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A COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTO ESTRATÉGICO NAS ORGANIZAÇÕES

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Por:   •  28/10/2014  •  2.376 Palavras (10 Páginas)  •  641 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Com o advento da globalização, as transformações sócio-político-econômicas e a evolução das tecnologias de informação a comunicação assume um papel estratégico representando o grande diferencial para o sucesso das instituições no âmbito interno e externo.

São várias as metodologias e estratégias de comunicação que podem ser empregadas na busca pela compreensão dos diversos públicos sobre as temáticas de interesse da organização e, para a escolha mais adequada, é necessária a percepção e análise do contexto do ambiente interno e externo de forma a conquistar a aderência destes públicos para a construção e manutenção do ciclo de interesses da organização.

Sendo assim, é importante conhecer e compreender um pouco sobre os princípios básicos da comunicação e o enfoque dado a essa ferramenta estratégica na atualidade para uma efetiva análise de seu papel.

2 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: O EIXO DA GESTÃO ESTRATÉGICA

Os processos comunicativos, mesmo que não estejam institucionalizados, são a mola propulsora para a operacionalidade das organizações. Assim, Cardoso (2006, p. 1132) afirma que “a comunicação pode ser entendida, então, como um alicerce que dá forma à organização, fazendo-a ser aquilo que ela é.” O uso da comunicação organizacional de forma estratégica é fundamental para alcançar a compreensão dos princípios e interesses da instituição por seus diversos públicos de forma a conquistar a sua adesão. Ao conquistar a confiança do público interno e externo a organização se fortalece e ganha parceiros na manutenção do ciclo de seus interesses, o que contribui para a construção e consolidação da imagem institucional. Assim afirma Cardoso (2006, p. 1127):

É necessário que se entenda a comunicação como um processo estratégico para a ação em uma realidade plural, dinâmica e complexa, que visa a provocação de comportamentos inovadores, criativos e dinâmicos do ponto de vista estratégico e que funciona, de maneira democrática, como disseminadora dos objetivos e dos valores culturais da empresa para públicos internos e externos.

Mas, para tanto, é importante ressaltar que a comunicação não acontece por si só, é necessário um planejamento comunicacional para alcançar um aspecto de unidade das percepções dos diferentes públicos sobre as temáticas de interesse organizacional e a conexão entre os discursos e as práticas da organização, que devem estar sempre alinhados e baseados em seus princípios para que haja coerência entre o que é difundido e praticado.

2.1 COMUNICAÇÃO – CONCEITO E IMPORTÂNCIA

Assim, partindo do princípio, encontramos a etimologia da palavra comunicar que vem no latim communicare que significa “fazer saber”, “tornar comum”. Portanto, comunicar é partilhar ideias, opiniões, sentimentos, informações, ou seja, qualquer coisa que se queira manifestar para torná-la comum, compartilhada.

Considerando que o homem é um ser consciente e dotado de inteligência e linguagem articulada, torna-se improvável conceber a ideia do homem isolado do processo de comunicação, pois “a comunicação é indispensável para a sobrevivência dos seres humanos e para a formação e coesão de comunidades, sociedades e culturas.” (SOUZA, 2006, p. 23). Ainda segundo Sousa (2006, p. 28), “a comunicação é um processo precisamente porque se desenvolve num contínuo espaço-temporal em que coexistem e interagem permanentemente múltiplas variáveis”. Percebe-se então, que comunicar é um processo multidirecionado onde é relevante a análise sobre o que será comunicado, qual o público-alvo, que objetivos pretende-se alcançar, qual é o contexto do ambiente e quais instrumentos e linguagem serão utilizados para obter a percepção pretendida sobre o que é manifestado.

No cenário atual repleto de transformações sociais, políticas e econômicas e com a desenfreada evolução das tecnologias de informação, nota-se cada vez mais uma sociedade com anseios de um mundo melhor e mais justo. A visão tradicional do papel das organizações contemplando apenas o cumprimento de seus propósitos organizacionais vem se tornando antiquada e simplista fazendo-se necessária a ampliação de suas atividades no sentido de enxergar os valores sociais extrínsecos aos seus propósitos e implantar ações que vão ao encontro destes anseios sociais. A compreensão desta complexidade de eventos está diretamente relacionada aos processos de comunicação e à gestão estratégica das organizações para enfrentar a competitividade do mercado já que a comunicação organizacional é a base para o desenvolvimento e efetivação dos potenciais organizacionais no ambiente interno e externo (CARDOSO, 2006) tendo em vista que desempenha um papel crucial como suporte para um modelo de gestão capaz de conduzir as organizações face aos desafios de uma sociedade cada vez mais exigente.

2.2 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: UM NOVO ENFOQUE

A comunicação no ambiente organizacional vem assumindo uma dimensão estratégica “que se refere a tudo que diz respeito à posição social e ao funcionamento da organização, desde seu clima interno até suas relações institucionais.” (CARDOSO, 2006). No âmbito interno, a comunicação cumpre um papel importantíssimo uma vez que as ações organizacionais exigem cada vez mais o envolvimento de todos com as temáticas de interesse da instituição. A habilidade da comunicação interpessoal é crucial para o êxito de líderes, equipes e colaboradores, pois as falhas na comunicação tanto por parte dos líderes como de seus liderados, pode acarretar resultados extremamente negativos advindos de situações como, por exemplo, o não entendimento de orientações e feedback emanados de líderes sem traquejo comunicacional ou mesmo a falta de clareza das respostas, perguntas e reivindicações direcionadas pelos colaboradores aos seus líderes. Já no âmbito externo, as relações de mercado e sociais demandam atenção aos interesses éticos, econômicos, políticos e culturais dos investidores, parceiros e da sociedade onde as organizações se inserem. Neste caso, destaca-se a importância da comunicação para a construção e manutenção da imagem e credibilidade institucional, onde é relevante o fluxo de mão dupla das informações, ou seja, do meio interno para o externo, para difundir os interesses, cultura e identidade da instituição e do meio externo para o interno, para captar a percepção externa do ambiente sobre a organização.

No artigo de Rokermann (2013) “Relatos diferentes, uma narrativa” os processos e ações comunicacionais são evidenciados

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