Trabalho No Brasil
Ensaios: Trabalho No Brasil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: DiogoArgente • 12/9/2013 • 5.120 Palavras (21 Páginas) • 644 Visualizações
A História do trabalho no Brasil.
O trabalho no Brasil sofreu significativas mudanças, ao lado das transformações políticas , econômicas e sociais que o pais sofreu ao longo de sua história .
Foram três as fases marcadas como características especificas das relações de trabalho : a escravidão no período colonial , a transição do trabalho escravo para o trabalho livre e finalmente a nacionalização da força de trabalho na industrialização .
A escravidão no período colonial.
No inicio das primeiras sociedades, o trabalho não exigia comprovação de experiência e era recompensado através da troca por mercadorias ( escambo ). Os negros começaram a trabalhar para os senhores e ,simultaneamente para atender as suas necessidades .
Com a introdução da pirâmide social aos menos favorecidos ,foram atribuídos trabalhos sem remuneração , e em geral sequer recebiam contrapartida ,moradia , alimentação para sua subsistência .Predominavam os deveres dos trabalhadores sem direito algum.
Essa forma desumana de trabalho no Brasil ao longo da sua história , gerou uma divida impagável para que com esses cidadãos e cidadãs em nossa sociedade . É uma das atitudes mais repugnantes praticada pelo ser humano , desse passado que ainda acontece no presente.
O trabalho escravo predominante no Brasil Colônia foi uma conseqüência da lucratividade do tráfico escravo . O fato de o trabalho ser exercido quase que exclusivamente por negros, fazia o trabalho ser visto como algo degradante e , por isso não havia gente que se disponibilizasse a trabalhar .
Influências externas.
No século XIX o sistema escravista começa a entrar em crise por uma série de fatores externos, entre eles a pressão vinda por parte da Inglaterra pedindo o fim da escravidão e fim do tráfico negreiro.
Para os ingleses, se houvessem poucos escravos no Brasil a produção de açúcar entraria em decadência, e se os trabalhadores recebessem pelo seu trabalho, mais pessoas teriam dinheiro para comprar as mercadorias produzidas pelas máquinas inglesas. Logo, a decisão da Inglaterra de lutar contra o tráfico de escravos foi mais causa de interesses econômicos do que por qualquer outro motivo.
Transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado.
Isso levou á falta de ofertas de escravos e conseqüentemente o aumento de preços. Na metade do século XIX, quando aconteceu a proibição do tráfico negreiro, não existia mão-de-obra disponível para a produção cafeeira, naquele momento em plena ascensão.
Então, se uma solução não fosse encontrada, o mercado de trabalho capitalista perderia força e capacidade para sustentar-se, uma vez que a formação histórica da sociedade e da economia brasileira era pouco desenvolvida em relação às demais nações. As evidências do que estava por vir eram muitas e as oligarquias cafeeiras, até mesmo de alguns segmentos de outras oligarquias vinculadas à economia açucareira, começaram a mover-se temendo que a proibição do tráfico internacional de escravos e o fim da escravidão, gerassem uma grave escassez de força trabalhadora no Brasil. Esse medo acabou se transformando numa grande questão da política nacional: faltaria mão-de-obra para gerir a produção cafeeira. O modo de produção assalariado surge no Brasil, após o fim da escravidão e por intermédio de pressões externas. A imigração internacional possibilitou que a abolição fosse gradual e que não houvesse nenhum lapso na oferta da mão de obra necessária quando o trabalho escravo se extinguiu em 1888.
O Estado possibilitou que se fizesse a transição completa para o trabalho assalariado,
é claro que a adaptação do café às terras roxas, as ferrovias e o progresso tecnológico foram vantagens fundamentais para a transição, mas sem a decisiva intervenção do Estado custeando as imigrações, e, portanto reduzindo os custos de mão-de-obra do capital cafeeiro, estas vantagens não seriam suficientes para uma transição completa.
A indústria brasileira.
Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a 1822) não houve desenvolvimento industrial em nosso país. A metrópole proibia o estabelecimento de fábricas em nosso
território, para que os brasileiros consumissem os produtos manufaturados portugueses. Mesmo com a chegada da família real(1808) e a Abertura dos Portos às Nações Amigas, o Brasil continuou dependente do exterior, porém, a partir deste momento, dos produtos
ingleses.
Começo da industrialização.
Foi somente no final do século XIX que começou o desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a exportação do café no estabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação mais simples. A mão-de-obra usadas nestas fábricas eram, na maioria, formada por imigrantes italianos. Dentre as contribuições da economia cafeeira para a industrialização, podemos mencionar:
a) Acumulação de capital necessário para o processo
b) Criação de infra-estrutura
c) Formação de mercado de consumo
d) Mão de obra utilizada, especialmente os migrantes europeus não portugueses, como os italianos.
No início do século XX, a industrialização brasileira ainda era incipiente, era mais vantajoso investir no café, por exemplo, do que na indústria. Com a crise de 1929, o rumo da economia brasileira muda.
Industrialização e Operariado
Nas rudimentares fábricas brasileiras do século XIX , muitas vezes conviviam lado a lado escravos e operários .Até meados do século XIX , em algumas das fábricas só se empregavam trabalhadores escravos; outras utilizavam os assalariados apenas para os serviços especializados Tem –se registro de fábricas de chapéus , pólvora , tabaco e velas do Rio de Janeiro que , naquela época , só se empregavam escravos .
Tendo em vista o fato de o proletariado brasileiro surgir no interior de uma sociedade escravista , o processo de sua formação como classe foi dificultado e retardado por décadas .A nossa industrialização ocorreu com bastante atraso , devido a falta de condições para criação de um
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