Princípio do princípio dos bens de capital
Resenha: Princípio do princípio dos bens de capital. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: janderson99 • 19/11/2014 • Resenha • 1.937 Palavras (8 Páginas) • 297 Visualizações
O Capital Asset Princig Model (CAPM) oferece conceitos válidos e aceitos na definição do
risco dos ativos. Esta metodologia de cálculo é medida pela relação entre a covariância dos
retornos de mercado e da companhia e a variância dos retornos da empresa. Por se tratar de
uma metodologia aplicada em mercados estáveis, as conclusões favoráveis ao CAPM
precisam, no entanto, ser reavaliadas em mercados emergentes, como o mercado brasileiro.
São discutidos os principais indicadores financeiros do mercado brasileiro e justificada, por
meio de fundamentos estatísticos, a inconsistência dos resultados. No estudo, mostrou-se a
necessidade de se apurar o custo de oportunidade dos investidores brasileiros utilizando-se do
benchmark de uma economia mais estável. O objetivo deste trabalho é sugerir um modelo
utilizando padrões de benchmark, sendo descritos os diversos ajustes necessários ao cálculo
do custo de oportunidade dos acionistas das companhias brasileiras. De forma original, o
modelo sugerido do custo de capital incorpora, além do risco-país, a volatilidade do mercado
acionário brasileiro, demonstrando, portanto a compatibilidade no desenvolvimento de uma
metodologia de cálculo do custo do capital no Brasil.
Palavras-chave: modelo CAPM, custo de oportunidade do capital, investidores.
1- Introdução
O custo total de capital de uma empresa representa as expectativas mínimas de
remuneração das diversas fontes de financiamento (próprias e de terceiros) lastreando suas
operações. É um conceito essencial para toda decisão financeira, e pode ser entendido como o
retorno médio exigido para toda a empresa. O custo de capital para uma empresa pode ser
usado como uma medida de avaliação da atratividade econômica de um investimento, de
referência para a análise de desempenho e viabilidade operacional, e de definição de uma
estrutura ótima de capital.
O princípio financeiro fundamental de toda empresa é oferecer um retorno de seus
investimentos que cubra, pelo menos, a expectativa mínima de ganho de seus proprietários de
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capital. Sendo assim, teoricamente, toda decisão de investimento que promove um retorno
maior que seu custo de capital cria valor (riqueza) aos seus proprietários.
O custo de capital é estabelecido pelas condições com que a empresa obtém seus
recursos financeiros no mercado de capitais, sendo geralmente determinado por uma média
dos custos de oportunidade do capital próprio (acionistas) e capital de terceiros (credores),
ponderados pelas respectivas proporções utilizadas de capital, e líquidos do imposto de renda.
É conhecido na literatura financeira como weighted average cost of capital (WACC), ou custo
médio ponderado de capital. Formulando, tem-se: WACC = (Ke x WPL) + (Ki x WP), em
que: Ke representa o custo de oportunidade do capital próprio; WPL a proporção do capital
próprio [PL/P+PL]; o Ki representa o custo do capital de terceiros; o WP a proporção do
capital (oneroso) de terceiros [P/P+PL]; e o P, PL: respectivamente, passivo oneroso e
patrimônio líquido (fundos próprios).
Os custos das várias fontes de capital componentes do WACC podem ser entendidos
como explícitos e implícitos. Um custo explícito de capital de terceiros é apurado de fontes de
financiamento disponíveis à empresa e mensurado pela taxa de desconto igualando, em
determinado momento, o valor presente dos desembolsos de caixa (pagamentos de encargos e
principal) ao valor presente das entradas de caixa. Estes deverão ocorrer em conseqüência da
aceitação de determinada proposta de investimento. Em outras palavras, representa a taxa de
retorno determinada dos fluxos de caixa de uma operação de financiamento.
Os custos implícitos podem ser entendidos como custos de oportunidade, e
representam usos alternativos dos fundos. Um custo de oportunidade é uma medida de grande
relevância para a tomada de decisões financeiras, levando em consideração o retorno de
outras oportunidades para o uso dos fundos em avaliação.
Em termos econômicos, o custo de capital da empresa é um custo de oportunidade, e
representa a taxa de retorno da melhor proposta de investimento disponível de forma
alternativa à proposta em consideração, de risco similar. Para o acionista, esse conceito
iguala-se ao retorno da melhor oportunidade de investimento que fora abandonada quando da
decisão de investir na empresa. É o princípio da substituição, indicando que nenhum
investidor tomaria a decisão de aplicar em determinado ativo se identificasse outro mais
atraente (substituto). É importante ressaltar que a empresa não estabelece seu próprio custo de
capital. Com maior rigor, a empresa avalia os fundamentos do mercado e o risco da decisão
financeira para formar seu custo de capital. Pratt (1998, p. 4) coloca que o custo de capital
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