O Desemprego
Por: Diulia Martins • 2/6/2017 • Trabalho acadêmico • 2.770 Palavras (12 Páginas) • 384 Visualizações
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS[pic 1]
RECURSOS HUMANOS GRAU B
TRABALHO SOBRE O DESEMPREGO
DIULIA M.
São Leopoldo, 2017
O QUE É DESEMPREGO?
De uma forma geral desemprego é a ociosidade involuntária daqueles que estão dispostos a trabalhar e não encontram uma vaga no qual eles se encaixem, seja por falta de experiência, conhecimento ou por não haver vagas no mercado de trabalho. Um desempregado então seria uma pessoa que se encontra em idade de trabalhar, que anda atrás de emprego, porém sem sucesso.
Além disso, existem diferentes formas de desemprego:
- Desemprego Cíclico: que consiste na falta de emprego em momentos de crise econômica (recessão, que é o nosso caso atual). Tendem a melhorar com os sinais de crescimento na economia.
- Desemprego Sazonal (Estacional): surge na oscilação entre oferta e procura, exemplo a agricultura, no período do ano existem as colheitas, aumentam as vagas de emprego no setor, no restante do ano porém se diminui o número de colaboradores.
- Desemprego Friccional (de transição ou de mobilidade): Acontece quando o empregador e o empregado não chegam a um consenso em relação a condições de trabalho e remuneração, o empregado então opta por sair da empresa para procurar outro emprego.
- Desemprego Estrutural: considerado o mais grave, acontece quando existe um desajuste entre mão-de-obra e vagas disponíveis no mercado, os empregos disponíveis são inferiores a procura, essa situação exige intervenção do estado para que se venha a ter equilíbrio. Este acontece também devido ao avanço da tecnologia, é o caso das fábricas que trocam colaboradores por máquinas para otimizar tempo, padronizar produtos e lucrar mais.
Como podemos ver, atualmente enfrentamos o desemprego cíclico ou conjuntural, que acontece em épocas de crise econômica, os empresários contratam menos e até demitem, para se manterem no mercado, porque esperam vender menos.
É importante saber o motivo do desemprego em questão para que assim possamos ir em busca de uma intervenção da política, a fim de melhorar as condições de vida das pessoas.
No Brasil entretanto, o desemprego possui ainda um outro agravante, a migração de pessoas de uma região a outra em busca de emprego, normalmente saindo do Nordeste para região Sudeste e do interior para as Capitais. Sobrecarregando algumas regiões e mal distribuindo as vagas.
Segundo Amaury Gremaud, Marco Antonio Vasconcellos e Rudinei Júnior, no livro Economia Brasileira Contemporânea, uma política de fomento ao crescimento pode resolver o primeiro tipo Cíclico, a criação de organismos de difusão de informações sobre emprego, o segundo (estrutural), e estímulos a setores intensivos em mão-de-obra, como construção civil, o terceiro friccional.[pic 2]
INFORMAÇÕES ATUAIS SOBRE O DESEMPREGO NO BRASIL:
Segundo o IBGE 13,7 milhões de brasileiros estão desempregados, chagnado aos quase 15 milhões de pessoas, o desemprego está causando danos sociais ao país. A taxa de ocupação foi de 53,4% no trimestre encerrado em fevereiro, o que representa queda de 0,7 frente ao trimestre anterior. Já a comparação com o mesmo período de 2016, o nível de ocupação apresentou retração de 1,8 ponto percentual, sendo o menor índice desde 2012 no País.
O ano de 2016 terminou com o maior índice de desemprego em cinco anos. E economistas estimam que a recuperação só deve acontecer no fim do ano de 2017.
Muitas pessoas que tinham empregos com carteira assinada e acabaram desempregados por causa da crise exercem serviços informais, modalidade que tem forte crescimento em épocas de recessão, esses aparecem na lista de desemprego do IBGE, eles não estão desocupados, são trabalhadores subutilizados, que exercem atividades inferiores a 40 horas semanais e que estão disponíveis a trabalhar mais.
O número de trabalhadores por conta própria soma 22,5 milhões de pessoas. A categorias dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, atualmente soma 10,3 milhões de pessoas.
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Entre o terceiro e quarto trimestre de 2016, o mercado de trabalho contratou 427 mil pessoas, um acréscimo de 0,5% na população ocupada. Porém deve-se lembrar que no fim de ano há contratações temporárias e é importante ver quantos desses trabalhadores serão efetivados. Além do mais, o número de vagas criadas não foi suficiente para absorver toda a mão de obra que foi ao mercado procurar emprego.
Destaca-se outros reflexos da precarização no mercado mundial de trabalho, como aumento das chamadas formas vulneráveis de ocupação trabalhadores familiares não remunerados e trabalhadores por conta própria são exemplos desta situação. Esse tipo de trabalho, deve representar mais de 42% da ocupação total, ou 1.4 milhões por ano.
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Outra tendência é a desaceleração da redução da pobreza dos trabalhadores, países em desenvolvimento deverão registrar nos próximos dois anos, por exemplo, aumento de mais de 5 milhões do número de trabalhadores que ganham menos de US$3.1 (R$ 9,84) por dia.
Ganhos fracos de produtividade, avanço tímido do investimento e desaceleração do comércio global são fatores que ajudam a explicar a marcha lenta da economia global e os reflexos negativos no emprego.
A incerteza global com o desempenho da economia está aumentando o risco de agitação social e descontentamento em praticamente em todas as regiões do mundo. O chamado índice de agitação social busca ser um termômetro da “saúde social” dos países.
Calculado pelo OIT a partir de informações sobre protestos como manifestações de rua, bloqueios de vias, boicotes e rebeliões, pretende refletir a insatisfação da população com fatores como mercado de trabalho, condições de vida e processos democráticos.
No brasil, o índice avançou 5.5 pontos em 2016, enquanto o aumento global foi de 0.7 pontos. Como resultado da equação que soma insatisfação social e falta de trabalho, há um aumento na decisão das pessoas pela migração, aponta a OIT. O órgão cita estimativas que identificavam 232 milhões de migrantes internacionais no planeta em idade de trabalho.
Inflação: O que é: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o indicador usado para medir a variação do custo de vida de famílias com rendimento mensal entre 1 e 40 salários mínimos mensais.
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