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Resumo Sobre a Moeda

Por:   •  11/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.133 Palavras (13 Páginas)  •  1.099 Visualizações

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A MOEDA

Significado

        A moeda é habitualmente definida como algo que é geralmente aceite como meio de pagamento ou para liquidar uma dívida. Esta definição salienta o elemento confiança, o fator psicológico envolvido no conceito de moeda. Sendo assim, a moeda é o que nós acreditamos que os outros aceitam como meio de pagamento.

 Funções

        Quando a moeda é introduzida numa economia ela desempenha 3 funções fundamentais:

  • Unidade de conta e unidade de contrato (ou standard para pagamentos diferidos);
  • Meio de pagamento ou de troca;
  • Reserva de valor.

  1. Unidade de conta

A introdução de uma unidade de conta na qual se expressam e comparam os valores dos diferentes bens e serviços é extremamente importante para a eficiência económica. De facto, sem moeda, o número de cálculos necessários para se obter o valor de todos os bens aumenta dramaticamente com o número de bens envolvidos.

  • Por exemplo, vamos admitir que temos ma economia com dois bens: o X e o Y. Neste caso, só seria necessário saber o preço de Y em termos de X, ou então o seu recíproco, o preço de X em termos de Y.
  • Porém, se tivermos um terceiro produto, o Z, teremos que fazer 3 cálculos:
  • O preço de X em termos de Y;
  • O preço de Y em termos de Z;
  • O preço de X em termos de Z.

Ou seja, cada vez que juntamos um produto ao leque dos produtos disponíveis numa economia, estamos a criar a necessidade de alargar o leque de preços relativos num montante igual ao leque de produtos antes do último produto ser adicionado.

A fórmula que relaciona o número de preços relativos T como número de produtos é dada por:

  • [pic 1]
  • 4 produtos= 6 preços relativos [pic 2]
  • 1000 produtos = 499500 preços relativos [pic 3]

Uma primeira função da moeda é evitar estes cálculos desnecessários -> simplifica o funcionamento da economia. Portanto, com a moeda adota-se um standard no qual os preços são expressos. Consequentemente, uma segunda função da moeda é permitir que haja racionalidade no cálculo económico. De facto, com uma unidade de conta comum, e com os preços expressos nessa unidade, é possível estabelecer comparabilidade entre bens ou serviços, sendo essa comparabilidade uma condição necessária ás escolhas racionais dos agentes económicos.

Estritamente ligada a isto, está a terceira função da moeda como unidade de conta, nomeadamente, a transmissão de informação económica. É esta informação, nomeadamente a informação dos preços, que permite tomar as decisões do que produzir, como e para quem, a especialização e a divisão do trabalho.

Uma outra função da moeda é servir de unidade de contrato. Sempre que uma compra é feita sem que o pagamento se faça em cash, o preço é estabelecido em termos de moeda, uma vez que a moeda serve como unidade de conta ainda que o pagamento seja feito mais tarde. Desta forma, só se torna necessário estimar o valor da moeda no futuro, caso o pagamento fosse feito através da troca de bens, seria necessária estimar o valor desses bens no futuro.

  1. Meio de pagamento ou de troca

 Como meio de pagamento, o papel produtivo do cash baseia-se em evitar os inconvenientes e ineficiências da troca direta:

  • O uso da moeda simplifica as transações económicas. A troca direta é mais complexa do que comprar e vender com dinheiro. A maior complexidade resulta do facto de envolver duas decisões económicas: por quanto e em que termos vender e por quanto e em que termos comprar. Fundindo estas decisões em uma só, complica o processo de decisão devido à duplicação do número de variáveis que entram neste processo. O uso da moeda como meio de troca, e a consequente separação de cada decisão de troca, permite que se trate de uma forma mais eficiente cada uma destas decisões.
  • A moeda substitui a troca multilateral pela troca bilateral. A moeda poupa tempo, permitindo que as pessoas vendam a um agente e comprem a outro. Quanto maior a área geográfica em que a moeda é aceite como meio de pagamento, maior é a poupança de tempo.
  • O uso da moeda aumenta o número de transações similares: esta similaridade em termos de contratos permite que haja concorrência.

  1. Reserva de Valor

A eliminação da troca direta transforma a vida económica permitindo que a especialização ocorra. Na tradição Keynesiana, a moeda tem as características de um ativo cujo valor não flutua com a taxa de juro, o que fornece uma reserva para situações de emergência. Como reserva de valor, a moeda permite que uma pessoa compre mais tarde do que vendeu. A maioria das pessoas está disposta a diferir o consumo, num equivalente a uma parte do seu rendimento. Sendo diferido o consumo, há também um conjunto de razões para deferir no tempo a compra de bens e serviços, nomeadamente: os custos e inconvenientes de armazenar esses bens ao longo do tempo; o desejo de esperar e estar preparado para oportunidades futuras de fazer uma boa compra; etc.

        De uma forma geral, são apresentadas várias medidas de moeda, diferenciadas pelo tipo de depósitos ou outros ativos financeiros substitutos próximos que são incluídos num determinado agregado. Uma das medidas mais comuns da moeda utilizada em vários países é a que incluí no conceito de moeda as notas e moedas em circulação e os depósitos à ordem. Esta medida da moeda é conhecida por M1. Conceitos mais amplos de moeda adicionam ao agregado anterior depósitos por prazos mais ou menos longos e outros ativos financeiros que são relativamente líquidos.

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