A Ética na Comunicação Pública é Explorada de Forma Imparcial?
Por: Pamela Marin • 27/7/2020 • Resenha • 1.035 Palavras (5 Páginas) • 185 Visualizações
Ética na Comunicação Pública é explorada de forma imparcial?
Uma abordagem de reflexão sobre objetividade de conteúdo das publicações
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Resumo: As mídias de comunicação pública influenciam o público leitor de forma ética? O artigo trará uma abordagem de como agir com responsabilidade social perante divulgações institucionais influenciando o público a chegar em conclusões de forma com que use suas próprias experiências de vida. Evidencia-se também a importância de ter empatia e de se colocar no lugar do outro para que todos sejam tratados com respeito, independentemente de opinião e para que o leitor busque com liberdade as soluções para seus questionamentos.
Palavras- chave: Ética; comunicação pública; objetividade; ética/moral.
A objetividade é a forma de representação utilizada na comunicação nos dias atuais. O que se refere ao jornalismo ideal, de fácil entendimento, mas será que o conteúdo é realmente interpretado da mesma maneira por quem o recebe? Podemos dizer que a objetividade é a visão do que a imprensa quer repassar ao público-alvo, seja ela na esfera individual ou pública. Porém, ser objetivo é uma opção e não uma regra. Dependendo do assunto a ser tratado e a complexidade que apresenta, pode ser tratado com maior grau de explicações para que o leitor compreenda.
A objetividade da mídia se não for clara, pode prejudicar a interpretação do que está escrito, pelos vários fatos geradores da notícia. O número de informações que se desencontram sobre determinado assunto, muitas vezes deixam de lado o lead informativo e passar a valorizar a opinião do editor, provocando cada vez menos espaço para que o leitor tire suas próprias conclusões.
Os efeitos que os meios de comunicação causam na sociedade, devem ser imparciais. O conteúdo divulgado deve portanto, instaurar condições para que os indivíduos possam sozinhos, por meio de seus conhecimentos particulares ligados a experiências de vida, como relacionamentos, de amor e amizade, proporcione a possibilidade dele próprio tirar suas conclusões e buscar respostas necessárias em caso de obter opinião negativa sobre o assunto.
As narrativas mediáticas devem apresentar percepção coerente ao seu público, de forma com que cada um adapte a divulgação recebida, à sua realidade e condições de vida, alimentando assim, o conteúdo recebido a sentimentos morais de responsabilidade e solidariedade, podendo ainda ter liberdade de alimentar julgamentos morais apropriados na busca por processos de solução de problemas que não tragam diferenças entre quem recebe. As narrativas não podem privar outros das avaliações coletivas, que proporcionem a ética, o caráter de projeto democrático, fundado no diálogo, na discussão e na compreensão do outro.
Nesse sentido, a relação entre ética, moral e comunicação é o espaço mediático. Entretanto, para uma avaliação de seus entrecruzamentos, não basta só observar as lógicas operatórias, mas também, os diálogos divulgados entre textos, imagens, cores e audiências. As relações entre os enunciados e questões de atribuição a valores devem ser profundamente analisadas, para que não tragam uma falsa percepção ao público de valores de sujeitos.
Ao refletirmos sobre a ética e a moral no contexto da comunicação, não podemos deixar de fazer duas considerações principais. A primeira delas ressalta que processos ético-morais (que unem a auto realização dos indivíduos e a realização da sociedade) dizem respeito aos modos como os media atuam e influem nas relações intersubjetivas, fornecendo insumos simbólicos não só para a construção das identidades subjetivas, mas também para a ativação constante de sentimentos morais a partir da representação imagética dos “outros”.
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