Visão geral da macroeconomia

Resumo Macroeconomia

Teoria macroeconômica se preocupa com aspectos de curto prazo e conjunturais tais como o desemprego e inflação (políticas de estabilização). Quando se estuda questões de longo prazo chama-se de Teoria do desenvolvimento e crescimento econômico, preocupando-se com questões estruturais de qualificação de mão de obra, qualidade de vida da população, processo tecnológico, entre outros.

Dentre os objetivos da política macroeconômica estão:

• Alto nível de emprego

• Estabilidade dos preços

• Distribuição de renda socialmente justa

• Crescimento econômico

Até 1930, a questão do desemprego não preocupava os economistas, pois o pensamento liberal era predominante (não interferência do governo na economia, que se guiaria pela mão invisivel). Com o surgimento de novas variáveis como sindicatos, grupos econômicos e o comercio internacional, foi questionado qual deveria ser o grau de intervenção de um Estado na economia e em qual medida ele deve ser produtor de bens e serviços.

Crescimento Econômico

A existência de desemprego e capacidade ociosa significa que é possível aumentar o produto nacional por meio de políticas econômicas de curto prazo, porém, quando isso é feito, há um limite de quanto se pode produzir com a tecnologia e os recursos disponíveis (produto potencial).

Para o crescimento econômico a longo prazo deve-se elevar o produto potencial da economia. Para isso são necessários avanços tecnológicos e aumento dos recursos de produção disponíveis.

Quando nos referimos ao crescimento econômico, na verdade é sobre o aumento da renda nacional per capita (RN/capita), porém, esse parâmetro por si só não é suficientemente bom para avaliar o padrão de vida.

Instrumentos da Política Macroeconômica

Atuação do Governo sobre a capacidade produtiva (oferta agregada) e as despesas planejadas (demanda agregada), para que assim a economia opere em pleno emprego. O principais instrumentos para isso são as políticas fiscal, monetária e cambial.

A demanda agregada é composta pela soma de quatro agentes macroeconômicos (consumidores, empresas, governo e setor externo).

Funcionamento de uma economia de mercado

As famílias são proprietárias dos fatores de produção e os fornecem às unidades de produção (empresas) por meio de mercado de fatores de produção. No entanto, o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada para remunerar os fatores de produção. Portanto, unindo os fluxos real e monetário da economia temos o chamado fluxo circular de renda. Assim, no mercado de bens e serviços formam-se os preços dos bens e serviços e no mercado de fatores de produção formam-se os preços dos fatores de produção (salários, juros, alugueis, lucros, royalties...)

Conceitos

• Bens de Consumo: Atendimento às necessidades humanas (duráveis ou não duráveis)

• Bens de Capital: Utilizados na fabricação de outros bens (máquinas, instalações)

• Bens Intermediários: Agregados à produção de outros bens, consumidos totalmente no processo produtivo (matérias primas)

• Fatores de Produção: Recursos de produção de uma economia, cada um com sua remuneração.

 Trabalho  Salário

 Empresariedade  Lucro

 Terra  Aluguel

 Tecnologia  Royalties

 Capital  Juros

• Produto Nacional: Valor monetário de todos os bens finais produzidos por uma economia no período de um ano.

• Renda Nacional: Total de pagamentos feitos aos fatores de produção utilizados na obtenção desse produto.

• Valor Adicionado: Cálculo que cada ramo de atividade adicionou ao valor do produto final em cada etapa do processo produtivo.

• Despessa Nacional: Gastos dos agentes econômicos com o produto nacional.

• *PRODUTO NACIONAL = RENDA NACIONAL = DESPESA NACIONAL

• Poupança Agregada: Parcela da Renda Nacional que não é destinada ao consumo

• Investimento Agregado: Gasto com bens que foram produzidos, mas não foram consumidos naquele período, e que serviram para aumentar a capacidade da economia nos períodos seguintes (taxa de acumulação de capital / Formação bruta de capital fixo)

• Depreciação: Parcela de máquinas e equipamentos que foi gasta num processo produtivo e que será necessário repor.

• Preços de Mercado: Produto com o preço acima do valor de remuneração aos fatores de produção devido aos impostos indiretos, a não ser que haja subsídios. (preço final de venda)

• Custo de Fatores: Valor que a empresa paga as fatores de produção (juros, alugueis, lucros...)

• Produto Interno Bruto (PIB): Somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território nacional num dado período, à preços de mercado, sem levar em conta se os fatores de produção são residentes ou não-residentes (mesmo que a remuneração lucro e royalties sejam enviadas à eles).

Fórmulas

 DN(despesa nacional) = DC (despesas de consumo) + DBC (despesas de bens de capital) + DG (despesas do governo) + DLSE (despesas liquidas do setor externo)

 S(poupança) = RN – C(consumo agregado)

 PNB(produto nacional bruto)= PNL(produto nacional líquido) + depreciação

 PN(produto nacional)=PI(produto interno) + renda recebida do exterior – renda enviada ao exterior

 PNB(produto nacional bruto)= PIB(produto interno bruto) + renda recebida do exterior – renda enviada ao exterior

 PN a preços de mercado = PN a custo de fatores +