A MIDIA DENTRO DE NOSSAS CASAS

Vivemos em uma sociedade movida e impulsionada pelo consumo, e quando se trata de publicidade, pelo ponto de vista da economia, ela se traduz como uma atividade para estimular cada vez mais este consumo, ou para seduzir os consumidores na aquisição de determinado produto ou serviço. O grande problema é que aquilo que antes era apresentado aos pais para comprarem para seus filhos, hoje é apresentado às crianças, para que elas peçam aos pais.

O mercado publicitário se aproveita da realidade que as famílias modernas vivem, de não terem tempo para brincarem e educarem seus filhos e acabarem compensando suas faltas comprando tudo o que as crianças pedem. A publicidade tem a seu favor o poder de criação e imaginação, utilizando notavelmente de personagens infantis, animais que falam, fadas e coisas do tipo. E como sabemos, é natural as crianças acreditarem em tudo o que veem. Mas o mercado publicitário aproveita-se desta inocência para despertar o desejo incontrolável de consumir. De fato, é lícitoque as empresas utilizem símbolos da própria imaginação das crianças, porém, não deve utilizar mensagens que levem as crianças a se sentirem diminuídas ou menos importantes caso não consumam o produto ou serviço oferecido.

Dentro deste problema, podemos incluir outro abuso voltado às crianças: os anúncios de alimentos calóricos. Este é o típico exemplo de publicidade que funciona, e um comercial de trinta segundos pode influenciar a escolha de uma marca de alimentos. Após assistirem a estes anúncios, os pedidos das crianças aumentam, e as maiorias dos produtos são de alto teor calórico e baixo teor nutricional, grande parte em função das propagandas apelativas direcionadas às crianças.

Atualmente, todos os países democráticos do mundo controlam de alguma forma, a publicidade. No Brasil a única medida tomada até agora foi pelo CONAR - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, com a edição das "Novas Normas Éticas Para a Publicidade de Alimentos e Refrigerantes".