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A GESTÃO EFETIVA NA ORGANIZAÇÃO

Por:   •  10/8/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.961 Palavras (8 Páginas)  •  606 Visualizações

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GESTÃO EFETIVA

________Módulo V________

APOSTILA ALUNO

SESI - SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA

DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL

CAMPO GRANDE/MS

5. A GESTÃO EFETIVA NA ORGANIZAÇÃO

5.1 Importância de conhecer a legislação da empresa, o controle de qualidade e avaliação do custo-benefício

Toda organização para se estabelecer formalmente no mercado precisa, para sua abertura e funcionamento, de um conjunto de documentos que a oficializa capaz. Essas documentações tanto lhe permitem funcionar publicamente, perante as leis de comercialização ou industrialização, quanto lhe regulam na admissão de pessoas e aquisição de tecnologias. Seus produtos também são regulados documentalmente para que os órgãos competentes saibam como eles estarão sendo inseridos no mercado. (documentos contábeis e fiscais)

Cada empresa, de acordo, com seus propósitos e atividades comerciais, possui uma documentação própria e que lhe empresta uma especificidade ou natureza.

Os documentos tornam seus proprietários pessoas jurídicas e a empresa passa a ser identificada por sua razão seguida do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).

Essa documentação tem prazo de validade, num período variável conforme a natureza da empresa e as exigências legais que pousam sobre ela.

A importância de se conhecer essa legislação se dá em razão de que esta se articula com todos os segmentos da empresa, inclusive diz respeito aos seus trabalhadores.

O controle de qualidade também tem uma gestão reguladora e precisa ser conhecida por quem lida com a produção. A qualidade de um produto ou serviço está em função de muitas variáveis, tais como: o ambiente de produção, a matéria prima e as tecnologias empregadas, as pessoas envolvidas e sua forma de trabalhar para a produção.

É preciso não só se envolver no processo de produção, mas avaliar com conhecimento de causa, qual a qualidade que se exige num dado produto, considerando sua razão primeira: ele só existe porque há uma necessidade e uma demanda no mercado, do contrário, não seria produzido.

Evidentemente, no contexto da produção há duas vias empenhadas: seu custo e o benefício. Se há investimento num dado produto, há explicitamente uma intenção de lucro sobre ele e disso, outros investimentos a ser aplicados. Dessa forma, sobre um produto há um interjogo da sua oferta: ganhar, aplicar, aumentar e ampliar sobre os lucros. Não há nada de errado nisso, mas é notório que se uma empresa lucra, ela cresce, amplia e valoriza seu material humano porque, para o empresário atento, o material humano é sua maior força.

5.2 A tomada de decisão e motivação da equipe

Fatores tais como a globalização, o avanço tecnológico, o desenvolvimento das telecomunicações e a diminuição do tempo de processamento das informações, faz com que o ambiente organizacional fique cada vez mais complexo, levando os líderes a reavaliarem constantemente o processo decisório. Deles, é exigida visão sistêmica e cautela nas tomadas de decisão.

Deste modo, pode-se afirmar que o processo de tomada de decisão envolve riscos para os líderes. O processo decisório nas organizações se converte na essência da habilidade gerencial, em que a responsabilidade do gestor é decidir a melhor alternativa para cada momento em que se encontra a organização, de modo a garantir os resultados esperados.

Constantemente, os gestores deparam-se com um determinado número de opções de decisão e, dentre estas, devem ser escolhidas aquelas que levem a organização a atingir seus resultados. Vejamos a visão de alguns autores para este processo de tomada de decisão.

  • De acordo com Stoner e Freeman, o processo decisório envolve a identificação de um problema específico e a escolha de uma ação para resolvê-lo ou aproveitar uma oportunidade.

  • Drucker defende a necessidade da atenção por parte do gestor em relação a sua percepção do que ocorre no mundo. Segundo o autor, este procedimento influenciará a forma como a organização poderá ser vista e será determinante para a tomada de decisão.

  • Já para Oliveira, é a conversão das informações analisadas em ação. Os desafios impostos levam os gestores a buscar informações que espelhem fielmente a real situação das organizações, para que o processo decisório seja efetuado de forma eficaz, para alcançar os resultados pretendidos.

Neste sentido, entende-se que as decisões precisam ser tomadas de forma ágil e corretas, pois o desempenho das organizações depende da qualidade de seu gerenciamento. Assim sendo, as tomadas de decisão decorrem da capacidade dos líderes em escolher a alternativa que melhor satisfaz às necessidades organizacionais, em função das circunstancias temporais para assegurar os resultados desejados.

Existem fatores que influenciam direta ou indiretamente no processo decisório. Um desses fatores é a incerteza, bem como a quantidade insuficiente de informações necessárias ao processo decisório. Existem autores que afirmam que a tomada de decisão sob condições de incerteza, constitui-se em uma das habilidades mais importantes para um gerente. Assim sendo, o tomador de decisão assume um papel fundamental nas organizações, pois o processo decisório deve levar a organização à otimização de seus recursos, redução dos custos, elevação de desempenho e ganhos de resultados.

As medidas adotadas pelo gestor adquirem relevância em todas as etapas do processo decisório, para que possa haver sintonia entre os objetivos pretendidos e os resultados alcançados pela organização. O processo de tomada de decisão, portanto, não se constitui em tarefa fácil para o líder que tem que levar em conta as várias nuances do complexo ambiente organizacional.

As decisões podem ser classificadas por: decisões programadas e decisões não-programadas.

  • Decisões programadas são caracterizadas por serem repetitivas, rotineiras e estruturadas – decisões automatizadas por uma seqüência de procedimentos, não necessitando da intervenção do decisor – além de serem permanentes, servindo de norteamento para a definição das metas, objetivos, políticas e procedimentos organizacionais.

  • Decisões não-programadas são caracterizadas pela novidade, além de serem desestruturadas – decisões não automatizadas, que dependem de solução do decisor. A característica da novidade apresenta-se porque não existem referenciais anteriores para a resolução do problema ou em razão de sua complexidade, ou porque, para sua resolução, torna-se necessária à implementação de medidas específicas.

Essas classificações evidenciam as características do processo de tomada de decisão e permitem a programação do que deverá ser feito durante esse processo. No processo decisório, a qualidade da decisão é fator fundamental, porque afeta o futuro da organização. Pois a racionalidade do gestor é necessária nas tomadas de decisão, mas deverá estar em consonância com as informações advindas do diagnóstico do problema, bem como da análise e avaliação das alternativas, para evitar problemas superiores aos que deram origem ao processo decisório. Desta maneira, a capacidade de compreensão e de escolha do líder são desafiadas a todo instante a tornarem-se objetivas, pela necessidade da decisão racional diante do cenário de incertezas no qual estão inseridas as organizações.

No processo decisório, é estabelecida orientação em relação à alternativa escolhida, exigindo dos líderes uma racionalidade objetiva. Este processo decisório pode ser classificado em fases:

  • Identificação do problema: consiste em identificar o cenário em que a organização se encontra;

  • Análise do problema a partir da consolidação das informações sobre o problema: devendo o mesmo ser tratado como um sistema, considerando as ameaças e oportunidades;

  • Estabelecimento de soluções e alternativas para a resolução do problema;

  • Análise e comparação das soluções alternativas através do levantamento das vantagens e desvantagens de cada alternativa;

  • Seleção de alternativas mais adequadas, conforme critérios preestabelecidos, mediante o conhecimento das vantagens e desvantagens dessas alternativas;

  • Implantação da alternativa selecionada, incluindo o devido treinamento das pessoas envolvidas;

  • Avaliação da alternativa selecionada: através de critérios aceitos pela organização, em que a tal alternativa deverá fornecer resultados a serem avaliados.

O sucesso do processo decisório depende da escolha correta durante essas fases. Deste modo, evidencia-se a importância da teoria da decisão, que define o modo pelo qual deverá passar o processo decisório na busca da decisão adequada para a resolução do problema, bem como a definição do futuro da organização.

5.3 Mediação de conflitos e Construção de Consensos

Conflitos fazem parte da vida pessoal e profissional. Mesmo que não ocorram diariamente, eles podem surgir com freqüência e, por esse motivo, é preciso descobrir a melhor maneira de lidar com eles, em vez de simplesmente esperar que desapareçam.

O grande desafio das pessoas envolvidas no processo de conflitos e principalmente para os lideres é: “aprender a conviver com o caos e a tirar proveito da instabilidade que definitivamente vieram para ficar.” Antigamente o conflito nas organizações era interpretado como algo negativo, por isso era evitado a todo custo.

Entretanto, em pleno século XXI, o conflito é interpretado de forma diferenciada. Ele deve ser encarado como algo normal e natural e que, quando bem administrado, pode trazer benefícios à organização. Eles possibilitam a dinâmica interpessoal, quando mediado, e muitas vezes poderá ser resolvido com resultado bastante criativos.

No meio administrativo, podemos definir conflito como uma situação de desacordo, que pode ocorrer em diversos setores da organização, assim como pode ter diferentes origens. É preciso saber que os conflitos irão ocorrer, pois se trata de uma dinâmica inerentes às relações humanas. A questão, então, é o que fazer quando isso acontecer. Devemos observar que a maioria dos conflitos pode ser administrada.

Para tanto, existem determinadas estratégias que poderão ser utilizadas. Existem pelo menos cinco opções de mediação de conflitos à disposição:

  • Competição – o objetivo é vencer o conflito a qualquer custo, assim para obter o resultado esperado, lança-se mão de todo o poder a que se tem alcance, como capacidade de argumentação, cargo ocupado, sanções econômicas, coerção e autoridade;

  • Acomodação – nesse caso é quando se abre mão do próprio ponto de vista para aceitar a posição do outro, é geralmente utilizada com o objetivo de evitar o conflito;

  • Afastamento – nesse tipo de mediação, na maioria das vezes, nenhuma das partes consegue lidar com a questão, quanto mais mediá-la ou resolvê-la;

  • Acordo – o acordo, em geral, é utilizado em conflitos que envolvem negociações, revezamentos ou trocas, enfim, em conflitos que permitam certa flexibilidade;

  • Colaboração – pode ser considerada a melhor estratégia de mediação de conflitos, mas pode ser o método mais difícil no que se refere às diferenças das duas partes.

Um dos aspectos positivos do conflito é possibilitar um maior envolvimento relacional entre os elementos do grupo, pois, ao buscar estratégias para solucioná-lo, geralmente há maior aproximação entre a equipe e o líder, o que acaba fortalecendo esse relacionamento.

Não é raro que, em certas situações, após diversas discussões entre a liderança e a equipe, o conflito passe a ser interpretado de outra forma, deixando, muitas vezes, de ser algo negativo. Nessas situações, ele pode motivar alguma mudança, tanto na postura dos elementos que fazem parte da organização como na criação de novas estratégias.

A capacidade de mediar conflitos é concebida como uma atividade interpessoal extremamente importante e com objetivos bastante definidos e precisa ser altamente desenvolvida, principalmente para: gerenciar mudanças, compreender as diferenças culturais e garantir estratégias para fazer parte de equipes eficientes. Sendo que em algumas situações, pode estar presente na personalidade do líder, porém, quando isso não ocorre, essa capacidade poderá ser desenvolvida por experiências práticas e uma boa dose de dedicação.

  • Para você analisar

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BASES REFERENCIAIS

DE SORDI, José Osvaldo. Gestão por Processos Uma Abordagem da Moderna Administração. 2a. edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.

CAMPOS, Vicente Falconi. TQC - Controle da Qualidade Total. Belo Horizonte: Editora INDG, 1999.
DUBRIN, Andrew J. Fundamentos do Comportamento Organizacional. Trad.James Sunderland Cook e Martha Malvezzi Leal. São Paulo: Editora Pioneira Thomson Learning, 2003.
GOMES, Josir Simeone e SALAS, Joan M. Amat. Controle de Gestão Uma Abordagem Contextual e Organizacional. 3a. edição. São Paulo: Editora Atlas, 2001

GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de Decisão Gerencial Enfoque Multicritério. 3 ed  São Paulo: Editora Atlas, 2009.

JOINER, Brian L. As Metas Gerenciais: gerência de quarta geração. São Paulo: Makron Books, 1995.

ROBBINS, Stephen P. Fundamentos do Comportamento Organizacional. Trad. Reinaldo Marcondes. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2004.

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