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Resumo de microeconomia

Por:   •  8/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.709 Palavras (11 Páginas)  •  745 Visualizações

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Resumo geral de Microeconomia 1

Cap 1

Após um bate papo informal para se lembrar todo os conteúdos que haviam sido nos apresentados na disciplina de introdução à economia 1, tais como: tradeoffs, escassez, comportamento individual maximizador, substituição etc, entramos em fronteiras de possibilidade de produção (FPP) que mostra a quantidade máxima de um bem Y, qualquer, que a sociedade pode produzir, para qualquer quantidade de um bem X, qualquer, produzida. A figura abaixo mostra uma possível FPP para a economia descrita.

[pic 1]

Pontos na FPP representam a quantidade máxima do bem y que pode ser produzida para certa quantidade do bem x. Por exemplo, se a economia produz X0 unidades de de um determinado bem, então a produção máxima possível do bem y para o período de tempo em questão (digamos um ano) é Y0 do bem y. Obviamente, essa sociedade pode produzir menos do bem y dada a quantidade  X0 do outro bem, escolhendo o ponto C da figura, onde são produzidos X0 do bem x e Y1 do bem y. O ponto C  é no interior da regiãodefinida pela FPP, o que indica que nem todos os recursos da economia estãoo sendo plenamente usados e algum desperdício está ocorrendo.

A FPP pode ter diferentes comportamentos. O formato da curva reflete como o custo marginal de um bem muda com a quantidade do outro bem sendo produzida. Vale lembrar que O custo marginal do bem X é o custo de produzir uma unidade adicional de X, expresso em unidades do outro bem que deixa de ser produzido. E matematicamente pode ser representado como:

[pic 2]

Esse custo de oportunidade marginal da FPP recebe um nome: é a taxa marginal de transformação dos bens. Essa taxa mede a taxa na qual um bem pode ser transformado em outro, no sentido de que os fatores de produção são realocados da produção de um dos bens para a produção do outro bem.

Qual forma da FPP é mais razoável? Depende da tecnologia de produção da indústria em consideração. Uma FPP convexa ilustra uma situação onde os custos marginais decrescem com a quantidade produzida, situação em que se configuram economias de escala. Quanto mais produzimos, maior a economia na unidade adicional produzida. Umprov´avel exemplo de uma indústria com economia de escala é a de software. Dado que o software foi desenvolvido, a produção de uma cópia adicional é praticamente nula.

Cap 2

Na introdução da teoria do consumidor foi apresentado o problema de um consumidor típico, que é a maximização do bem estar do consumidor, dada uma determinada restrição que a escassez causa sobre suas escolhas. A restrição orçamentária representa a escassez no problema do consumidor. Cada consumidor possui uma quantidade de dinheiro para gastar em um determinado período de tempo, digamos um mês. O consumidor escolhe bens para consumir de acordo com os seus gostos, mas o valor total dos bens não pode ultrapassar a quantidade de dinheiro que ele possui. A restrição orçamentária pode ser ecrita como:

P1X1 + · · · + PnXn ≤ M

Onde, M representa a renda do consumidor. X=(X1,...,Xn) representa a cesta de bens e P=(P1,...,Pn) representa o vetor de preços com que o consumidor se defronta.

A reta orçamentária é o conjunto de cestas de bens que custam exatamente m:

P1X1+...+PnXn=M

A inclinação da reta orçamentária informa o valor de troca de mercado entre os dois bens: para se obter uma unidade do bem 1, temos que abrir mão de −p1/p2 unidades do bem 2. A inclinação da reta orçamentária é, portanto, o custo de oportunidade do bem 2, em termos do bem 1.

Por exemplo, suponha que Carlos está consumindo x1 do bem 1 e x2 do bem 2, quantidades que estão sobre a reta orçamentária (ou seja, exaurem toda a renda do consumidor). Carlos decide consumir ∆x1 a mais do bem 1. Para isso, ele vai ter que abrir mão de uma quantidade do bem 2, representada por ∆x2, de modo que a reta orçamentária continue válida, ou seja, p1(x1 + ∆x1) + p2(x2 + ∆x2) = m. Subtraindo da expressão acima a reta orçamentária original, dada por p1x1 + p2x2 = m, temos que:

[pic 3]

O sinal negativo aparece porque para Carlos obter um pouco mais do bem 1, ele tem que abrir mão de um tanto do bem 2. A reta orçamentária é representada no gráfico abaixo.

[pic 4]

Um aumento da renda desloca a reta orçamentária para fora, aumentando o conjunto de cestas de bens que o consumidor pode comprar. Uma diminuição da renda desloca a reta orçamentária para dentro, diminuindo o conjunto de cestas de bens que o consumidor pode comprar. A figura abaixo ilustra o caso de um aumento da renda.

[pic 5]

Tivemos contato também com exemplos de restrições orçamentárias não-lineares, que ocorre quando existem quebras no consumo, causadas por diversos motivos, como racionamento, impostos, preços não lineares, diferenças de preços para compra e para venda de um produto, etc.

Caps 3 e 4

Modelamos o bem-estar do consumidor através das preferências. A maximização desse bem-estar, sujeita à restrição orçamentária, é conhecida como o problema (primal) do consumidor.

Suponha-se que cada consumidor é capaz de ordenar as várias cestas de consumo disponíveis em ordem de preferência: para quaisquer duas cestas x e y diferentes, o consumidor é capaz de comparar essas cestas: ou x é melhor que y ou y é melhor que x. Chamamos essa relação de preferência, e a representamos por . Escrever xy significa “a cesta x é preferível à cesta y”. Podemos definir duas outras relações a partir da relação de preferência :

  1. Preferência estrita: xy significa xy e que não vale yx; e
  2. Indiferença: x  y significa xy e yx.

Onde, xy significa que a cesta x é tão boa quanto a cesta y. J´a xy significa que a cesta x ´e estritamente melhor do que a cesta y. E x  y signica que as cestas x e y são indiferentes.

Suponhamos que que as preferências satisfaçam certas propriedades, denominadas “axiomas”. Foram apresentados os seguintes axiomas (vale explicar também os axiomas que não estão claramente definidos à primeira vista)

  1. “Completeza”: Para quaisquer cestas x e y em X, ou x y ou y x (ou ambos).
  2. Reflexividade: Para qualquer cesta x em X, xx.
  3. Transitividade: Para quaisquer cestas x, y e z em X, se xy e yz então xz.
  4. Axioma de Não-Saciação Global. Para todo x  X, existe uma cesta y  X tal que yx.

Diz que, para qualquer cesta considerada, sempre existe uma outra cesta que provê maior satisfação.

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