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Relatório do filme: O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA

Por:   •  13/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  602 Palavras (3 Páginas)  •  1.067 Visualizações

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COORDENAÇÃO DE DIREITO

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO     TURMA: 2017.2    TURNO: NOITE

COMP. CURRICULAR: TEORIA GERAL DO ESTADO

PROFESSOR: RAMON OLÍMPIO DE OLIVEIRA

Relatório do filme: O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA

                Ao assistir o filme “O último Rei da Escócia”, de Kevin Macdonald, deparei-me com um produto da sétima arte que retrata acontecimentos verídicos da história de um país africano, mais especificamente a Uganda. Ambientado na década de 1970, em meio uma conturbada situação política, onde a figura do ditador Idi Amin é revestida de um ditatorialismo cruel se confronta com a ideologia de um jovem médico escocês, o doutor Nicholas Garrigan. O longa metragem, desde o início, deixa claro sua relação com o contexto político em que se passa a história. A chegada de Garrigan à Uganda em 1971 é também a chegada de um novo presidente. O golpe de Idi Amin contra o líder Milton Obote é, no filme, aparentemente, algo a se celebrar. Assim também o é a vinda de Nicholas ao país. Porém, ambos os eventos acompanham suas reviravoltas durante o desenrolar da película. Amin mostrou-se um dos piores líderes africanos, com um regime baseado na violação dos direitos humanos, perseguição à oposição, repressão política, má gestão econômica e um total de 300 mil assassinatos durante seu governo. Nicholas Garrigan é um jovem recém-formado em medicina. Procurando diversão, ele decide ir para Uganda, onde também pode ajudar com suas habilidades médicas. Ao ajudar o ditador após um acidente, Nicholas acaba conquistando a simpatia, que, aos poucos, torna-se um dos mais severos ditadores da África. Apesar da imagem do ditador dura e ruim, ele pode ser considerado uma figura que destila carisma, firmeza e confiança no progresso de Uganda, porém nos bastidores e no íntimo é uma homem brutal, capaz de rompantes de violência e de perpretar genocídios para sustentar um poder sem oposição. O resultado de "O Último Rei da Escócia" ficou um pouco aquém da expectativa, contudo a obra surpreende ao

mostrar um jovem se envolvendo, graças a admiração e pela afinidade de ideias com um líder astuto e promissor, e ao retratar a decepção de um jovem em meio a atrocidades e mentiras. Entretanto, as relações políticas de Amin com o Ocidente não são aprofundadas na película. Mesmo que o cinema seja um ponto de vista sobre um assunto, uma abordagem mais enfática no que concerne aos segredos dos regimes políticos tirânicos e seus acordos escusos faz falta para compreender como foi engendrada a promoção de Amin ao poder. O filme de MacDonald, lançado em2006, localiza-se entre os bons registros da mente e das ações de um líder, fortalecendo-se na magistral entrega de Whitaker à personagem e na ligação de encantamento e medo de um jovem pela personalidade complexa de um ''facínora simpático".
Apesar do tema sério e pesado que o filme trata,  a visão humana que foi proposta para o drama foi certamente um ponto forte. Esquecemos o tão comum maniqueísmo, e passamos a conhecer os lados opostos dos protagonistas e antagonistas. Acompanhamos as inúmeras falhas do médico escocês, que com seu estilo também inconsequente acaba trazendo infortúnio para muitas pessoas próximas a ele. E vemos também o melhor lado do General, sua admiração pela cultura escocesa, seu lado bem humorado e amigo, sua honra e dedicação. Trata-se de um excelente e honesto filme sobre seres humanos e sobre o estudo da disciplina Teoria Geral do Estado.

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