Resenha de Celso Furtado
Por: Karolayne Montuori Peres • 1/4/2022 • Resenha • 475 Palavras (2 Páginas) • 159 Visualizações
Celso Furtado aborda em seu livro que para reparar as dificuldades que estavam sendo enfrentadas pelos produtores de café, sobre a questão da escassez de mão-de-obra, a escolha aparentemente mais evidente seria a imigração europeia que, nos EUA obteve sucesso. Contudo, a imigração europeia para os EUA não tinha por propósito a mão-de-obra em grandes plantações, e neste caso o que mantinha esta produção era a manutenção dos escravos por meio da natalidade, embora esses, não trabalhavam em lavouras de grande porte.
Com base neste intuído, as colônias europeias criadas no Brasil não alcançaram êxito, visto que o governo sustentava por duradouro tempo desde o transporte até a instalação e manutenção da região, sendo que sempre que o governo parava de investir, por nunca ter gerado receita, a economia local desacelerava e acabava se transformando em subsistência, Celso Furtado cita como modelo a colônia alemã criada no Rio Grande do Sul.
Aos europeus que viajavam por essas terras sobravam apenas atestados que a culpa para a situação instável que esses colonos habitavam era do governo e das leis impertinentes para a região e seu desenvolvimento.
Conhecendo que a escassez de mão-de-obra, seria um grande contratempo para o desenvolvimento da economia cafeeira e o governo sozinho não daria conta de tratar desse problema, a classe dirigente desta economia resolveu buscar soluções, sendo assim o em 1842 o senador Vergueiro decidiu ir diretamente a Europa contratar imigrantes para trabalharem em suas terras.
Com o financiamento do governo para os custos da viagem o senador trouxe oitenta famílias de alemães para trabalhar em sua fazenda em limeira. Com a vitória desta iniciativa, outros fazendeiros decidiram seguir seu exemplo. Porém, esta estrutura que estava se formando para atrair os europeus se transformaria em um regime de semiescravidão.
Não demorou para o governo europeu intervir, em 1967 um alemão denotou o Brasil alegando que o governo submetia os colonos em um regime de escravidão encoberta. Desse modo, a resposta prevista era reestabelecer os termos em sua totalidade, reestruturando este sistema para atuar de forma constante.
O cultivo do café se tornou mais atraído devido sua valorização, portanto, o comercio americano do algodão estava em sua absoluta atividade, fazendo com que houvesse uma grande demanda de escravos para a região e a imigração europeia tornou-se a única solução aceitável para o momento.
A partir da década de 80, os colonos passaram a envolver-se em um sistema assalariado, no qual eles tinham por responsabilidade cuidar e manter uma determinada quantia de terra dos seus patrões e recebiam um valor monetário proporcional. Outro empecilho a ser resolvido seria o custo da viagem, em 1870 o governo assumiu esses custos. Sendo assim aos fazendeiros restava apenas cuidar da manutenção dos colonos durante o primeiro ano de estadia, visto que o pagamento do salário dos colonos era anual. Com esse complexo de favoráveis leis ficou mais atrativo a imigração europeia.
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