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Processo de industrialização do capitalismo originario ao atrasado

Por:   •  19/3/2019  •  Resenha  •  662 Palavras (3 Páginas)  •  196 Visualizações

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Gênese do capitalismo: as mediações históricas

Não se pode criar teorias ou fixar leis gerais referente a gênese do capitalismo, já que existem alterações de acordos com as circunstâncias históricas. Por esta razão, não podemos afirmar que Marx tenha produzido nem a história do capitalismo inglês, nem a teoria da gênese do capitalismo, mas que apenas fixou os momentos lógicos comuns à formação de qualquer capitalismo numa análise saturada por circunstâncias históricas específicas. Deixando evidente que para enfrentar a questão da gênese do capitalismo em diferentes povos é preciso a elaboração do que seriam essas circunstancias históricas. Impondo a formulação de certos padrões teóricos, construídos pela fixação de mediações históricas, ou seja, uma abordagem que se afasta tanto dos modelos como de uma teoria geral sobre a gênese do capitalismo.

Com base nos estudos de Lenin sobre a Rússia vemos o cenário que levou a fixação da primeira mediação histórica necessária à análise da gênese de qualquer capitalismo nacional, ou seja, a abordagem deve sempre levar em conta qual a estrutura econômica, qual o regime de produção que tinha antes do capitalismo em cada país. Esse método mostra a superação dos erros dos populistas, os quais afirmam que o ponto de partida da teoria do desenvolvimento é a sociedade tradicional, onde não poderia explicar muito sobre o movimento concreto da realidade estudada, já que os impulsos capitalistas produzem diferentes dinâmicas sociais, que dependem do regime de produção que atuam. Essa mediação histórica permite que a abordagem da gênese do capitalismo supere a postura historicista, para a qual cada país analisado conformaria um caso específico. Onde por meio da análise dessa mediação histórica são fixadas tendências gerais do processo de constituição do capitalismo. Na sua abordagem Lenin deixa de lado outros determinantes históricos do capitalismo russo e vai progressivamente complementando suas análises sobre a natureza do capitalismo russo a partir do desenrolar do processo de lutas de classes e dos debates políticos.

O processo de industrialização capitalista já avançando progressivamente na Rússia, e a exacerbação do processo de luta de classes fez com que surgisse polemicas nas correntes marxista do país e um novo debate sobre a natureza da revolução foi criado onde os mencheviques viam de uma maneira e os bolcheviques de outra.  Para os mencheviques o proletariado deveria aceitar a natural liderança da burguesia, já para os bolcheviques mesmo a revolução possuindo caráter burguês, era necessário e possível a liderança do proletariado nesses processos revolucionários. Lenin distingue duas épocas históricas do capitalismo, em sua obra iam sendo identificadas mediações históricas que propiciavam a progressiva aproximação da realidade russa. Onde em suas conclusões consegue mostrar que o país não era somente capitalista como também que a revolução era burguesa, não implicando em dizer que por razão dessas conclusões a história russa devesse repetir a mesma história europeia. Lenin concluiu que a diferença específica da revolução burguesa na Rússia seria a possibilidade da liderança operária. Como Marx ja havia fixado as etapas do capitalismo, Lenin apenas volta-se para a tradição marxista e periodiza a evolução do capitalismo. A evolução russa era determinada tanto pela estrutura social do seu passado quanto pela etapa vivida pelo capitalismo mundial, onde Lenin reafirma sua convicção que a única força social capaz de realizar as históricas da burguesia, de atender às aspirações de paz e terra do povo russo seria o proletariado.

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