiliário, que passaram a ser mais modernos, acompanhando as alterações do novo logo. A rede uniu-se à rede Forza de postos de combustível, passando a ter lojas nos postos que apresentassem localização atraente e bom movimento, tornando o negócio viável, aumentando seu faturamento e obtendo maior penetração no mercado. Além disso, fez parceria com a rede de supermercados Bompreço, com sede no nordeste. Outro exemplo de diversificação de tipos de pontos de venda foi a abertura de lojas nos templos da Igreja Universal do Reino de Deus, culto evangélico.
2003: Muda a presidência do Bob's, passando a ser dirigido por Ricardo Bomeny, com novas alterações na estratégia de negócios. O controlador da empresa passou a ser a rede fluminense Big Burger, da família Bomeny, que já era acionista da BFFC. Foi decidido vender a fábrica de hambúrguer, batata frita, sorvete e refresco. Os produtos passaram a ser adquiridos diretamente pelas lojas, que faziam os pedidos, conforme sua necessidade, a fornecedores credenciados pela marca. A ênfase de crescimento direcionou-se para a abertura de lojas franqueadas; e não mais de lojas próprias, dessa maneira, possibilitando crescimento mais acelerado.
2004: Tudo indicava que a empresa havia dado uma reviravolta em sua trajetória declinante, assumindo o terceiro lugar no ranking em termos de faturamento, logo após as redes McDonald's e Habib's. Conceitos de pontos de venda diversificados foram utilizados pela empresa para atingir novos locais e diminuir a ociosidade das lojas. Foram criados quiosques para instalação em corredores de shoppings com pouco espaço. Além disso, foram desenvolvidas minilojas em aço para serem instaladas em estacionamentos, praças e hipermercados. Outra alteração foi a oferta de produtos em outros horários, como café da manhã e de lanches mais leves com o propósito de evitar a ociosidade das lojas em horários de baixo movimento.
2005: A rede expandiu-se para a Angola, mais especificamente para a cidade de Luanda, capital do país, onde a empresa dispunha, em 2011, de três restaurantes franqueados. A rede Bob's buscou se estabelecer em Angola como restaurante de fast-food brasileiro de sucesso.
2008: Apesar da crise, a maior parte das empresas do setor de fast-food não sofreu muito por oferecer produtos de baixo custo, mas a rede Bob's foi a única que fechou o ano com crescimento de 15% no número de unidades.
2009: A América Latina também se tornou alvo do processo de internacionalização da rede Bob's. A BFFC realizou um acordo de cross-franchising com a Gastronomia y Negocios (G&N) , maior conglomerado chileno de fast-food.
2010: A empresa anunciou um plano de expansão que incluía a abertura de 135 lojas, sendo 40 delas nas regiões Norte e Nordeste, em que ainda tinha pouca presença. A Brazil Fast Food Corporation, holding da rede Bob's, obteve crescimento de quase 70% no lucro líquido e de 6,7% na receita líquida em relação a 2009.
2011: O faturamento do Bob's cresceu 20%, superando o da líder de mercado, McDonald's, cujo crescimento ficou em 13%.
02) Nos slides da aula, você viu alguns dos principais motivadores do processo de internacionalização de uma empresa, bem como as possíveis barreiras a serem enfrentadas. Das questões apresentadas, quais se manifestaram como motivações e quais foram as barreiras? Justifique, com trechos do texto que apresentem esta informação.
A internacionalização era percebida pela direção da empresa como forma de abrir novas alternativas ao desenvolvimento da marca, permitindo à mesma se estabelecer em novos mercados e contrabalançar as limitações de crescimento e o grande número de concorrentes que surgiram no mercado doméstico.
No fim do ano 2000 surgiu uma oportunidade de abertura de franquias no mercado de Portugal e, para os executivos do Bob’s, as semelhanças culturais e de idioma eram favoráveis a essa internacionalização. Porém, a empresa encontrou algumas dificuldades devido à lentidão dos órgãos públicos, havendo atrasos no andamento das exigências administrativas, mas também alguns problemas pareciam provir de diferenças culturais. Primeiro houve problemas para encontrar mão de obra local, chegando-se à conclusão de que os portugueses não apreciavam empregos em que fosse necessário servir outras pessoas. Essa dificuldade foi contornada utilizando mão de obra brasileira disponível em Portugal. As dificuldades se manifestaram também com relação aos parceiros escolhidos, inclusive com a Iberoburguer tendo pedido de falência. Tudo isso levou a que fosse desativada a operação em Portugal.
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