Microeconomia: uma abordagem moderna
Por: mariak • 27/4/2015 • Resenha • 836 Palavras (4 Páginas) • 420 Visualizações
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE[pic 1]
Unidade Acadêmica de Serra Talhada – UAST
Curso de Ciências Econômicas
Disciplina: Setor Público
Discente:
SANDRA DE SOUZA NASCIMENTO
Fichamento: EXTERNALIDADES.
VARIAN, Hal R. Microeconomia: uma abordagem moderna. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Cap. 34, p.679 – 701.
O conceito de externalidade está relacionado a influencia de decisões de consumo ou de produção de outros em nosso bem estar. Isto ocorre de forma positiva ou negativa. A realização da copa no Brasil, por exemplo, pode ser considerada uma externalidade positiva por aumentar o consumo no país, ou negativa por incentivar os comerciantes locais a cobrarem um preço muito acima do normal por seus produtos ou serviços, sendo taxados por muitos de oportunistas. Se houvesse uma punição ou um mercado para externalidades, problemas como esse poderiam ser evitados. Assim, percebe-se a existência de fatores importantes que não são comercializados por falta de um mercado para os mesmos. Essa é a principal característica de externalidades.
A relação entre os agentes econômicos é definida pelo mercado. Eles precisam ter conhecimento apenas do preço de mercado e de suas próprias condições de consumo ou produção. Desta forma, os indivíduos agem de forma individual de acordo com suas possibilidades e interesses podendo obter a satisfação máxima por meio da negociação, chegando a alocações eficientes no sentido de Pareto. Porém, na existência de externalidades, o mercado não será eficiente para prover recursos eficientes no sentido de Pareto, pois o que será benéfico para um indivíduo não será necessariamente o melhor para outro. Um exemplo disso seria uma convivência entre um fumante e um não fumante. O primeiro deseja fumar, então quanto “mais fumaça” melhor pra ele, porém, para seu colega isso é ruim pois deseja ar puro. A solução para essa externalidade estaria na existência de um mercado ou de instituições que o imitem, como a intervenção do governo, onde a negociação ocorreria por meio de preço. Neste caso, a oferta pode igualar-se a demanda, ou seja, o fumante poderia remurar seu colega, o qual teria o objetivo de obter mais dinheiro, então ambos poderiam chegar ao nível de satisfação desejável sem prejudicar o outro havendo assim uma alocação eficiente no sentido de Pareto. Outra solução seria a determinação de propriedade. Neste caso, se a pessoa que prefere ar puro, tivesse propriedade sobre o mesmo, ela teria direito de consumi-lo ou negociá-lo. O mesmo ocorreria para o fumante tendo direito de fumar. Neste caso não haverá equilíbrio no sentido de Pareto, pois o que é bom para um, não é necessariamente melhor para o outro.
Na determinação de propriedade, se a mesma não for bem definida, pode ser um problema, pois se ao mesmo tempo o fumante achar que tem direito a fumar e o outro acreditar que tem direito ao ar puro, isso pode implicar em uma produção ineficiente de externalidades, pois ambos vão buscar melhorias modificando suas externalidades. Porém se os direitos de propriedades forem definidos corretamente, poderia haver uma negociação entre eles de modo a alocar eficientemente a externalidade.
Ao contrário do caso anterior, as preferências quase lineares tornam a quantidade de externalidades unitárias. Neste caso, a realocação das dotações não afeta a quantidade eficiente das externalidades, pois a demanda do bem que as causam, independe da distribuição de renda ou de propriedade gerando uma quantidade única de externalidade, o que gera uma alocação eficiente no sentido de Pareto. Esse caso é considerado por alguns teóricos como Teorema de Coase.
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