Resenha - Falacia economicista
Por: Carolina Mourão • 24/8/2017 • Resenha • 745 Palavras (3 Páginas) • 1.131 Visualizações
Resenha – Polanyi
A Economia no século XIX criou sociedades industrializadas, dificultando a chegada de uma visão mais realista do problema geral da subsistência do homem, pois há um pensamento enraizado sobre as condições de vida e a economia no mercado. Existe um impacto do pensamento economicista na natureza das instituições econômicas, principalmente em suas políticas, e princípios, e sua organização em meios de subsistência do passado.
O conceito de economia surge com a Fisiocracia, junto a instituição do mercado, que era entendido com o mecanismo de oferta-procura-preço, e com o tempo resultou na expansão do comercio. O preço existia, mas não como um sistema próprio. Com o tempo, passa a existir mercados com preços flutuantes para fatores de produção, trabalho e terra.
As principais descobertas dessa época foram, a independência de diferentes tipos de preços , quando eram formados em mercados competitivos, independência do mercado, e a economia como uma esfera da existência social, transcendendo o mercado.
A partir da Revolução Industrial, o mecanismo de oferta-procura-preço, se tornou uma das forças mais poderosas, assim o mercado passa a ser o formador de preço, se tornando uma força dominante descrita como “Economia do Mercado”, gerando um fenômeno onde uma sociedade inteira está inserida no mecanismo de sua própria economia, chamada “Sociedade de Mercado”.
A economia passa a consistir em mercados, e o mercado envolve a sociedade, assim, o que antes era apenas uma ligeira expansão de mercados isolados, se transformou em sistema autorregulado de mercado.
A transformação do trabalho e da terra em mercadoria, foi a principal causa para as mudanças. Passou a existir procura oferta de trabalho e de terra surgindo então o salário (preço para o trabalho).
O solipsismo econômico foi uma característica da mentalidade do mercado, assim a ação econômica foi tido como natural. As permutas eram feitas , e com isso os mercados surgiram, o comercio começa a fluir, acelerando o escambo , e surgindo o dinheiro.
A partir disso, predomina-se então a mentalidade de mercado de modo que a absorção econômica foi tão completa, que as disciplinas sociais não puderam escapar dos seus efeitos, sendo transformadas em redutos de modos de pensamento economicistas.
Existem dois significados de econômico, que não tem nada em comum, o FORMAL, que provem de escassez, ou seja, economizar ou conseguir baixa no preço; E o SUBSTANTIVO, que aponta que os seres humanos não podem existir sem um meio físico que os sustente. O conceito atual de econômico é uma composição dos dois significados, ora parece com conotação de escassez, ora com conotação substantiva, oscilando entre dois polos de significação não relacionados entre si.
A partir da distinção entre a definição de escassez e a substantiva do termo, é formado a teoria economia neo-classica, estabelecendo a premissa de alocação de meios insuficientes para promover o sustento do homem. Mais tarde, a partir da teoria dos preços, o novo significado economizador ou formal econômico, se tornou o sentido, enquanto o significado mais tradicional acabou sendo esquecido.
A economia cabe como parte vital de todo a comunidade humana, a partir do entendimento como um processo instituído de interações. Então, sem a Economia nesse sentido, nenhuma sociedade poderia existir e perdurar.
A interação seria o resultado material em termos de sobrevivência, a partir de localização e de apropriação, que podem, ou não, caminhar juntos, e completam o processo econômico.
A base de um conceito de economia humana, é estabelecido como um processo de institucionalizado de interação que o objetivo é suprir a sociedade de recurso materiais.
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