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Ontexto Histórico da I e II Internacional dos Trabalhadores

Por:   •  21/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.312 Palavras (14 Páginas)  •  232 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

A COMUNA DE PARIS E O MOVIMENTO OPERÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

A importância da Comuna de Paris no movimento operário no século do capital . . . . . 5

CONTEXTO HISTÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Antecedentes da I e II Internacional dos Trabalhadores – Guerras e Revoluções . . . . . . 9

Contexto Histórico da I e II Internacional dos Trabalhadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

Influências do movimento do trabalho para a acumulação capitalista . . . . . . . . . . . . . . 11

CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

INTRODUÇÃO

Tal trabalho irá apresentar o nascimento e a importância da I e da II Internacional na organização do movimento operário para a classe trabalhadora. Será apresentado, como o crescimento da Primeira Internacional, também chamada de Associação Internacional dos Trabalhadores, levou a implementação da Comuna de Paris de 1871, e explicará o motivo da mesma ser tão importante quanto a Revolução Francesa no quesito ideológico.

A questão da importância da nova classe operária surgida na sobra da Revolução Industrial para a acumulação capitalista será também destacado, transformando a dinâmica e o significado do trabalho, em um momento de consolidação do capitalismo.

Por fim o mesmo tem como objetivo compreender e pontuar os principais fatos históricos da luta dos operários franceses no composto cenário do século XIX, esclarecendo a influência das Internacionais dos Trabalhadores, dando espaço para que as realizações da Comuna de Paris possam trazer desenvolvimento no movimento do trabalho no cenário europeu.

A COMUNA DE PARIS E O MOVIMENTO OPERÁRIO

A importância da Comuna de Paris no movimento operário no século do capital

A Comuna de Paris foi a primeira e única vez na história em que um regime socialista foi implementado, apesar de ter durado apenas 72 dias (18 de março a 28 de maio de 1871) foi o momento em que o povo pode finalmente ser governado por ele mesmo, e por isso é uma das revoluções mais relevantes. Sendo considerada a primeira república proletária da história teve forte influência marxista, inclusive pelo Manifesto do Partido Comunista de 1848, e o próprio Karl Marx.

Como cita Lissagaray no prefácio à segunda edição do livro a História da Comuna de 1871, “desconhecer ou odiar a classe que tudo produz é a característica atual de uma burguesia outrora grande, hoje enlouquecida com as revoluções que vêm de baixo” (LISSAGARAY, 1901: 10). Tal afirmação explica como e por que a Comuna de Paris foi tão importante para o movimento operário. Primeiro por que foi uma revolução que veio por parte do proletariado, da luta dos trabalhadores na tentativa de salvar Paris, e a França como um todo, da desgraça de um Quarto Império. Em segundo podemos também perceber que, é entendendo a dinâmica da luta de classes, dos trabalhadores, e não da burguesia, que se pode então entender realmente a alma do capitalismo, da produção pela exploração para geração da mais valia e não pela cooperação. E é a partir dai que é observado também como o capital não é constante, ou mais do que isso, natural.

Mais do que compreender o funcionamento do capital, a Comuna deu ao povo o controle do Estado e então a decisão do que fazer com o mesmo. Os comunardos, puderam então seguir o que Marx havia inscrito no final do Manifesto do Partido Comunista de 1848: “proletários de todos os países, uni-vos”, (MARX, 1847: 47), e os mesmos se uniram, trazendo pela primeira vez na história diferentes nacionalidades unidas por uma mesma causa, fazendo com que os estrangeiros fossem admitidos, já que foi considerado que: “a bandeira da Comuna é a mesma bandeira que a República Universal; considerando que toda cidade tem direito de dar o título de cidadão aos estrangeiros a que servem (...)”, (WILLARD, 2002: 19). E não foi apenas esse avanço ocorrido dentro da Comuna, foi dado também o direito a emancipação feminina, já que um elemento vital dessa democracia eram as mulheres, algo, por exemplo, que não é vigente em muitos países, já que as mulheres ainda recebem um salário menor do que o dos homens, inclusive no Brasil.

E foi exatamente por isso que a Comuna de Paris assustou os chamados “monarquistas”, os mesmos eram organizados e apesar de divergências de pensamentos entre os comunardos – alguns seguiam um viés marxista onde acreditavam ser necessária a ação organizada por um partido político e alguns, um viés anarquista que defendia a destruição do estado por uma ação individual, autônoma e diária – os mesmos tinham um único ideal em comum, que era a destruição do estado e das classes, a luta do trabalhador para finalmente atingir um estado real igualitário e a não exploração do homem pelo homem. Vale ressaltar que a mesma divergência ocorreu sobre a I Internacional entre

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