O Futuro dos Bancos
Por: Ariel Marino • 24/6/2019 • Artigo • 531 Palavras (3 Páginas) • 196 Visualizações
O futuro dos bancos
Thiago Pinheiro fala sobre os desafios que as instituições financeiras enfrentam na era digital
Há muito tempo os bancos deixaram de ter como função principal armazenar dinheiro. Hoje buscamos uma série de serviços e produtos, como investimentos e empréstimos, por exemplo.
Na verdade, não precisamos nem ir ao banco. Com o tempo, o que é ofertado nas agências passou a ser oferecido no site e no internet banking. Tal evolução aumentou a concorrência, sendo mais fácil comparar preços. E a portabilidade também ajudou a acirrar a competição.
Nos dias de hoje, temos visto pelo mundo uma diminuição no uso do dinheiro de papel, o que significa ainda menos pessoas indo às agências. Na Caixa, você ainda tem as lotéricas absorvendo parte do serviço.
Resumindo: as agências estão mudando o seu foco na era digital. No Brasil, a mudança já está em andamento, mas os bancos nos EUA já se preparam para o próximo passo: a associação com as gigantes digitais. Ninguém sabe ainda ao certo se Amazon, Apple, Google e Facebook irão avançar no mercado financeiro, mas algumas delas iniciaram os movimentos.
A Amazon sabe o que você quer antes mesmo que você efetue a compra. A empresa já despacha produtos para centros próximos às casas de possíveis compradores, diminuindo o tempo de entrega. Ora, se a Amazon já sabe o seu histórico de compras e a Inteligência Artificial já antecipa as suas escolhas, por que ela não pode aconselhar financeiramente?
A empresa de Jeff Bezos já está em negociações com o banco JP Morgan Chase para uma parceria. Não será um novo banco, mas acredita-se em um produto para jovens sem contas ou cartões de créditos. Hoje, a Amazon já tem o Amazon Pay - usado por mais de 33 milhões de americanos - que permite carregar dinheiro e fazer compras em vários sites, não apenas na Amazon.
O Facebook encontra um caminho mais difícil. Inicialmente, eles tentaram trocar informações dos usuários com os bancos, mas sem sucesso. A reputação da empresa não é boa e talvez o setor financeiro americano não queira mais esse problema – a crise de 2008 não tem tanto tempo assim.
Se o Facebook e a Amazon estão de olho nos bancos, é de se esperar que a Apple e o Google também estejam – e Wall Street já teme por isso. O futuro dos investimentos deve ser dominado pela Inteligência Artificial. A Business Insider Intelligence estima que 10% dos ativos globais (US$8 trilhões) sejam controlados por robôs em 2020. Em 2016, eram apenas US$200 bilhões.
Há um longo caminho para toda essa mudança chegar ao Brasil, onde o mercado é mais fechado. De qualquer forma, uma diferença entre a Amazon e o Facebook está na reputação. Neste aspecto, a Caixa é forte e tem um bom diferencial.
Portanto, nesse mundo cada vez mais digital, é necessário manter-se sempre atualizado e com foco na inovação. Por mais que muitos adultos e idosos ainda acreditem no papel do banco como acreditavam no século XX, os jovens – quando não estão fora dos bancos tradicionais – buscam novas maneiras para se relacionar com as empresas. E se não for um banco normal, que seja uma nova ideia da Caixa.
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