O Adam Smith
Por: Tobi Apena • 4/5/2019 • Bibliografia • 2.009 Palavras (9 Páginas) • 161 Visualizações
2. Biografia
Nascido em Kirkcaldy na Escócia, Adam Smith foi um autor, professor e economista muito importante. Era de uma família de classe alta e seus pais eram Adam Smith e Margareth Douglas Smith. Pouco se sabe sobre a infância de Smith, mas ele recebeu seus primeiros ensinamentos em sua cidade natal e não teve contato com o seu pai, pois este faleceu pouco tempo antes de seu nascimento.
Durante sua formação acadêmica, Adam Smith frequentou a Universidade de Glasgow, o qual foi admitido em 1737 e teve influência de seu professor Fracis Hutcheson, que foi um importante teórico protestante e filosofo irlandês. Em 1740, Smith deixa os estudos em Glasgow e passa a frequentar Billiol College, Oxford, onde havia aceitado uma bolsa de estudos. No entanto, Smith não recebe muita influência em Oxford, devido ao caráter religioso e não racional da universidade. Em 1746, Smith deixa a universidade inglesa e retorna ao seu país de origem.
Smith permaneceu alguns anos ministrando cursos em Edimburgo, como o curso de problemas econômicos. Em 1751 Smith assumiria a cadeira de Lógica da Universidade de Glasgow, no entanto, devido à problemas de saúde do professor de Filosofia Moral, foi oferecido à Smith a oportunidade de ocupar esse cargo. Adam Smith opta por lecionar Filosofia Moral que foi a cadeira ocupada por Hutcheson, seu professor na época de sua graduação. Adam Smith permanece nesse cargo até 1764, e nesse período cresce o seu interesse pela economia.
Smith passa a participar de debates e de grupos com intelectuais como David Hume, com o qual cria amizade.
No ano de 1759 seria publicada uma de suas obras de grande destaque, “Teoria dos Sentimentos Morais”, a qual o autor fala sobre juízos morais, comportamento do indivíduo e da existência de um “homem interior” dentro de cada indivíduo, que avalia positiva ou negativamente as ações do próprio ser humano e dos outros homens.
Após sua brilhante performance literária, em 1763, Townshend oferece a oportunidade para Smith ser tutor do Duque de Buccleugh, recebendo uma pensão maior que o valor recebido enquanto trabalhava na Universidade de Glasgow. Ao aceitar a proposta, Adam Smith deixa o seu posto na Universidade e viaja par França.
Durante a visita à cidade de Toulouse na França, Smith começa a elaborar o começo de sua grande obra “A Riqueza das Nações”. Durante sua passagem pela França, Smith conhece algumas cidades do sul. Durante sua passagem por Genebra, Smith conhece o filósofo iluminista Voltaire.
Devido à morte do irmão mais novo de Buccleugh, Smith viaja para Londres.
Após um período, Smith se opõe à ideia de Townshend sobre um acréscimo na tributação da compra de chá americano, o que o faz voltar para Kirkcaldy.
Por meio do economista francês François Quesnay, Smith tem contato com as teorias fisiocratas. Os conceitos dos autores fisiocratas e a influência do economista francês Turgot foram importantes para a criação de uma das obras mais famosas de Smith, “A Riqueza das Nações”, que seria publicada no dia 9 de março de 1776. Nesse livro, o autor mostra que seu objetivo não é defender interesses de qualquer classe, mas sim, promover a riqueza de toda a nação com suas teorias formuladas a partir de suas hipóteses. Essa riqueza consistia nos bens que todas as pessoas da sociedade consumiam. “A Riqueza das Nações” só ganhou reconhecimento alguns anos mais tarde. Em 1800 havia traduções em várias línguas, como: alemão e dinamarquês.
Em 1777, Smith é escolhido para assumir um cargo na administração aduaneira escocesa em Edimburgo. Antes de falecer em 17 de julho de 1790, Smith é eleito reitor da Universidade de Glasgow em 1787 e permanece no cargo por dois anos seguidos. Smith não presenciaria a enorme influência de suas obras e teorias.
3. Contexto histórico
Adam Smith viveu durante o século XVIII, o qual é considerado o “Século das Luzes”, Neste período houve um movimento intelectual denominado Iluminismo, no qual influenciou os pensadores econômicos, inclusive Smith. Além disso, houve a revolução industrial, que por meio de inovações tecnologias possibilitou a transformação da Inglaterra em uma potência. Neste mesmo período James Watt inventou a maquina a vapor e foi publicada a “Enciclopédia”, produzida por filósofos, economistas, professores, entre outros.
Os pensadores iluministas defendiam o uso da razão, o pensamento liberal e a defesa dos direitos naturais dos homens. Eles buscavam através da liberdade e da tolerância propor ideias diferentes das mercantilistas e absolutistas. Alguns dos principais pensadores do Iluminismo foram: Montesquieu (1632-1704), que defendia um governo com três poderes; Voltaire (1694-1778), o qual em uma de suas obras propõe a “monarquia esclarecida” e era contra servidão e tortura do Antigo Regime; Rousseau (1712-1778), que defendia em sua obra “O Contrato Social” (1762) um governo baseado na vontade geral; Quesnay (1694-1774), um pensador fisiocrata, o qual era contra a intervenção do Estado na economia; e Smith, que defendia sua teoria da “mão invisível” e o “laissez- faire” (deixar- fazer), ou seja, liberdade comercial. As ideologias apresentadas nesse período foram importantes para acontecimentos como a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa.
A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra devido à alguns fatores, entre eles a Revolução Gloriosa (1689) e os cercamentos. Após a Revolução Gloriosa, foi instaurado na Inglaterra um governo burguês, o qual buscava atender as necessidades dos comerciantes. Diferentemente de outros lugares da Europa, que ainda predominavam governos absolutistas. Além disso, o cercamento produziu uma enorme migração da população que viria a ser mão de obra nas fabricas. No entanto, devido às excessivas cargas horárias de trabalhos e as precárias condições de vida desses trabalhadores, nos séculos seguintes seriam vistos:
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