Plano de Metas para o Brasil de 2026
Por: larifreitas • 28/6/2016 • Trabalho acadêmico • 1.528 Palavras (7 Páginas) • 777 Visualizações
Plano de Metas para o Brasil de 2026
O atual cenário econômico do Brasil causa bastante preocupação a toda população que depende do trabalho para garantir seu sustento. Essa situação de crise econômica é resultado de diversos problemas, como a falta de investimento em infraestrutura, trazendo a perca de competitividade no ambiente interno e externo; a falta de planejamento estratégico de longo prazo, fazendo o governo criar medidas emergenciais que são prejudiciais economicamente; a falta de credibilidade agravada por escândalos acumulados (como a Petrobras que era a maior investidora do país) e a impunidade, traz um adiamento de investimento por empresários de diversos setores da economia e empreendedores aguardam menos incerteza para iniciar seus projetos.
Para comprovar esse temeroso estado da economia temos o PIB, a principal medida de valor dos bens e serviços que o país produz. De acordo com o FMI, está previsto uma queda de 3,8% do PIB brasileiro, sendo assim o segundo pior desempenho do mundo. A partir disso, essa recessão afeta diretamente o desemprego, a renda (reajuste de 11,6% levou o salário mínimo a 880 reais) e os demais indicadores econômicos.
Segundo o IBGE, existem cerca de 10,4 milhões (10,9%) de pessoas desempregadas. Afetados pela crise, o consumo de bens e serviços tende a diminuir; empresas demitem funcionários como forma de reduzir os gastos; o custo elevado (impostos e outros encargos) para carteira assinada dificulta o acesso a esse meio e deixa mais subempregados (trabalha menos e sem carteira assinada).
O desenvolvimento pleno do capital humano depende de amplo acesso à educação e à informação. A baixa qualificação da mão de obra, diretamente correlacionada com a baixa qualidade da educação, se destaca atualmente como um relevante impasse na competitividade e no desenvolvimento econômico do país. Isso se afirma pelo Brasil apresentar 8,3% de analfabetos (13,2 milhões de pessoas).
De acordo com essas dificuldades educacionais, encontramos uma população de jovens desesperada para o mercado de trabalho; Os alunos saem do Ensino Médio sem ter contato com experiências que poderiam colaborar com a decisão sobre sua carreira como, por exemplo, palestras de profissionais de diversas áreas que poderiam apresentar-lhes novas profissões, ou atividades voltadas à orientação vocacional, sem isso, acabam se matriculando em cursos técnicos ou de graduação os quais nem mesmo conhecem, escolhem através do que “ouvem falar”. Na intenção de preparar esses jovens e conscientizá-los sobre a importância da preparação para o trabalho, foi criada a lei 10.097/2000, chamada Lei da Aprendizagem, que determina que todas as empresas de médio e grande porte contratem um número X de aprendizes equivalente a 5% até 15% do quadro total de funcionários. Porém o desemprego afeta cerca de 4 milhões de jovens . Por priorizar experiência profissional e objetividade, muitas empresas optam por idosos mantendo-os ativo, mesmo aposentados. Segundo IBGE, dos 15 milhões de idosos no Brasil, 4,5 estão no mercado de trabalho.
Para pesquisadores o comércio internacional deve ser um dos principais fatores de ajuda à recuperação da economia, com ajuda do câmbio e investimentos. A expectativa é que nossas exportações somem mais de 187 bilhões de dólares e na importação uma previsão estimada em cerca de 158 bilhões de dólares, assim esperamos um superávit na balança comercial brasileira. Apesar do resultado esperado ser positivo, não há o que comemorar; a real situação é que apesar do aumento da quantidade das exportações brasileiras, o preço das commodities tem sofrido com uma drástica queda em suas cotações e, sabemos que os produtos básicos (commodities) representam cerca de 46% da pauta das exportações brasileiras. Deste modo, a expectativa é que as importações se mantenham num nível menor que em anos anteriores. Posto isso, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio caiu de R$ 4,00 para R$ 3,70 e a previsão dos economistas para o dólar recuou de R$ 4,10 para R$ 3,90.
A posição da dívida externa bruta estimada para abril de 2016 totalizou US$337,8 bilhões, diminuição de US$400 milhões em relação ao montante estimado para março de 2016. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$274,8 bilhões, aumento de US$263 milhões, enquanto o endividamento de curto prazo somou US$63 bilhões, redução de US$662 milhões no mesmo período. Dentre os determinantes da variação da dívida externa de curto prazo, destacam-se as amortizações de empréstimos pelos setores financeiros e não financeiro US$428 milhões e US$308 milhões, respectivamente. Mesmo sendo menor do que esperado, a dívida ainda é muito elevada para as atuais condições nacional. Em correlação a isso, temos a taxa Selic (taxa de juros) em 14,25% ao ano, essa taxa representa o principal instrumento do Banco Central para conter as pressões inflacionárias; com taxas altas o consumo e o crédito tendem a reduzir, o que pode contribuir para o controle dos preços. Através disso, para 2016 a expectativa do mercado para o IPCA (inflação oficial do país) caiu de 7,14% para 7,08%; apesar da queda, ainda permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante de seu objetivo central.
As despesas governamentais são significativas para a atual situação econômica. Além da despesa pública (consome 40% do PIB) gastos em educação, saúde, previdência etc, há outro lado da moeda que pouco sabemos e que muito nos custam: a regalia de parlamentares. Além de um significativo salário, deputados, senadores, presidente contam com diversos auxílios que juntos representam uma quantia estrondosa. Salário de R$ 33.763, auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça para morar, verba de R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários, de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato, entre outras despesas. Dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo, ressarcimento de gastos com médicos. Esses são os principais benefícios de um deputado federal brasileiro, que somam R$ 168,6 mil por mês. Juntos, os 513 custam, em média, R$ 86 milhões ao contribuinte todo mês ou R$ 1 bilhão por ano.
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