Mercado de trabalho na esfera financeira
Seminário: Mercado de trabalho na esfera financeira. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Tcorleal • 2/11/2014 • Seminário • 3.242 Palavras (13 Páginas) • 309 Visualizações
endências do mercado de trabalho na área financeira
Nos últimos anos, o mercado de trabalho na área financeira tem sofrido importantes alterações devido a fatores macroeconômicos, gerenciais e tecnológicos. Ao longo dos próximos anos, essa mudança deverá se manter e, em alguns casos, se acentuar.
Os fatores macroeconômicos nos anos recentes com atuação mais marcante sobre o mercado de trabalho na área financeira foram a queda da inflação depois do Plano Real e a abertura da economia brasileira.
Com a forte redução das taxas de inflação, a importância das aplicações financeiras - uma atividade típica de tesouraria - foi naturalmente reduzida. Quando tínhamos uma inflação alta, era muito importante dirigir os esforços para maximizar os ganhos ou minimizar as perdas com os recursos financeiros ociosos.
Ao mesmo tempo em que a inflação brasileira se reduziu drasticamente, alargou-se a abertura da nossa economia, obrigando as empresas a se tornarem mais competitivas, o que ressaltou a importância da atividade de controladoria.
Análise de custos, avaliação da rentabilidade das operações e estudo da economicidade de processos, entre outras, são atividades que passaram a ter uma importância crucial para as empresas, tornando a função de controladoria mais importante do que nunca.
Nas pequenas e médias empresas, a gestão da controladoria e da tesouraria tem ficado sob a responsabilidade de uma mesma pessoa. Nesse caso, a mudança antes mencionada, significou apenas uma alteração de ênfase no trabalho que o gerente já executava. Nessas empresas, a agregação das atividades de tesouraria e controladoria também se verifica junto aos profissionais de nível operacional.
Em grandes organizações ainda predomina a tradicional dualidade na gestão das áreas de controladoria e tesouraria. Ela também é observada junto aos profissionais que trabalham nessas áreas.
Entretanto, este quadro já começou a mudar nessas empresas, principalmente por causa de mudanças no processo gerencial. Já se nota o início da junção das funções de tesouraria e controladoria, como reflexo dos processos de downsizing. Naturalmente, a tendência se refletirá sobre os profissionais que trabalham nessas áreas.
Do ponto de vista organizacional, a simplificação da cadeia hierárquica, com a eliminação dos níveis gerenciais intermediários, tem afetado sensivelmente a área financeira.
Muitas empresas estão colocando as áreas financeira, administrativa e jurídica sob a responsabilidade de um mesmo gerente. A tendência tem sido designar o responsável pela área financeira como gestor das três áreas. Esta tendência afeta a exigência de qualificação para o gestor financeiro.
As mudanças tecnológicas têm afetado bastante o trabalho na área financeira. A informatização tem ceifado milhares de empregos na tesouraria das empresas, levando os profissionais dessa área a buscar novos nichos de trabalho.
Deve ser destacado que o fenômeno do enxugamento em áreas da tesouraria - principalmente contas a pagar e a receber - tende a pegar muitos profissionais desprevenidos. É que nessas áreas o trabalho é normalmente volumoso, o que costuma dar às pessoas que nela trabalham a crença de terem seus empregos garantidos.
A informatização afeta, além do trabalho operacional, também aquele mais especializado, como é o caso dos cálculos financeiros. Os sistemas centralizados executam os cálculos financeiros, fazendo com que o profissional se limite a acionar o teclado do seu terminal. Alguns deles comentam que o "sistema faz tudo" e, portanto, não precisam dominar esses cálculos. Esta costuma ser uma armadilha fatal.
Quanto aos segmentos de trabalho promissores para os profissionais da área financeira, a dinâmica de mudança rápida e contínua que se verifica no ambiente econômico brasileiro e internacional, torna difícil fazer prognósticos.
Entretanto, um princípio permanecerá válido em quaisquer circunstâncias: a todo tempo, as áreas promissoras serão aquelas em que o profissional tiver a oportunidade de usar seu conhecimento combinado com a criatividade individual. São áreas onde a informática e a reengenharia nunca conseguirão eliminar a necessidade de trabalho analítico e criativo.
Sem pretender esgotar a lista de áreas promissoras, poderíamos citar: engenharia financeira, análise e administração de investimentos, redução de custos, avaliação de desempenho econômico-financeiro, marketing financeiro e consultoria financeira.
Nos segmentos mencionados sempre haverá espaço para a inovação e utilização do potencial de criatividade, permitindo ao profissional de finanças a oportunidade de se destacar e passar ao largo da crise.
Também vale registrar algumas orientações de caráter geral para as pessoas que já trabalham ou buscam uma oportunidade ou a recolocação na área financeira.
Inicialmente é preciso destacar o conjunto obrigatório de conhecimentos exigidos de um profissional da área financeira, tanto na tesouraria como na controladoria.
Esta base mínima de conhecimentos deve incluir: economia brasileira e contas nacionais, produtos e serviços do mercado financeiro, matemática financeira, contabilidade gerencial, sistema tributário nacional, economia internacional, além do conhecimento geral do software Excel, com ênfase em suas funções financeiras e estatísticas e seus recursos de simulação. Também é fundamental o conhecimento total de uma língua estrangeira (falar fluentemente, ler e escrever). A segunda língua estrangeira começa a ser mais um requisito.
A figura do super especialista está em baixa. A preferência é por um profissional generalista, com uma ou duas áreas de concentração de interesse.
Outro aspecto importante a ser registrado é que um elevado percentual dos currículos recebidos pelas empresas continuam sendo mal elaborados. As falhas mais comuns são: estruturação inadequada, inclusão de detalhes irrelevantes na experiência profissional, informações conflitantes, cifras incoerentes de resultados alcançados e má apresentação gráfica.
Como o currículo é o cartão de visitas do candidato a emprego, se for mal elaborado, já deixa a pessoa em desvantagem na "largada" do processo de seleção.
Outro aspecto a merecer atenção é o treinamento. De modo geral, quando as pessoas estão empregadas,
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