Investimentos diretos no tesouro

 Tema:

O Tesouro Direto, investimento de renda fixa, quando operado como renda variável, pode ter seu retorno aumentado. Esta é uma possibilidade para o investidor de perfil moderado que deseja se proteger em um momento de alta volatilidade.

 Problema:

De que forma o Tesouro Direto pode ser operado para que proporcione ao investidor, ao mesmo tempo, uma proteção em período de alta volatilidade e também uma aplicação com maiores retornos?

 Objetivo Geral:

Demonstrar se é possível alcançar maiores retornos com investimento em Tesouro Direto.

 Objetivos Específicos:

Verificar se, ao operar um título do Tesouro Direto como investimento de renda variável, é possível aumentar seu retorno.

 Justificativa:

Os títulos de Tesouro Direto são investimentos de Renda Fixa pré ou pós fixados e, portanto, possuem menor nivel de risco envolvido em sua operação. Consequentemente sua rentabilidade é usualmente inferior ao que é possível atingir com a renda variável, quando se assume risco superior.

No momento econômico atual, de incertezas e especulações, muitos investidores consideram o risco da renda variável muito superior ao que estariam dispostos a correr, fazendo-os migrar para a renda fixa.

O estudo em questão trata de um investimento de Renda Fixa sendo operado como um investimento de Renda Variável, para que de tal modo, seja proporcionado ao investidor que deseja alcançar rentabilidade superior a usualmente atingida com investimentos de menor risco, a possibilidade de potencializar seus ganhos no médio prazo.

 Revisão de literatura:

Os diversos tipos de investimentos que encontramos no mercado possuem sua classificação de risco, que pode variar de muito baixo a muito alto. É conhecido o fato de que quanto maior o risco de um investimento, maior sua possibilidade de ganho, assim como a possibilidade de perda. Esta é a relação entre risco e retorno de um investimento.

A relação entre risco e retorno de um investimento é abordado por diversos autores. Ross, Westerfield e Jaffe dizem que investidores só aplicarão em um título com risco se seu retorno esperado for suficientemente elevado para compensá-lo (ROSS, WESTERFIELD, JAFFE. Administração Financeira 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 189 p.). Esta relação pode ser calculada através do modelo de precificação de ativos.

Os investidores por sua vez, são classificados de acordo com seu perfil, que pode ser conservador, moderado ou arrojado. O conservador é muito avesso ao risco e busca investimentos cuja possibilidade de perda seja mínima, o que consequentemente leva a um retorno inferior. O arrojado busca um nível de retorno diferenciado, e para isto deve estar disposto a correr riscos elevados, através de aplicações em renda variável e operações estruturadas no mercado de capitais. O moderado encontra-se entre os dois extremos citados anteriormente.

Estudos mostram que o desempenho dos títulos do Tesouro Direto apresentam rentabilidade média real de aproximadamente 6% a.a., o que pode ser considerada uma perfomance fraca pelos investidores moderados e arrojados.