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Resenha “O Processo de Industrialização: do capitalismo originário ao atrasado”

Por:   •  26/5/2017  •  Resenha  •  552 Palavras (3 Páginas)  •  928 Visualizações

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Universidade Federal de Uberlândia

Relações econômicas internacionais

Aluna: Mariana Barbosa Silva

Resenha “O Processo de Industrialização: do capitalismo originário ao atrasado”, Capítulo 4.

O autor inicia o capítulo intitulando que a Inglaterra foi a originária do capitalismo. Primeiramente ele desenvolve a transição feudo-capitalista, iniciando pela formação dos Estados Nacionais. No começo de tal transição era possível perceber que a crescente presença da burguesia, expansão das rotas comerciais e o processo de acumulação de capitais, todavia, essa não estava contente com o seu limitado poder, já que o rei ainda controlava o político e militar a seu favor e tinha a nobreza o apoiando.

A abertura da alfândega possibilitava comércio mundial, satisfazendo burguesia com novas rotas e produtos e ao rei com uma nova forma de cobrar tributação. Entretanto a concorrência entre as nações também ascendia. Havia procura por novos territórios, as colônias eram obrigadas a consumir os produtos das metrópoles, produzir em larga e escala e vender para a mesma a preços baixos e era implementado a escravidão como forma de trabalho, assim favorecendo muito as colônias financeiramente.

Logo em seguida, o autor mostra a situação de algumas nações nesse período. Itália e Alemanha não conseguiram acompanhar o fluxo de capitais e a acumulação das grandes potencias, entrando em decadência. No leste europeu, as burguesias travarão lutas com os camponeses em que foi possível implementar uma “segunda servidão”, produzir produtos primários em escala para exportação e a partir dele, ter lucros discrepantes a ponto de se inserir e se manter no mercado global, mesmo sem realizar os interesses burgueses. Em seguida, foi comentado o declínio de Portugal e Espanha, que mesmo com o desenvolvimento do capital global sendo presente nas nações, a fraca posição burguesa e as debilidades nas bases produtivas limitavam o crescimento das nações até que chegaram da estagnação para declínio. Por fim a Holanda, que pode ser resumida por essa fala do autor “Portanto, a raiz da relativa debilidade da Holanda no século XVIII pode ser encontrada na assimetria do seu até então florescente dominante comércio, em contraposição ao limitado desenvolvimento de sua produção, vale dizer, num capital comercial que tendia a tornar seu processo de valorização independente da produção nacional”.

Ademais, a crise do feudalismo, sendo a principal causa o enfraquecimento da nobreza devido às guerras e do clero, além da crescente posição da burguesia apoiada pelos camponeses. A transformação do modo de organização produtivo do campo para propriedade privada e seguida pelos cercamentos, foi fundamental para a ascensão do capitalismo, criou-se massa de trabalhadores desesperados por empregos. Ocorreu também a concessão de monopólio na esfera comercial e produtiva, putting-out, a qual impulsionou o desenvolvimento da produção mercantil, na qual a monarquia recorria de forma abusiva com as dificuldades financeiras.

A revolução foi possível então, a monarquia reconhecia a importância da monarquia e passou a apoiá-la, foram feitas políticas comerciais para impulsionar o capitalismo. Criação do Parlamento, criação de bancos, os quais favoreciam o investimento burguês e comércio exterior. É possível perceber a supremacia da Inglaterra, pois ela possuía todas essas características citadas, com a maioria das características da transição feudo-capitalista que contribuíram para o sistema econômico e a Revolução Industrial, a qual foi possível devido ao crescente desenvolvimento da indústria têxtil.

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