A Comissão Econômica para a América Latina
Tese: A Comissão Econômica para a América Latina. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Vegistro • 27/10/2013 • Tese • 1.931 Palavras (8 Páginas) • 665 Visualizações
ESCOLA ESTRUTURALISTA
CEPAL
RESUMO
A Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) foi criada em 1948, dentro de um movimento geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), para implantar em cada continente, núcleos de apoio ao planejamento das economias. Liderada por Raul Prebisch e influência decisiva de Celso Furtado, defendiam o planejamento econômico, com base na industrialização como geradora de empregos e na necessidade de intervenção estatal para assegurar o desenvolvimento do setor. A CEPAL destacou-se basicamente por três grandes ideias: a divisão do mundo em centro e periferia, a teoria da deterioração dos termos de intercambio e a defesa da industrialização pela via da substituição das importações. Desde seu inicio, a CEPAL tem buscado promover o desenvolvimento econômico e social e a cooperação entre os países, mediante vários trabalhos que levam em consideração as características particulares e os problemas específicos das nações da América Latina.
Palavras- chave:Idealizadores. Principais Características. Contribuições para a América Latina.
1. INTRODUÇÃO
A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe – Cepal criada em 1948 reúne 44 países-membros e oito associados que ainda não são independentes. Tem o objetivo de monitorar as políticas que promovem o desenvolvimento econômico das regiões em que atua, oferecendo planejamento e assessorias nas ações para reforçar as relações de economia entre seus membros, tanto entre si, como também com o restante do planeta.
Ao longo do tempo, a Cepal vem se fortalecendo como principal referência no pensamento especializado sobre as propensões econômicas e sociais dos países latinos, pois engloba diversas formas de pensamentos econômicos que são frequentemente modificados devido às intensas mudanças que ocorrem nas estruturas de seus membros.
O principal aspecto que envolve a Cepal é o objetivo de descentralizar a economia, através de políticas que favoreçam o crescimento econômico-social de todos os países que a integram.
No presente artigo, vamos tratar sobre a Cepal, seus objetivos e de que maneira ela vem atuando para que os países latino-americanos evoluam de forma a sustentabilizar o crescimento em todos os seus aspectos estruturais, desde as áreas sociais e principalmente no que tange a ideia acerca da industrialização e sua sistematização, proporcionando progressos aos seus integrantes.
2. SURGIMENTO
A CEPAL, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, surgiu em 25 de fevereiro de 1948 pelo conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC).
Sua sede é em Santiago, Chile. Mas se compõem de oito territórios não independentes como membros e 44 estados. Inicialmente os países membros eram: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, Haiti, Holanda, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e República Dominicana. E neste início, também foram integrados: Estados Unidos, França e Grã-Bretanha. Mais tarde entraram o Canadá, Espanha, Itália Países Baixos e Portugal, considerados nações que mantêm vínculos históricos, econômicos e culturais com países da região.
A criação da CEPAL criou muita polêmica. Sofreu com o desacordo dos Estados Unidospois pensava que possivelmente pudesse escapar de seu controle. Foi determinado então, que ela existiria por apenas três anos, a após isso seria avaliada.
Criada para monitorar as políticas direcionadas à promoção do desenvolvimento econômico da América Latina, apresentando alertas, ideias e propostas de políticas públicas. Contribui para reforçar as relações econômicas dos países da área, tanto para si, quanto para as demais nações do mundo. Ampliou seu trabalho para os países do Caribe e incorporou o objetivo de promover o desenvolvimento social e sustentável.
Segundo Jacqueline (1996, p. 9), onde afirma que, […] uma das propostas de reconstrução do mundo era a criação das Nações Unidas (ONU), organismo internacional que trataria de assuntos referentes à paz mundial, à educação, à alimentação e facilitaria o desenvolvimento.” Foi dentro deste contexto que a CEPAL nasceu, que tem como principal papel, proporcionar melhor desenvolvimento dos países Latino-americanos.
No Brasil, a CEPAL teve início em outubro de 1952, com um acordo de colaboração entre CEPAL e BNDES, quando foi criado o Grupo Misto de Estudos CEPAL/BNDES. Que avalia o ritmo de crescimento do país. A primeira representação formal da CEPAL no Brasil foi em setembro de 1960, instalado o Centro de Desenvolvimento Econômico no Rio de Janeiro.
Na década de 60, houve desligamento do programa BNDES, e em 1968 foi instalado no Rio de Janeiro, o Escritório Regional CEPAL/ILPES. Mas uma década depois da instalação, em 1978, foi transferido para Brasília a partir de um acordo entre CEPAL, o governo brasileiro e o IPEA.
Desde o inicial, a CEPAL vem procurando desenvolvimento econômico social e cooperação entre os países. Propõe a necessidade de tomar o caminho do crescimento sustentável, assim como a consolidação de sociedades plurais e democráticas. É referência para qualquer pessoa que queira compreender a história econômica do continente latino-americano nos últimos cinquenta anos.
3. PROGRESSO TÉCNICO.
A principal figura da Cepalfoi o economista argentino Raúl Prebisch, sendo também o primeiro presidente da Comissão, que, dentro de uma abordagem estruturalista, onde o seu objeto de estudo é um sistema integrado por distintos elementos relacionados intimamente (língua, cultura, teoria), e que ao contrário de outras teorias, trouxe em seu escopo, o ponto de vista de que o subdesenvolvimento não é uma transição na evolução das nações “pobres” e sim o ponto de chegada da sociedade industrial nestes países, buscou demonstrar que os países periféricos possuíam uma diferente forma de desenvolvimento em relação à transição clássica, que permeou as nações desenvolvidas. Salientando que os componentes estruturais e suas relações deveriam ser alterados, para que o progresso fosse alcançado pelos países periféricos.
Essa abordagem baseava-se em um conceito, uma teoria interpretativa, que se mostrava desafiadora desde
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