Resenha Ranbaxy
Por: flavio241 • 17/9/2015 • Relatório de pesquisa • 625 Palavras (3 Páginas) • 589 Visualizações
A Ranbaxy é uma empresa farmacêutica indiana que iniciou suas atividades em 1962 e tornara-se uma das dez maiores empresas farmacêuticas na Índia em virtude do seu excelente desempenho nas exportações e nas áreas de pesquisa e desenvolvimento farmacêutico. A Ranbaxy tinha uma nova missão que era tornasse uma empresa farmacêutica internacional voltada para pesquisa.
A Índia era o décimo segundo mercado farmacêutico do mundo, embora a população indiana tivesse ultrapassado os 16% na participação mundial, a representatividade indiana no mercado farmacêutico era pouco superior a 1%. Menos de 5% da população indiana tinha plano de saúde e os remédios à base de ervas competiam com os produtos farmacêuticos, em virtude da baixa renda per capita indiana.
Os preços dos produtos farmacêuticos na Índia estavam entre os mais barato do mundo e um dos responsáveis por manter os preços destes produtos significantemente baixos era DPCO – Drug Price Control Order. O DPCO influenciava as empresas indianas a trabalhar com a engenharia reversa de drogas importadas, ao invés de desenvolver novos produtos impactando nos baixos níveis de gastos com P&D. E mais, este mecanismo favorecia as empresas de pequeno porte em detrimento as empresas de grande porte, onde estas eram obrigadas a obter autorizações para aumentar a sua capacidade de produção e a vender a preços controlados, uma parte de seus princípios ativos para as empresas de pequeno porte.
As exportações da Índia estavam isentas de controle de preços e de concessões fiscais para aqueles que lucravam em moeda estrangeira. Em 1995 as exportações foram responsáveis por 20% das receitas da indústria farmacêutica indiana.
Em 1991 houve uma reforma que incluía um relaxamento no controle dos preços, nas restrições impostas a concorrência e uma provável adoção gradual de um regime de patente que reconhecesse inteiramente a patente de produto bem como de processo.
Em 1994 foi realizado o acordo TRIPS: reconhecimento de patente de produto, de patente de processo, a extensão dos termos de patente de sete para vinte anos, a aceitação de importação como a “utilização” de patente, entre outros. No entanto, o efeito destas mudanças fundamentais era retardado pelas concessões feitas aos países em desenvolvimento.
No final de 1995, a Ranbaxy era uma companhia farmacêutica que obtinha aproximadamente a metade de suas vendas e contribuição do mercado indiano, sendo a outra metade proveniente do mercado estrangeiro. A própria capacidade de produção da Rabaxy historicamente concentrava se na Índia onde produzia produtos farmacêuticos em quatro plantas químicas e finalizava planos para uma quinta planta em parceria com a Eli Lilly, que é uma empresa farmacêutica da índia também de muito crescimento nesta área.
As fábricas da Ranbaxy eram todas destinadas para servir tanto o mercado estrangeiro quanto o interno. Os mercados estrangeiros principalmente aqueles de países mais desenvolvidos, muitas vezes tinham requerimentos de qualidades mais exigentes, definidos em termos de matéria prima e processo de embalagem, assim como termos da propriedade física das substâncias farmacêuticas.
Diante deste cenário, em 1994, a Ranbaxy buscando adaptar-se aos padrões dos mercados desenvolvidos comprou fábricas na Malásia e Tailândia. Na China incorporou uma Joint venture entre outros negócios internacionais. Tais medidas facilitaram a aprovação dos medicamentos fabricados com os princípios ativos importados da Índia, reduziram o tempo de distribuição e resolveram os problemas de qualidade relativa a embalagens dos produtos feitos na Índia.
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