Resenha O enigma de Kaspar Hauser

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CIÊNCIAS ECONÔMICAS

RESENHA DO FILME

O ENIGMA DE KASPAR HAUSER

LI MANSHAN

CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
2016

LI MANSHAN

RESENHA DO FILME

O ENIGMA DE KASPAR HAUSER

Trabalho avaliativo solicitado pela professora Semirames Khattar Mendes, referente à matéria Teoria Sociológica I do 1º período de Ciência Econômicas.

CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
2016

O Enigma de Kaspar Hauser é um filme dirigido pelo Alemão Werner Herzog em 1974. O filme é baseado na vida de Kaspar Houser, um cidadão alemão do século XIX que viveu e cresceu grande parte de sua vida enclausurado em uma caverna sem contato com a sociedade. No outono de 1828, Kaspar fora abandonado na praça Unschlittplatz em Nuremberg, na Alemanha. Portando um livro de orações, uma carta endereçada ao capitão da cidade, explicando a sua história, e alguns objetos que o caracterizou da nobreza. Contudo, o jovem não possuía habilidade de fala ou escrita e nem andar ereto. Ele é encontrado pelos representantes do estado, aos poucos é ensinado a andar e a conhecer algumas palavras que ainda não reconhece o significado, e tem muita dificuldade em adaptar-se com os costumes da sociedade.

A dificuldade de humanização de Kaspar gera muitas situações propícias à identificação de fatos sociais. Ao ser retirado do cativeiro, Kaspar Hauser é como um bebê recém-nascido, não conhece a fala e nem consegue andar, não sabia nada sobre as regras e ordem da sociedade. As instituições sociais, estado, família, religião, entre outras, ditando normas e falando como Kaspar deve se comportar, que tipos de alimentos deve comer, que roupas deve vestir, como andar, escrever e como falar com as pessoas, etc. Todos esses fatores são, de certa forma, fatos coercitivos, difundidos na sociedade e exterior ao indivíduo. Essas coisas que temos como natural numa sociedade civilizada são impostadas pela educação ou com a vivência social. Elas existem não depende de vontades ou escolhas pessoais e se encontra generalizada por toda sociedade.

Mas para Kaspar nada faz sentido, sempre vai ter algo vazio na sua socialização, alguns aspectos ele não entende ou não aceite. Ele começa a questionar sobre os valores morais, éticos e religiosos dessa sociedade, como o embate com o professor de lógica e com os clérigos, ele não aceitou a imposição da religião e não acreditar em nenhum ser superior.

Para a sociedade, a existência do Kaspar apenas como um objeto para desenvolver pesquisa científica e quando não precisa dele, chegando a ser colocado num circo de aberrações. Kaspar sofreu pela sanção espontânea pois ele é um indivíduo totalmente diferente da estrutura social. Seu comportamento contrário fere os princípios e valores da sociedade. Mesmo após sua morte, as pessoas estão procurando evidências de deformidade de seu corpo através de dissecção, para provar o pensamento civilizado é saudável.

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