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Resenha Innes What is Money?

Por:   •  24/11/2019  •  Resenha  •  659 Palavras (3 Páginas)  •  485 Visualizações

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                  RESENHA                  

Antonio Moraes

Texto: INNES, Alfred M. (1913). “What Is Money?”, The Banking Law Journal, vol. 30 (May), pp. 377-409.

Alfred Mitchell-Innes(1864-1950) foi um diplomata, economista e escritor britânico, célebre, sobretudo, por dois artigos. O primeiro foi “What Is Money?” (em tradução livre “O que é dinheiro?”), publicado em 1913 no The Banking Law Journal. Em razão da repercussão (que alcançou até mesmo a atenção de J. M. Keynes), e para responder às críticas e esclarecer melhor algumas idéias, Innes redigiu o segundo, “The Credit Theory of Money” (em tradução livre “A teoria creditícia da moeda”). Esta resenha discorre sobre o primeiro artigo.

Innes inicia expondo teorias sobre o dinheiro e as moedas tão amplamente aceitas que se tornaram virtualmente axiomas: a predominância do escambo sob condições primitivas; insuficiência do escambo (como sistema de trocas) diante o desenvolvimento para quadros mais complexos; surgimento de mercadorias que se tornaram meios de troca (intermediários e que se tornaram dinheiro) e medida de valor ; reconhecimento de diferentes mercadorias nessa função intermediária, e que gradualmente os metais, especialmente ouro e prata, tornaram-se preferíveis em razão de suas qualidades intrínsecas; conhecidas qualidades e massas desses metais nas moedas tornaram-se um padrão de valor e foram asseguradas pelos governos por meio da cunhagem e leis severas; governantes tentavam se prejudicar diminuindo a proporção de metais na composição das moedas e, portanto, depreciando seu valor, o que levava ao aumento de preços; para se economizar metais e evitar o transtorno do transporte criou-se o “crédito”.

Para Innes, estas teorias estão fundadas em escassas evidências históricas e em enganos de Adam Smith. Sem ter havido maior crítica, perpetuaram-se. O primeiro contra-argumento refere-se a utilização de mercadorias como meio de troca; não faria sentido alguém pagar em bacalhau, por exemplo, e a outra parte receber também em bacalhau. Havia (e há) por meio das trocas, na verdade, um sistema de crédito e débito. Mais interessante então é compreender como se dá o funcionamento desse sistema. Isto é central no artigo de Innes, pois para ele dinheiro é nada,  senão crédito .

Em relação ao uso de mercadorias para pagamento de impostos e dívidas, justifica que era apenas um recurso para o devedor na ausência de meios mais usuais e que as mercadorias deveriam ser tomadas a preço de mercado, sendo a prática muito mais frequente em locais distantes e de difícil comunicação. Explica que o padrão metálico de valor, isto é, o valor da moeda baseado na sua massa (peso) e qualidade metálica, jamais existiu. A valor da moeda é, desde sempre, sobretudo simbólico. Tanto que a cunha do emissor, que sempre esteve presente, era mais importante do que a composição e a massa da moeda.  Portanto, diferentemente do que se divulgou amplamente, a força da moeda residia na força do crédito do emissor e não no seu valor intrínseco. Para tais explicações lança mão de diversos exemplos nos mais variados contextos, com destaque para a França, pois lá, e sobre lá, se tem o fenômeno monetário bastante evidente e mais estudos históricos mais sólidos.

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