Introdução à matemática financeira
Pesquisas Acadêmicas: Introdução à matemática financeira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: wesleybsj • 17/6/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 2.305 Palavras (10 Páginas) • 385 Visualizações
INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA
Alzira Maria Liedtke
1. Origem da moeda
Quando o homem se fixou à terra, passou a permutar o excedente que produzia,
fazendo com que surgisse a primeira manifestação de comércio: o escambo,
consistindo na troca direta de mercadorias, sem equivalência de valor. Nessa troca,
algumas mercadorias passaram a ser mais procuradas que outras, assumindo a função
de moeda-mercadoria (sal, gado, pau-brasil, açúcar, cacau, tabaco e pano). O sal deu
origem à palavra salário, assim como a palavra gado, em latim pecus, ao termo pecúlio.
A permuta de algumas mercadorias nem sempre era vantajosa devido à
distância, ao estado perecível, às condições precárias das estradas, à ação de
salteadores, lembrando que naquela época a cobrança de pedágio já existia.
Com o descobrimento do metal, o homem passou a utilizá-lo na confecção de
utensílios, tornando seu uso vantajoso e eleito como o principal padrão de valor
monetário. As primeiras moedas apresentaram alguns formatos como chave e faca.
Posteriormente, passaram a ser cunhadas a martelo, em metais como ouro, prata e
cobre, ressaltando atributos de beleza e expressão cultural da época em que surgiram.
Pela necessidade de guardar as moedas com segurança, os negociantes, que já
possuíam cofres e guardas, aceitaram cuidar do dinheiro de seus clientes, fornecendo
recibos escritos pelas quantias guardadas. Esses recibos deram origem à moeda-papel,
e a guarda de valores fez surgirem as instituições bancárias. Os primeiros bancos
oficiais foram criados na Inglaterra, sendo a palavra "banco" originária da peça de
madeira que os comerciantes de valores italianos e londrinos usavam para operar seus
negócios no mercado público.
No Brasil, as primeiras cédulas surgiram em 1810 e com o tempo, o governo
passou a gerenciar a emissão dessas cédulas e também das moedas, para evitar
falsificações. Atualmente, em quase todos os países, essa atividade de gerenciamento
é realizada pelos bancos centrais.
As diferentes moedas surgiram da necessidade do homem em adequar o
instrumento monetário à realidade econômica. O uso de cheques, pelo qual se
determina o pagamento de certa quantia ao seu portador ou à pessoa nele citada, é
uma necessidade atual.
2. Mercado Financeiro Brasileiro
O mercado financeiro brasileiro é o local onde interagem vários agentes
financeiros: superavitários, deficitários e intermediários, sendo os agentes
superavitários os que possuem recursos excedentes; os agentes intermediários, os que
canalizam esses recursos para os agentes deficitários. Essa interação é realizada com
a regulação e fiscalização do governo através das políticas econômicas e também por
outros organismos. O mercado não possui um local físico, mas é representado por
transações que podem ocorrer via telefone, virtualmente, etc.
Com o desenvolvimento das tecnologias de informação, o sistema financeiro
internacional se transferiu para o ciberespaço, ambiente virtual originado a partir de
uma rede de computadores, através da comercialização dos derivativos – produtos
financeiros vendidos no mercado futuro – por bancos e corretoras, entre outros. Um dos
indícios que comprovam essa transferência, comentado por SANTOS é o
desinteresse pela produção material e desistência do investimento produtivo:
em cada 70 dólares que trocam de mãos nos mercados cambiais globais, só um
paga por um comércio de bens e serviços; muitas das maiores transações são
especulativas: é que os investidores tentam tirar vantagem de pequenas
diferenças nas taxas de câmbio ou de pequenos diferenciais nas taxas de juros,
medidos em frações de percentagem (2003, p. 115).
3. Inflação, Correção Monetária e Indexadores
Quando ocorrem aumentos persistentes e generalizados dos valores monetários
- preços de bens e serviços, salários, financiamentos, empréstimos, aplicações,
impostos, etc. - surge a inflação; o processo inverso é chamado deflação. Inflação
elevada é sinal de instabilidade na economia, efeito minimizado pela correção
monetária onde os valores podem ser reajustados com indexadores, levando-se em
conta a inflação medida no período anterior. Com a criação de vários indexadores
desde 1964, foram adotados planos econômicos como o cruzado, o verão e o atual
plano real.
Na divulgação dos índices que medem a inflação - Índice de Preços ao
Consumidor (IPC) - alguns veículos de comunicação explicam a metodologia utilizada
para o seu cálculo, bem como sua abrangência. Para a análise do custo de vida, o
índice
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