Princípios Básicos da Engenharia Econômica
Seminário: Princípios Básicos da Engenharia Econômica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aureamc • 22/5/2013 • Seminário • 5.498 Palavras (22 Páginas) • 510 Visualizações
Princípios Básicos da Engenharia Econômica
A Engenharia Econômica pode ser definida como um conjunto de técnicas que permitem a comparação, de forma cientifica, entre os resultados de tomadas e decisão referentes a alternativas diferentes. Nesta comparação, as diferenças que marcam as alternativas devem ser expressas tanto quanto possível em termos quantitativos.
A alternativa mais econômica deve ser sempre escolhida após a verificação de todas as variáveis que influem no sistema foram estudadas. As alternativas, normalmente, são denominadas alternativas de investimentos, pois exigem sempre a inversão do capital.
O numero e as características dessas alternativas podem variar, ou seja, para cada tipo de decisão.
– O Papel da análise na Engenharia Econômica:
Um estudo de engenharia econômica envolve:
• um problema a resolver ou uma função a executar (por exemplo, transportar material);
• diversas soluções possíveis (por exemplo, transporte manual, em carrinhos, em empilhadeiras, ou mediante rolos ou correias transportadoras),
• avaliação de cada alternativa, determinação das vantagens e desvantagens (por exemplo, custo, eficiência, volume transportado, etc.);
• comparação e escolha da melhor alternativa;
O primeiro aspecto é bastante evidente e dispensa maiores comentários. Mesmo assim, a definição do problema é fase importante do estudo, da qual depende tudo o que se segue.
Já o segundo ponto merece maior atenção. É também evidente que só existe decisão quando existem alternativas de ação. Além disso, quanto maior o número de alternativas consideradas, tanto melhor tende a ser a decisão. Não basta, entretanto, relacionar linhas de ação; é necessário que sejam tecnicamente viáveis, isto é, que possam solucionar efetivamente o problema. Nesta fase o conhecimento técnico desempenha papel importante e é por isso que geralmente cabe a engenheiros desenvolver estudos desta natureza.
Outro ponto onde a formação técnica pode ser imprescindível é na avaliação das alternativas. É preciso que as vantagens e desvantagens sejam identificadas e quantificadas. Observe-se que só interessam as diferenças entre as alternativas; é evidente que qualquer fator constante, que ocorre independente da alternativa escolhida, pode ser eliminado do estudo. É igualmente evidente que só interessa considerar vantagens e desvantagens futuras: o que ocorreu no passado não pode ser modificado pela decisão sendo, portanto, irrelevante. Além disso, não basta assinalar e descrever diferenças futuras; é necessário expressar vantagens e desvantagens em termos de dinheiro.
Finalmente, torna-se necessário estabelecer métodos de comparação e critérios de decisão que permitam representar cada alternativa por um número e que indiquem a solução mais econômica. Do outro ponto de vista empresarial, interessam soluções em longo prazo e a decisão será pela alternativa de menor custo ou de maior lucro, conforme for o caso.
Pode-se, definir Engenharia Econômica como os métodos e técnicas de decisão empregada na escolha entre alternativas de investimento tecnicamente viáveis, nas quais as diferenças futuras foram expressas em termos de dinheiro.
– Princípios básicos da Engenharia Econômica:
Os fundamentos da engenharia econômica são um conjunto de princípios ou conceitos que formam uma base sólida para o desenvolvimento, estudo e aplicação da disciplina. As decisões são entre alternativas; é desejável que as alternativas sejam definidas claramente e que os méritos de todas as alternativas apropriadas sejam avaliados.
A necessidade de considerar as consequências.
As decisões devem ser baseadas nas consequências esperadas das várias alternativas. Todas essas consequências ocorrerão no futuro.
• A questão crítica das consequências para quem.
Antes de estabelecer procedimentos para formulação de projetos e avaliação de projetos, é essencial decidir qual o ponto de vista a ser adotado.
• Comensurabilidade.
Ao comparar alternativas, é desejável fazer as consequências comensuráveis entre si, tanto quanto seja praticável. Isto é, as consequências de um investimento devem ser expressas em números e as mesmas unidades devem aplicar-se a todos os números. Em decisões econômicas, as unidades monetárias são as únicas que satisfazem as especificações dadas acima.
• Irrelevância de aspectos comuns a todas as alternativas.
Só as diferenças entre alternativas são relevantes na sua comparação.
• Separação das decisões.
Na medida do possível, decisões separáveis devem ser feitas separadamente.
• Necessidade de critérios de decisão.
É desejável ter um critério para a tomada de decisões, ou, possivelmente, vário critérios.
• Escolha do critério principal.
O critério principal a ser aplicado numa escolha entre investimentos propostos alternativos em bens corpóreos deve ser selecionado com o objetivo de fazer o melhor uso de recursos limitados.
• Critérios secundários aplicados às consequências expressas em termos monetários.
Até mesmo as estimativas mais cuidadosas das consequências monetárias da escolha de alternativas diferentes podem revelar-se incorretas. É muitas vezes útil, a uma decisão, fazer uso de critérios secundários que refletem, de alguma forma, a falta de certeza associada a todas as estimativas do futuro.
• Dados irredutíveis do problema do investimento.
As decisões entre alternativas de investimento devem dar peso a quaisquer diferenças esperadas nas consequências que não tenham sido reduzidas a termos monetários, assim como nas consequências que tenham sido expressas em termos monetários.
• A necessidade de um ponto de vista sistêmico.
Muitas vezes, há efeitos secundários que tendem a ser menosprezados
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