Opiniões acerca do Documentário, “A História das Coisas”.
Por: Ana Erica • 4/12/2018 • Trabalho acadêmico • 789 Palavras (4 Páginas) • 241 Visualizações
Nome: Ana Erica Ponte Brito – Matrícula: 417396 – Turma: 01
Professor: Júlio Ramon Teles da Ponte – Disciplina: Ciências Sociais
Exercício: Opiniões acerca do Documentário, “A História das Coisas”.
“A História das Coisas” retrata o sistema produtivo em seus mais variados aspectos, demonstrando como ele funciona não só na dimensão da produção, mas também na esfera social. O documentário relata todas as etapas dessa produtividade sob perspectivas distintas dentro do sistema.
Com enfoque na economia de materiais, ou seja, onde tudo é produzido e o destino final, ela afirma que o sistema em questão é falho, desde a extração dos recursos naturais até o seu descarte, pois o planeta o qual vivemos não pode suprir infinitamente todos os anseios e desejos da sociedade consumista. A primeira etapa parte do pressuposto da exploração máxima dos recursos ainda disponíveis, que por sua vez afeta vários agentes, dentre eles os principais, a natureza que é manipulada indiscriminadamente e as pessoas que foram retiradas forçosamente de seus territórios para o então uso e exploração efetiva dos recursos.
Outro fator existente é a transfiguração de matéria prima para produto, ao saírem da natureza eles são encaminhados aos meios de produção, onde serão transformados em bens de consumo, nessa etapa do sistema ocorre a geração de produtos contaminados com inúmeros ativos tóxicos, ou seja para se obter certas garantias de que esses produtos realmente cumprem o que dizem, é necessário a utilização de químicos tóxicos, pode-se mencionar, por exemplo, na produção de travesseiros é usado substâncias químicas para assegurar sua resistência ao fogo, o que traz benefícios e malefícios, se por um lado garante a suficiência de seu uso, por outro, promove incomensuráveis danos a saúde humana.
Ao analisar o sistema da produção industrial, é possível reconhecer que não apenas o consumidor é afetado, como também quem produz, diariamente milhões de empregados estão em contato constante com substâncias que desservem a sua saúde, pessoas em situação de vulnerabilidade social que não possuem alternativas de sobrevivência, são compelidas a se submeterem a essas condições de trabalho.
Em consequência disso nota-se que, os custos dessa produção não são apenas monetários, mas possui profundas correlações com aquilo que não pode ser expresso em valor real, mas sim humanitário, ou seja, a saúde das pessoas que são degradadas dia após dia, a contaminação do ar puro trazendo doenças, o trabalho infantil, as mulheres que tem a sua gestação e consequentemente a sua amamentação agravadas, entre inúmeros outras razões.
Outra preocupação constante que é estritamente associado ao sistema de produção industrial, e que impulsiona o funcionamento desse mecanismo, é o consumismo, após a 2° Guerra Mundial estudou-se maneiras sobre como se poderia impulsionar a economia, nisso o consumo tornou-se precípuo, ele foi implantado na sociedade de tal maneira que o valor das pessoas é medido nas quantidade que elas consomem, o consumismo exacerbado foi injetado como um modo de vida a ser seguido, e aqueles que não seguem essa ordem são considerados “excluídos” por não estarem dentro do padrão imposto. Na medida do crescimento e da necessidade de comprar e vender, originaram-se outras ferramentas que ajudaram a por essa máquina para funcionar a todo vapor, como por exemplo, a obsolescência programada, que foi criada com o intuito de fabricar um produto de tal forma que ele se torne absoleto em pouco tempo de uso, o produto é adquirido para logo em seguido ser descartado e novamente ser comprado, esse ciclo vicioso é o que move a maquina de produção. Outra ferramenta utilizada é a obsolescência perceptiva, nela os produtos perdem seu valor mesmo que ainda exerçam sua função, a partir do lançamento de novos produtos os anteriores passam a ser ultrapassados, dessa forma o consumidor sente a necessidade de adquirir o produto em lançamento e se desfazer do antigo.
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