Notas Sobre Economia Sexual da Economia

Notas sobre a economia sexual da economia política

Parte I - o social e o psiquico

Quando entendemos o processo da economia sexual/psiquica vemos que seus desdobramentos afetam  de alguma forma  a estrutura social em seu desenvolvimento histórico e por outro lado a estrutura social afeta a economia sexual/psiquica. Podemos dizer que a dialética destes dois complexos – que se desdobra é claro em muitos outros campos, da ideologia, política, economia e seus complexos, não estamos fazendo uma simplificação – vai ter seu ubergreinfenden moment na estrutura social (sem cair em um determinismo, isso é dialética).

Isto joga luz em muitos dos processos de formação da sexualidade, a começar pelos padrões de reprodução humana/criação de filhos. A gestão da prole é extremamente importante na manutenção de uma espécie, no ser humano ela não é guiada pelo instinto biológico como nas outras espécies mas vai se transformando aos poucos da matéria biológica, dominada por relações instrinsecas à espécie, em matéria social, bem mais complexa e em constante desenvolvimento (seguido pelas necessidades que surgiram pelor processo social/acumulação por meio do trabalho). Nas sociedades a gestão da prole/reprodução da espécie/criação de filhos é um processo socialmente mediado que não se confunde com as relações propriamente biológicas – mas que continuam de certa forma dependente de várias de suas relações, assim como em outras relações sociais (alimentação, por exemplo) - desta forma a estrutura social e suas necessidades passam a afetar fortemente esta relação o que resulta num ser humano adulto socialmente determinado em vários sentidos. O que nos interessa aqui é o desenvolvimento histórico do impacto da estrutura social na psiquê humana, pois sua relação, antes biologicamente determinada, de gestão dos processos de dor e prazer processados por nosso cérebro agora tem um impacto social cada vez mais complexo, já que os padrões da economia sexual – extremamente relacionados à biologia do ser humano – são formatados especialmente na infância e, em um grau de amadurecimento final, na adolescência.

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